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Mobile Payment: Usuários e varejo querem modelo prático e seguro para o Brasil

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Mobile Payment: Usuários e varejo querem modelo prático e seguro para o Brasil
Mobile Payment: Usuários e varejo querem modelo prático e seguro para o Brasil

Os meios de pagamentos móveis ainda enfrentam desafios no Brasil. Mesmo que timidamente, alguns modelos de Mobile Payment (ou m-payment) devem compartilhar mercados com os cartões de crédito, ainda em 2013. Enquanto isso não acontece, o varejo perde oportunidades de vendas e os consumidores, a experiência de realizar boas compras, de forma mais agradável, segura e ágil.

Dados da International Data Corporation (IDC) mostram que pela primeira vez na história o segmento de smartphones representa mais da metade (51,6%) do total de telefone celulares em circulação no mundo, totalizando 216,2 milhões de handsets. Bancos e operadoras de telefonia estão de olho nesses números e discutem as prováveis tecnologias e os modelos viáveis para a implantação de um m-payment padrão para o País. A discussão ainda vai longe…

No mês de maio deste ano, o Banco Central (BC) deu um passo importante para a solução no impasse do setor privado sobre o marco regulatório, em busca de regularizar os pagamentos por meio de telefones celulares. A Medida Provisória 615, que define o conjunto de regras e procedimentos para a transferência de dinheiro e pagamentos, bem como sua aplicação a dispositivos móveis tem como meta dar acesso direto aos usuários finais, pagadores e recebedores. A MP faz “arranjos de pagamento”, e deve ser regulamenta até outubro deste ano.

Ainda há outro problema a ser administrado: o impasse sobre o marco regulatório. Esse é um dos maiores conflitos encontrados para regularizar a tecnologia nacionalmente, já que o governo ainda não tem previsão para implantar o sistema. Enquanto a discussão não acaba, usuários e varejo aguardam, com ansiedade, o momento de utilizar as facilidades oferecidas pela experiência com o mobile payment.

Nos Estados Unidos, dois modelos de pagamentos estão em uso por lá: o App – pagamento feito pela internet via aplicativo instalado no telefone – e por meio de SMS. Com o envio de mensagem de texto pelo celular é possível receber uma senha, que ao ser reenviada, confirma-se o pagamento do produtos/serviços em poucos minutos. Mas ainda falta agilidade e intuitividade nesses dois serviços.

Há outro modelo, já em experimento no mercado brasileiro, que se baseia na tecnologia NFC (Near Field Communication). No entanto, essa tecnologia exige que o usuário se desloque até o POS ou vice-e-versa. A experiência deu certo no Japão e na Coréia do Sul, onde a solução é usada em larga escala pelos comércios e usuários de gagdets. O modelo permite que transações financeiras sejam realizadas com um simples toque na tela do celular, por meio da combinação de antenas com um chip NFC, instalado no smartphone. Esse sistema de pagamento funciona aliado a um aplicativo como uma espécie de cartão de crédito/débito ou pré-pago.

E quais são as vantagens que o m-payment oferece tanto para quem vende e para quem compra produtos e serviços? Quem tem estabelecimento comercial poderá se aproveitar de inúmeros benefícios logísticos e financeiros. As facilidades oferecidas por este ecossistema permitem ativar novos clientes que buscam praticidade e boas experiências de compras. São pessoas que não querem (e não podem) perder tempo, e que precisam de maior intuitividade e segurança na hora de efetuar pagamentos remotos.

E possível simplificar a experiência dos usuários com um modelo flexível, interoperável e exclusivo? No segundo semestre de 2013, chegará ao mercado brasileiro um sistema de m-payment capaz de conectar os celulares de clientes aos computadores dos caixas na hora dos pagamentos. Via aplicativo, as informações das despesas serão transmitidas diretamente ao telefone móvel do cliente com o valor a ser debitado. E com apenas um toque na tela dos smartphones paga-se a contas, eliminando por completo as intermináveis filas que se formam, geralmente, na hora de sair dos locais.

Esta solução traz uma série de vantagens para quem vende e para quem compra. Comerciantes de bares e restaurantes, por exemplo, vão aproveitar melhor o tempo dos funcionários, já que não precisarão mais deslocar-se do caixa às mesas dos consumidores com as tradicionais máquinas de cartões – economia de tempo, de locação dos equipamentos e de papel. Ao apertar um botão o cliente paga a conta e foto dele aparecerá no computador do caixa, informando o pagamento em poucos segundos. Com isso, o estabelecimento poderá manter o CRM com histórico de compras, oferecerá em cima disto vantagens ou compensações on line, além de poder contar com a lealdade dos clientes.

Para os usuários, há mais vantagens ainda ao realizarem a compra via telefone celular. Além de melhorar a qualidade de vida – com a economia de tempo e redução de desgaste das relações com quem fornece produtos e serviços – armazena informações das compras no celular e traz consigo uma nova forma de qualificar e compartilhar nas redes sociais as experiências de compra à sua rede de contatos.

Esta é uma boa oportunidade, inclusive, para fornecedores de produtos e serviços receberem feedbacks espontâneos dos usuários, adequando ainda mais seus produtos/serviços à venda.

Marcos Cavagnoli
Marcos Cavagnoli é engenheiro, formado pela Universidade de São Paulo, especializado em Engenharia Industrial pela Ecole supérieure du Soudage et de ses Applications na França, com MBA em Finanças pelo IBMEC-SP. Foi Vice-Presidente e diretor executivo de multinacionais, como: Buscapé Company, JP Morgan Chase, Citibank, Daimler Chrysler e Alstom. Atua na área de canais eletrônicos, cash management, meios de pagamentos e fraudes.

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