Função de pagamento do aplicativo de mensagens deverá ter impacto profundo em cenário de transações que movimentam R$ 2 trilhões por ano
O WhatsApp Pay, função de pagamento do aplicativo de mensagens mais popular entre os brasileiros, foi autorizado pelo Banco Central nesta terça-feira (30). Integrado a um app com mais de 120 milhões de usuários no país, o recurso promete ter um impacto significativo nas transações nacionais, abrindo oportunidades e exigindo a adaptação dos mais variados negócios.
Um caso internacional sinaliza o potencial da solução ainda inédita por aqui. Na China, a função de pagamentos do WeChat, aplicativo similar ao WhatsApp, obteve sucesso enorme após seu lançamento. Em 2019, foram registradas 1,1 bilhão de transações por dia, segundo o portal Business of Apps.
A Resolução BCB no 24, publicada em outubro do ano passado pelo Banco Central, legitimou a atividade exercida pelo WhatsApp Pay, a de iniciadora de pagamentos. A funcionalidade deveria estrear no Brasil em meados de 2020, mas foi embargada pelo BC. Inicialmente, operaria somente no modelo entre pessoas (P2P), mas agora recebeu sinal verde para também operar de pessoas para empresas (P2M, do inglês Person-to-Merchant).
“Com a aprovação, o WhatsApp torna-se uma ótima opção de recebimentos para lojas virtuais, empresas de cobranças e outras nas quais o processo pode ser totalmente automatizado por bots”, comenta Fabio Covolo Mazzo, principal software architect da Connectcom, empresa especializada em soluções e serviços de tecnologia. “E não apenas para o envio de solicitações de pagamentos, mas para se tornar uma plataforma completa, de compras, negociação e conclusão das transações, tudo dentro do aplicativo”. No entanto, é preciso se manter conectado para operar essa nova funcionalidade, sendo assim, o indicado é obter um bom plano de internet que esteja a seu dispor, como por exemplo os Planos Oi.
Ao funcionar como um “iniciador de transação de pagamento” para pagamentos com cartões, o WhatsApp Pay surge como um novo e importante ator para transações que movimentaram R$ 2 trilhões no Brasil em 2020, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). “Por isso, é importante que as empresas pensem em oportunidades de integração e em possíveis impactos. A exemplo do PIX, os comerciantes poderão ter de pagar uma taxa para receber”, lembra Mazzo.
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