Já parou para avaliar o impacto de uma queda de desempenho de 10% nos principais aplicativos da rede corporativa da sua empresa?
Nestes mais de 15 anos de experiência e inúmeras participações em eventos, seminários, visitas a clientes e conversas com parceiros, clientes e fornecedores, venho observando que, poucas empresas correlacionam métricas e parâmetros tipicamente operacionais de TI e Telecom com indicadores financeiros.
Esta série de posts apresenta a forma pela qual as áreas de Tecnologia da Informação (TI) e de Telecomunicações de empresas de vários setores e segmentos de mercado (indústrias, serviços, finanças e varejo) podem contribuir e direcionar estrategicamente as decisões nas organizações, reduzindo custos, aumentando a produtividade, melhorando a eficiência operacional, planejando o crescimento e gerando receitas, através da utilização, análise e correlação de índices de desempenho de ferramentas de monitoramento e gerenciamento de redes de dados, com a gestão das organizações.
Além disso, através do estudo de caso de uma empresa de varejo, analisar os impactos financeiros e não financeiros do gerenciamento de desempenho nas empresas.
Parte I – Contextualização
O aumento da competitividade no mercado empresarial tem obrigado as empresas dos mais variados segmentos e portes, a uma busca incansável pela redução de custos, aumento da eficiência operacional, novos mercados, maior lucratividade, racionalização de investimentos e mais agilidade na tomada decisões.
Neste ambiente, a informação como subsídio para a tomada de decisões, tornou-se o principal ativo das organizações: tê-la disponível em tempo real, acessá-la com segurança de qualquer lugar e através de qualquer dispositivo é fundamental para a continuidade dos negócios e crescimento sustentável das empresas.
Isto somente foi possível com a evolução de sistemas, aplicativos, dispositivos, plataformas, redes de telecomunicações e ferramentas de gerenciamento e controle.
A evolução tecnológica vem reduzindo e eliminando barreiras geográficas, permitindo que um número cada vez maior de usuários e empresas utilizem e desenvolvam mais aplicações e serviços, possibilitando a convergência de sistemas, aplicativos, redes, negócios e até pessoas.
Como consequência, o grau de dependência das redes de telecomunicações e da infraestrutura de tecnologia da informação aumentou: a medida que as aplicações e os serviços baseados em redes evoluem e se tornam mais complexos, mais largura de banda é necessária para manter o desempenho destes ambientes em níveis adequados.
Sendo assim, identificar o perfil de tráfego, a tendência e o comportamento destes ambientes, as aplicações que mais consomem banda para tratá-las (priorizá-las ou bloqueá-las) da maneira correta, é fundamental para a garantia do seu desempenho. Ao priorizar uma aplicação crítica durante o período de maior demanda, investimentos em mais recursos (upgrades de banda e equipamentos) podem ser postergados.
Deixar de monitorar, gerenciar estes ambientes e os seus principais parâmetros de desempenho, pode significar muitas perdas e prejuízos, uma vez que
os dados e informações que trafegam nas redes corporativas são, em última análise, valores monetários.
Neste contexto, a gerência e monitoramento do desempenho de redes corporativas, tornam-se imprescindíveis pois, mais importante que saber quais os problemas que estão relacionados à rede corporativa, é conhecer o impacto deles nos lucros das empresas.