Depois de anos de implantação de soluções ERPs, porque vários processos estratégicos ainda são tratados de forma pessoal e não sistêmica? Processos que ainda tem necessidades de reuniões intermináveis, um volume de papel enorme e desorganizado, e geralmente um grupo pequeno de responsáveis por fazer acontecer, trabalhando com um grande esforço por falta de um ambiente estruturado com informações relevantes e de impacto nos processos e no negócio.
O ERP tem uma proposta bem clara, é uma solução estruturante com uma espinha dorsal sobre controles específicos – físico, financeiro, contábil e fiscal. Hoje em dia, não há como trabalhar sem um sistema ERP, com riscos de erros, esforços desnecessários e perda de foco. Mas e outros processos na organização são menos importantes ou desnecessários? Não, a prioridade estruturante determinou a iniciativa, que se deu de forma necessária. Basicamente temos quase trinta anos nesta tecnologia e nos fundamentos mais de meio século, mas que é fundamental para apoiar a rotina e gestão nas organizações.
Mas então do que estou falando? Estou falando de processos como Inteligência Competitiva (Produto, Mercado, Cliente, Oportunidades, Concorrência…), Marketing (Campanhas, Geração de Leads…), Inovação (Melhorias de Processo, Novos Negócios…), Gestão Estratégica (Orçamento, Planejamento, BSC, Retenção e Acesso ao Conhecimento…), entre outros… Estes macroprocessos se multiplicam em uma gama enorme de processos de alto valor agregado. Embora diversas soluções se proponham a atender algumas destas necessidades (como CRM, por exemplo), nossa visão não é somente de registrar informações, é de colaboração, conhecimento e valor agregado.
Mas como estes processos estão sendo conduzidos hoje? Esta resposta é fácil, de forma pessoal, não sistematizada, e com resultados nem sempre reutilizáveis. Ou seja, quando forem necessárias novas iniciativas, do que já foi feito pouco será aproveitado, observamos ainda uma extrema dependência de determinados colaboradores, não há repositórios ou conteúdos corporativos, e geralmente os grupos de trabalho são reduzidos. Tudo ainda muito informal, pessoal e com grande esforço para atingimento dos objetivos.
Na última matéria, Redes Sociais Corporativas– Uma questão de valor – abordei que as iniciativas em redes, devem ser fragmentadas, de valor diferenciado e alto nível de colaboração e identidade, de forma que possamos ter interação e colaboração agregadas por objetivos, afunilando para grupos ou colaboradores que possam contribuir para as análises e decisões necessárias aos processos estratégicos. Desta forma será construída uma complexa rede interligada de colaboradores e processos que permitirá uma melhor comunicação e troca de valor entre si.
Podemos verificar o quanto à colaboração é importante, por exemplo, se necessária uma melhoria de processo ou de retenção de conhecimento, é fundamental que se entenda o processo como um todo, gargalos, dificuldades, pontos de melhorias, melhoria de documentação e explicitação dos processos, para isso será necessário criar ambientes propícios para que os colaboradores possam fazer suas contribuições, trocas e utilização deste conhecimento.
O importante que gostaria de passar neste momento é o potencial de ganho ao reunir colaboradores em Redes Sociais Corporativas (fragmentadas, de objetivos específicos e de valor agregado), aumentando competências e perfis diferenciados, que geralmente ficam de fora do processo estratégico, reduzindo o potencial de contribuições relevantes, geração de informação, conhecimento e inovação.
Podemos questionar ainda sobre o ambiente cultural e o porquê colaborar, que seriam perguntas pertinentes, e reconhecendo a importância destas questões abordaremos mais adiante nas próximas matérias.
[Crédito da Imagem: Redes Sociais – ShutterStock]
No ambiente corporativo de hoje, colaborar é a chave para o sucesso! Redes sociais corporativas são extremamente importantes para que se crie o ambiente colaborativo. Mas tudo tem que ser atrativo e natural. Muito bom post!