Em nosso último texto falamos sobre a Abrangência da Qualidade em TI e concluimos que ações devem ser aplicadas antes, durante e depois do desenvolvimento do produto ou serviço para garantir o foco na Qualidade em TI.
Muito bem, mas, por onde começar?
Como em todo processo, há que se começar pela estratégia, ou plano de qualidade, que neste caso, implica em definir o Modelo de Qualidade de TI.
Um Modelo de Qualidade de TI deve ter a mesma abrangência mencionada anteriormente e deve iniciar por uma Política de Qualidade de Sistemas e Software.
Para não reinventar a roda, vamos utilizar a definição da ISO 9001/2008 (Requisito 5.3 – Política da Qualidade). Esta estabelece características que, em outras palavras, podem ser interpretadas como:
A Política de Qualidade de Sistemas e Software deve ter as mesmas características e estar alinhada com a Política da Qualidade Corporativa.
Assim, a análise daquela política é um bom ponto de partida para se começar a definição desta.
Algumas dicas interessantes são:
Mesmo que não exista uma Política de Qualidade na organização, é importante escrever e publicar a Política de Qualidade de Sistemas e Software. Sem se saber para onde vamos, qualquer caminho serve, mas não chegamos ao objetivo!
Desta forma o Modelo de Qualidade de TI é o conjunto que inclui a Política de Qualidade de Sistemas e Software, a Metodologia de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas e os Padrões e Modelos adotados pela área de TI nos seus processos.
Estabelecido o Modelo de Qualidade de TI, qual o próximo passo?
Neste ponto, talvez nem todos concordem comigo, mas acredito plenamente, e já usei esta estratégia com sucesso: INICIAR PELO PIOR!
Vamos começar de trás para frente, ou pelo final. Sim, é isto mesmo, começar por onde a qualidade de TI é mais percebida, percebida pelo cliente ou usuário final, pelas FALHAS!
Se a nossa proposta é a de implantar ações que fazem a real diferença para a qualidade do produto ou serviço, este é o ponto.
O ciclo de desenvolvimento se dá a partir das necessidades de negócio da organização, que estabelece requisitos a serem atendidos pelos sistemas e softwares depois de implantados em ambiente de produção. As FALHAS são a manifestação do NÃO ATENDIMENTO e assim, é a demostração mais fiel da NÃO QUALIDADE! E é esta não qualidade que queremos reduzir.
Qualidade é um dos fatores que tem como indicador o seu oposto, a não qualidade, a falha, o defeito, o erro, a não conformidade.
Novamente alguns números para ilustrar este ponto:
Note-se que estes custos são apenas custos de correção, incorridos pela área de TI e não envolvem os custos decorrentes das falhas, como os impactos no negócio da organização, ou mesmo os custos imensuráveis na reputação da organização perante seus clientes.
Como iniciar pelo final é a abordagem do próximo texto: Qualidade em TI – a prevenção de falhas.
[Crédito da Imagem: Qualidade – ShutterStock]
You must be logged in to post a comment.