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Qualidade em TI – Evite os riscos da implantação de processo de SQA

publicado por Paul Robert Bergami

Qualidade em TI – Evite os riscos da implantação de processo de SQANo  último texto discutimos a visibilidade da qualidade e a Governança de TI. Neste vamos indicar como evitar os riscos da  implantação de processo de SQA – Software Quality Assurance.

Os benefícios de um processo de SQA são evidentes, mas a sua implantação não é tão simples, tem riscos!

Os riscos da implantação deste processo não estão no processo de SQA em si, mas nos seus requisitos, ou melhor, nos seus pré requisitos.

Se a organização não tem uma política de qualidade de software alinhada aos objetivos da organização e comprometida com os requisitos do sistema de gestão, se não indicar o modelo de qualidade e seus objetivos, se não utilizar uma linguagem simples, direta e objetiva, não conter os padrões e modelos  utilizados e não tiver o comprometimento da alta direção da organização, com força de norma a ser seguida, já é motivo suficiente para o fracasso do SQA.

Se a organização não conta com metodologia de desenvolvimento e manutenção de software,que  identifique claramente as fases, atividades e tarefas a serem seguidas, que defina as entradas e saídas de forma padronizada, incluindo modelos, prevendo revisão de qualidade de todas estas entradas e saídas, se a equipe de desenvolvimento não estiver devidamente treinada e com disposição para sua adoção e uso, o processo de SQA não trará os benefícios esperados.

Os pré requisitos são processos que precisam estar devidamente definidos, publicados, contar com treinamentos formais disponíveis, ter a sua atualização periodicamente revisada e contar com o apoio da alta direção da organização.

Se a organização não contar com um processo formal de controle de mudanças, onde os requisitos, os riscos e a probabilidade da ocorrência de problemas na implantação sejam verificados e a mitigação destes seja planejada e disponibilizada, o processo de SQA será inútil.

Quais os conceitos envolvidos?

A certificação da qualidade, no sentido amplo, é o processo que verifica se a execução de atividades está aderente ao método, se um produto desenvolvido está aderente à especificação e requisitos do mesmo.

Aplicar esta certificação da qualidade à software implica em estabelecer um processo de certificação de qualidade dos processos de desenvolvimento e dos produtos derivados destes processos: produtos finais, como é o software em si,  seus produtos intermediários, como código, especificações, processos e procedimentos.

A forma de certificar a qualidade de um processo ou de um produto implica na execução de QAA – Quality Assurance Assessement, que é o processo de verificação de aderência, que utiliza como parâmetro a metodologia de desenvolvimento, manutenção e implantação de software e os produtos disponibilizados nos pontos de controle.

Também fazem parte deste processo as inspeções de software, os testes de software e a homologação por parte de Usuários e da Produção.

Quais os passos para roteiro simplificado de instalação de processo de SQA?

  • adotar uma metodologia;
  • estabelecer os pontos de controle;
  • selecionar os produtos e/ou os processos a serem verificados;
  • estabelecer os parâmetros de qualidade, base de verificação;
  • desenvolver indicadores de qualidade e os requisitos de aderência;
  • estabelecer os níveis de satisfação, as metas;
  • desenvolver o Checklist, base para o Assessement;
  • executar o Assessement;
  • tabular resultados; e,
  • reportar os resultados.

 

Mas não se esqueça das pessoas!

A gestão das habilidades e competências das pessoas e principalmente a crença delas nos benefícios dos processos de SQA para a organização e para suas carreiras traz mais e  melhores resultados.

A gestão de pessoas muitas vezes se volta para a avaliação do desempenho dos profissionais mas é menos o investimento no desenvolvimento das pessoas no desenvolvimento das habilidades e competências da Gestão por Processos, onde o processo tem sua importância majorada, por sustentar a satisfação das necessidades do cliente final, objetivo da organização.

SQA pode e deve fazer parte de indicadores de avaliação de pessoas.

Políticas, metodologias e controles bem instalados, com treinamentos disponibilizados e apoio da alta direção não são suficientes para eliminar os riscos de uma implantação fracassada de SQA. A gestão de pessoas precisa ser feita com a devida proximidade aos envolvidos considerando suas necessidades e suas opiniões.

Em nosso próximo texto vamos falar sobre Qualidade em TI – auditoria de sistemas.

[Crédito da Imagem: Qualidade em TI – ShutterStock]

Autor

Professor de Qualidade de Software, Auditoria de Sistemas e MBA/TI, Economista pela FEA-USP com pós em Qualidade e Produtividade pela POLI-USP, especialista em qualidade de software para usuários e fornecedores de TI. Mais de 30 anos como Gestor em TI para Bancos, Consultorias, Marketing, Serviços e Governo. Focado em soluções pragmáticas de TI que aliam resultado e satisfação de clientes e acionistas, experiência internacional em London/UK no desenvolvimento de aplicativos bancários mundiais e Nova York/USA em consultoria para conformidade à Sarbanes & Oxley. br.linkedin.com/in/bergamipaul/

Paul Robert Bergami

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