Muito se fala em propósito, em ser feliz e, na maior parte das vezes, de forma bem poética e idealizada o que tem gerado ainda mais ansiedade e insatisfação na nossa sociedade já tão doente e infeliz.
Claro que fazer o que se gosta como forma de trabalho e de ganhar a vida devem sempre nortear nossas escolhas, mas saber equilibrar esse desejo e a realidade me parece ainda mais importante. Primeiro porque, muitas vezes, a necessidade nos leva a escolhas que, de certa forma, nos distanciam desse objetivo e segundo porque afinal, nenhum trabalho é 100% perfeito!
Viver a vida toda em busca de fazer o que gosta pode aumentar nossa ansiedade – vale mencionar que, segundo a OMS, este já é um dos principais problemas de saúde no mundo – e também nos distanciar do prazer e da alegria diária. Essa busca, muitas vezes, nos cega, não nos permite enxergar o lado positivo de outras atividades e resulta numa vida toda de insatisfação.
Quando digo isso não é de MANEIRA ALGUMA defendendo a bandeira do comodismo. O que acredito é que, com a atitude mental correta, podemos olhar o trabalho, as obrigações e qualquer outra coisa de forma madura e positiva, tirando proveito e alegria de qualquer situação, sem desperdiçar a vida na espera de um sonho.
Outro ponto crucial é que a jornada é tão importante quanto o destino e que até o que não é tão prazeroso nos transforma e nos prepara. Entender que o trabalho é um meio e não um fim também pode nos ajudar a conviver com situações não tão agradáveis e nos ajudar a vê-las de uma maneira mais “doce”.
Assim, minha dica final é: fazer o que gosta pode e deve ser seu objetivo, mas gostar do que se faz é uma decisão madura e que faz toda a diferença na sua trajetória. Aproveite a jornada!
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