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Projetos disruptivos exigem métodos inovadores de gestão

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Na visão de muitas pessoas o Gestor de Projetos funciona como uma espécie de fiscal de prazos e recursos que, em meio à gráficos, planilhas, recursos de controles e reuniões, vai mantendo, seguindo as normas tradicionais de gerenciamento, um maior controle do projeto. Porém, com modelos de negócios e produtos cada vez mais inovadores e disruptivos, ficarmos presos à métodos tradicionais pode ser um equivoco .

Embora os modelos atuais de gestão de projetos sejam bastante eficazes. As novas demandas exigem uma maior inovação.

Estamos hoje diante de uma nova era na vida econômica e social, com transformações na industria, na forma de negociar, nos meios de acessos à produtos e novas tecnologias e, claro na forma como devemos conduzir os projetos para que essas inovações sejam implementadas de forma cada vez mais dinâmica.

Atualmente ao se falar de inovação temos como um dos termos mais usado o Design Thinking. Então, para começarmos a entender essa nova visão faremos uso das palavras de Tim Brown, presidente da IDEO, que é consultora de novos produtos e serviços de empresas como Apple, Pepsi e Havaianas.

“Design Thinking é uma abordagem para busca da inovação centrada nas pessoas, que utiliza ferramentas de design para integrar as necessidades dos usuários, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso do negócio”.

Assim, deixando de uma forma mais próxima, podemos dizer que o design thinking nos ajuda a olhar para a inovação de forma que pessoas, tecnologias e negócios possam convergir no que é conhecido como o projeto, seja de produto ou serviço.

De uma forma mais resumida o Design Thinking é:

Centrado no Ser Humano

  • Maior concentração na necessidade do usuário e sua interação com produtos ou serviços

Interação de Aprendizagem

  • Problemas são redefinidos com a evolução do projeto
  • Construção de protótipos e testes

Provedor de fases divergentes e convergentes

  • Divergência e convergência das ideias dos membros do projeto
  • Resultados abertos permitem que sejam repensados no decorrer do cronograma

Prototipação rápida

  • A experimentação faz parte do projeto e não é visto como um problema

Através desses conceitos resumidos podemos ver como esse modelo pode ser aplicado à qualquer área, não somente à criação de novos produtos e meios de inovação em marketing.

Mas então porque não trazermos ele para que possa ser usado em implementação de projetos de inovação? Seja ele ligado à Big Data, BI, Transformação Digital, etc.

Por ser uma técnica que se baseia no trabalho em equipe e as ideias devem ser reproduzidas em conjunto, uma boa forma de se manter o gerenciamento é criando matrizes e testá-las durante todo o projeto.

Para clarificar vamos entender as 6 etapas principais do Design Thinking e como elas se adequam a gestão de projetos. Para cada uma das etapas podem ser usados diferentes tipos de ferramentas que poderemos abordar em outras conversas. Em projetos de inovação, sobretudo na área de TI, elas podem ser utilizadas por exemplo, para antecipar-se a problemas de usabilidade de uma solução. Vamos então a essas etapas:

  1. DefiniçãoAqui se define e solução a ser implementada buscando quem são os envolvidos no projeto e apontando seus principais atores.

    Essa fase faz o levantamento dos requisitos e necessidades dos usuários, por isso, mais do que concentrar esforços na equipe de TI, os usuários da solução, consultores de negócios e arquitetos de soluções também são chamados para expor sua visão e propor ideias.

  2. Investigação
    Etapa da pesquisa. Ela busca o envolvimento e empatia com todas as partes interessadas do projeto: Consultor de Negócios, Arquiteto de Soluções, Consultor de implementação, Técnicos de Suporte e claro, o Cliente. Após essa etapa o ideal é que o “thinkers” sejam capazes de definir um dia na vida do cliente do projeto, suas necessidades, anseios e experiências.Nessa etapa também é onde podemos definir as personas do nosso projeto, ou seja, os arquétipos dos clientes começam a ser desenhadas de forma que toda a equipe seja capaz de visualizar as características de com quem e para quem está sendo desenvolvido esse projeto.
  3. Ideação
    É a fase em que as ideias dos envolvidos no projeto são ouvidas sem qualquer julgamento.Após serem ouvidas essas ideias vão sendo filtradas e traduzidas para o modelo de negócio ao qual está sendo proposto o projeto.
  4. Prototipação
    Aqui é criado o Produto Mínimo Viável (PMV), traduzido do MVP (Minimal Viable Product).Pode, também, ser traduzido como um protótipo do serviço ou produto, ou até mesmo uma funcionalidade ou um conjunto de funcionalidades mínimas exigida pelo cliente.Nessa fase, como o produto já vai sendo apresentado ao cliente para que possam ser apontados problemas de usabilidade ou funcionalidade, as ideias já começam a serem mais clarificadas e caminham mais rapidamente para a solução final.
  5. Medição
    Aqui busca-se então as métricas do projetopara que seja possível medir os resultados. Essa medição está diretamente ligada ao tipo de solução que está sendo implementada.
  6. Aprendizagem
    Essa última etapa nós utilizamos para que, com a utilização dos resultados da medição, possamos definir a satisfação e assim partirmos para a solução final ou uma nova fase de prototipagem e definição.Aqui todos os envolvidos no projeto discutem os resultados e listam as lições aprendidas, ou backlog do produto para então poder partir para a construção do que foi definido como objetivo. Caso não esteja dentro do que foi definido fica muito mais fácil recalcular a rota sem que seja cometido erros recorrentes.

O Design Thinking está muito associado à inovação disruptiva, porém esse modelo também pode ser perfeitamente utilizado em soluções incrementais ou procedurais. Ao trazer os usuários para dentro do projeto, o gestor ganha a visão de quem necessita das soluções implementadas gerando um maior engajamento de todas as partes interessadas.

A partir desse engajamento e mergulho na visão do cliente do projeto é possível criar soluções inovadoras e satisfatórias deixando o gestor do projeto cada vez mais próximo do sucesso nas entregas e demandas.

João Paulo Borges
Gerente de Projetos e Técnologo em Segurança da Informação pela Faculdade Senac-GO. Membro da Associação Nacional de Profissionais de Proteção de Dados. Sempre procurando as melhores inovações em Gerenciamento de Projetos. Apaixonado pela Filosofia e Histórias Medievais trazendo o pensamento de estratégia para a vida e por consequência ao Gerenciamento de Projetos.

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