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Setor de TI aposta em fomento para desenvolvimento do país

publicado por Equipe da Redação

Iniciativas como BNDES Direto 10 e Fundo de Aval colocam Brasil como um dos principais desenvolvedores de startups no mundo

O desenvolvimento dos setores tecnológicos no Brasil anda a passos largos para confirmar o país entre as referências neste meio. Na última década, a consolidação dos smartphones proporcionou o crescimento da acessibilidade e inúmeras possibilidades com a criação de aplicativos e novas funções. As novidades neste meio ratificaram a disrupção de negócios tradicionais e analógicos para busca de serviços como transporte, hospedagem e alimentação – e sua consequente substituição por soluções digitais que conectam a oferta offline ao consumidor online, como Uber, Airbnb e iFood.

Agora, com a recuperação da economia e a chegada de multinacionais em diversos setores, a previsão é de crescimento do mercado de empréstimos para o setor e o consequente desenvolvimento das empresas. De acordo com dados do IDC, o setor de tecnologia da informação deve crescer 5,8% em 2020, impulsionado principalmente pelo crescimento do mercado de nuvem e software. O levantamento afirma, ainda, que as telecomunicações devem registrar aumento de 0,7% e a TI corporativa alta de 7,6% neste ano.

Parte desse crescimento será possível graças a iniciativas ligadas ao programa BNDES Direto 10, com processo de financiamento simplificado para companhias que buscam entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, incluindo também projetos inovadores de pequenas empresas. No ano passado, o superintendente de planejamento do BNDES, Maurício Neves, afirmou que o prazo de análise passará a ser de apenas três meses – e não mais de um ano, como antigamente. Com a redução da burocracia, o mercado de TI terá no banco de fomento um de seus principais parceiros para a escalada tecnológica que o país espera.

Um dos principais exemplos da importância desse setor para o país está em Santa Catarina. O governador do estado, Carlos Moisés, assinou no início de 2020 um convênio para criação de um Fundo de Aval, via Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que vai facilitar o acesso ao crédito de micro, pequenas e médias empresas de fundo tecnológico. De acordo com o governo, serão disponibilizados aproximadamente R$ 50 milhões em crédito para startups com projetos inovadores. Não é a toa que Florianópolis é considerada a Ilha do “Silício”, uma referência a Silicon Valley, região do estado da Califórnia.

No Nordeste, outro exemplo é a criação da primeira linha de crédito da América Latina voltada exclusivamente a empresas nascentes de base tecnológica, via FNE Startup, anunciada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Micro e pequenas empresas terão acesso a R$ 2,9 milhões para o financiamento de projetos de inovação de produtos, serviços, processos e métodos organizacionais.

Essa gama de possibilidades é essencial para atrair empresas estrangeiras de crédito para o Brasil. “O potencial de desenvolvimento tecnológico do Brasil é gigante, se comparado a outros países emergentes. Acreditamos que a capacidade de inovar e de trazer soluções para os gargalos do país é o cenário perfeito para o aumento do investimento do governo e de empresas nacionais e internacionais e isso já vem se refletindo no surgimento de inúmeras startups no país, nos últimos anos”, afirma Miroslav Pastierik – Project Manager da Finbino, buscador de linhas de crédito com sede na Eslováquia e que está chegando com força no Brasil, levando em conta o potencial do mercado nacional.

Investimento em tecnologia impulsiona o crescimento econômico

Os países mais desenvolvidos têm a fórmula para o crescimento: investir em tecnologia mesmo em tempos de crise. Investir na automatização e na eficiência de processos, ao contrário do que muitos pensam, não é um aumento de gastos, mas sim um investimento precioso para trazer agilidade e reduzir custos operacionais desnecessários, elevando a qualidade dos serviços e a produtividade das equipes em diversos setores.

De acordo com dados do Fórum Econômico Mundial, o Brasil (US$ 42,1 bilhões) ocupa a nona posição entre países que mais investem em inovação. À sua frente, estão países reconhecidos como potências tecnológicas, como Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Índia.

Para subir posições nessa lista, o Brasil conta não apenas com iniciativas governamentais, como também com a chancela de grandes empresas que enxergam potencial imensurável no desenvolvimento do setor. No mapeamento realizado em parceria entre a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e divulgado em março de 2019, destaca-se a informação de que o Brasil possui 363 incubadoras e 57 aceleradoras de startups.

Novos empreendimentos precisam de recursos para desenvolver suas ideias e, por isso, surgiu toda uma indústria para dar apoio aos empreendedores. Inúmeras organizações e investidores anjo focam em oferecer desde orientação e apoio até financiamentos com objetivo de impulsionar startups. Não é à toa que nos últimos quatro anos, de 2015 até 2019, o número de startups no país aumentou 207%, passando de 4.151 para 12.727. Para Alexandre dos Reis, diretor geral da Firjan SENAI, estabelecer um ambiente cooperativo de inovação é fundamental para impulsionar a economia. “Em 2010, depois da crise na Espanha, 24% da população era de desempregados. Esse número diminuiu para 11% após a instalação de um ambiente de inovação e empreendedorismo”, ressaltou ele.

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