As criptomoedas e os NFTs são os assuntos do momento quando se trata de inovações cheias de potencial, investimentos enormes e oportunidades que podem ser exploradas pelos mais diversos atores. Os clubes de futebol, inclusive os brasileiros, não estão ignorando as tendências.
Plataformas como o esportebet possibilitam que torcedores palpitem nos jogos de futebol e outros muitos esportes usando criptomoedas. A empresa recentemente fechou o maior patrocínio máster da história do São Paulo Futebol Clube.
Falando especificamente dos fan tokens, essas moedas virtuais estão no centro das estratégias de vários clubes brasileiros como Corinthians, Atlético-MG, Santos e vários outros. A ideia do fan token é conectar o torcedor ao clube em uma relação mais moderna, fazendo com que o apaixonado ajude o seu time do coração de uma forma direta.
Por exemplo, o Corinthians lançou o seu fan token $CCP, e vendeu mais de 8 milhões de reais dessas moedas virtuais em pouco tempo. Os valores não foram abertos, mas é provável que o Corinthians tenha ficado com metade desse valor.
Já o Santos, assim como o Vasco, foi por outro caminho. Em vez de um token que só rende quando é negociado, os dois clubes atrelaram esse dinheiro ao mecanismo de solidariedade que eles receberão quando jogadores de suas bases forem negociados.
O mecanismo de solidariedade é algo criado para “premiar” os clubes formadores, que agora ganham dinheiro não só com a primeira transferência de um jogador – por exemplo, o Santos quando vendeu Neymar para o Barcelona – mas também em posteriores transferências. Ou seja, o clube da Baixada ganhou uma pequena porcentagem do valor pago pelo PSG ao Barcelona.
O torcedor/investidor pode escolher que jogador ele quer comprar um token para receber uma parte dessa valorização no futuro. O torcedor santista também pode escolher Gabriel Barbosa (o Gabigol, hoje no Flamengo), Rodrygo Goes (no Real Madrid), Lucas Veríssimo (vendido para o Benfica em 2020) e outros.
As mesmas plataformas onde é possível comprar esses tokens também negociam bitcoins, gerando uma sincronicidade que no futuro permite muitas outras ideias lucrativas. Quem sabe um jogador seja comprado por um clube e pago em bitcoins?
Novas fontes de renda e a paixão
Por décadas os clubes brasileiros não conseguiram usar a paixão do torcedor para oferecer produtos interessantes e experiências marcantes. O torcedor comprava um ingresso, ia no estádio e era basicamente isso.
Aos poucos um mercado multimilionário foi surgindo para aproveitar um potencial que era gasto. A venda de camisetas e produtos licenciados explodiu. Os programas de sócio-torcedor finalmente foram alavancados, possibilitando bons negócios para os torcedores que gostam de ir aos estádios, mas também para aqueles que só querem ajudar seu time. O sócio-torcedor é vital porque gera uma renda constante que a bilheteria, as premiações por conquistas e as vendas de jogadores não podem prometer.
A última fronteira são os fan tokens, usando a tecnologia do bitcoin chamada blockchain para criar uma moeda virtual cujas transações são registradas nessa “corrente” 100% digital. Ainda há muitas pessoas que desconfiam da segurança e têm medo da especulação e dos ataques hackers. Entretanto, os clubes se aliaram a empresas que oferecem proteção, expertise e um know-how para agir como intermediário e mitigar esses riscos.
Tanto o potencial é enorme que clubes como PSG e Manchester City também lançaram seus fan tokens, pouco tempo antes ou até ao mesmo tempo que os clubes brasileiros, o que indica que apesar de tudo nossos tradicionais times estão começando a aprender e prestando atenção ao que há de mais moderno no futebol mundial.