Independente da nomenclatura ou do modismo de versionar a evolução da indústria e das carreias, a atuação do CIO mudou, e mudou muito. Não acompanhar esta transformação significa escolher ficar dentro ou fora das principais posições de trabalho para gestores de tecnologia.
Desta forma, o CIO passou a ser o agente impulsionador das transformações no negócio. Isto significa que novas habilidades são fundamentais, como:
- Influenciar pessoas.
- Entender e participar das definições de processos de negócio.
- Avaliar boas práticas do mercado em que atua, mais que avaliar as opções e a robustez de ferramentas tecnológicas.
- Fazer networking de negócios.
- Avaliar soluções disruptivas e startups.
- Gerir a TI como uma área de negócios.
- Envolver-se nas preocupações pessoais de sua equipe.
- Promover a evolução emocional das pessoas, além da técnica.
- Motivar e liderar a aprendizagem contínua, inclusive com exemplos pessoais.
Por outro lado, outras habilidades que já foram fundamentais na contratação de um CIO, passam apenas a orbitar as já citadas, como:
- Avaliar o desempenho da área restrito aos indicadores de entrega.
- Posicionar a área de tecnologia como ferramenta.
- Sustentar as escolhas de tecnologia nas marcas e porte dos fornecedores.
- Avaliar as escolhas tecnológicas baseando-se em aspectos estritamente técnicos e não em indicadores do negócio (crescimento das vendas, aumento do ebitda, redução da inadimplência etc.).
- Participar de eventos de tecnologia.
Parte desta mudança é impulsionada pelas novas gerações que, além de demandarem uma gestão mais moderna, possuem um radar mais abrangente (embora menos profundo) para o rool de atividades desejadas.
Por outro lado, engajar os profissionais mais enraizados em suas crenças e padrões de trabalho tradicionais ainda será, por um tempo, um desafio a ser encarado pelo CIO 4.0.
Não digo que as antigas habilidades deixam de existir, mas perdem o protagonismo frente à necessidade de ser parte fundamental do negócio e, em alguns casos, com papel principal em muitos mercados.
Mas, e como chegar lá? Não há atalhos, senão exercitar diariamente a nova postura, pedir feedbacks da equipe e pares, trocar experiências com outros CIOs e experimentar. Ainda não desenvolvemos, em sua plenitude, a técnica Matrix de carregar em nossas mentes as novas habilidades através de um pen drive. Então, continuamos tendo como principais engrenagens de mudança a atitude, a vontade e a necessidade. Have a nice trip!