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Fundamentos do auto-didatismo

publicado por Carlos Nepomuceno

Fundamentos do auto-didatismoUma das bases da nova educação é o auto-didatismo.

Estamos saindo de um uma ditadura cognitiva e vivemos uma forte influência das autor-idades de plantão.

Estamos intoxicados pela incapacidade de sermos autores, pois as autor-idades definiram as verdades circulantes e criaram critérios muito burocráticos para que elas circulem na sociedade, em todas as organizações, incluindo a ciência.

Assim, o auto-didatismo é um processo difícil, pois temos que, de alguma forma, matar a autor-idade que existe dentro da gente, cognitiva e emocionalmente para começar a construir um novo modelo de conhecimento.

A base da dominação do nosso afeto autoral é o conceito de conhecer para ser autoridade.

Eu conheço para substituir a autoridade de plantão.

E não conheço para resolver um dado problema relevante e reduzir sofrimento.

Ou seja, o meu conhecimento será comparado e geralmente inviabilizado, pois EU NUNCA VOU CONSEGUIR SER IGUAL A AUTORIDADE QUE QUERO SUBSTITUIR.

Note que os critérios para essa substituição são todos viciados, preparados para que não se possa fazer isso, sem seguir as regras estabelecidas, que são favoráveis ao modelo atual de representação.

Assim, o conhecimento passa a ser uma arma autoritária para evitar, pela ordem:

  • que surjam novas autoridades mais representativas;
  • que reduzam o poder das atuais autoridades;
  • e, por sua vez, como consequência, que haja redução de sofrimento.

Não, uma autoridade não é a favor de sofrimento, mas a intoxicação do cargo faz dela um ser voltado para si e não consegue ter uma boa taxa de percepção do sofrimento alheio ou mesmo uma boa taxa para atuar para reduzi-lo.

Uma nova autoridade que procura uma melhor representação vai em busca de um problema significativo que possa reduzir um conjunto de sofrimentos humanos.

O auto-didatismo, a meu ver, é mais eficaz se baseado nessa premissa de que não procura substituir a atual autoridade naquele problema, mas criar um novo modelo de pensar/agir e consumir informação para lidar com o problema.

Assim, é possível procurar formas de superar as barreiras para minimizar o problema, se estiver com clareza do seu problema significativo.

E aí temos várias alternativas na rede, principalmente, usando o tripê  – Google, Facebook e Youtube.

Falamos disso mais adiante.

[Crédito da Imagem: Conhecimento – ShutterStock]

Autor

Carlos Nepomuceno é Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia com a tese “Macro-crises da Informação”. Jornalista e consultor especializado em estratégia no mundo Digital, desde 1995 com foco no apoio à sociedade a lidar melhor com essa passagem cultural, reduzindo riscos e ampliando oportunidades. Atualmente, se dedica a implantação de projetos de “Gestão de Desintermediação”, que é uma metodologia criada integrada para preparar pessoas, metodologias e tecnologias para o mundo das redes sociais digitais corporativas. Professor nos seguintes cursos do Rio: MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, Gestão Estratégica de Marketing Digital e/ou Mídias Digitais nos cursos de Pós-graduação da Faculdade Hélio Alonso (IGEC), Mídias Digitais Interativas no Senac/RJ e Marketing Digital na Fundação Getúlio Vargas. Escolhido como um dos 50 Campeões brasileiros de inovação, pela Revista Info, em 2007. É também co-autor junto com Marcos Cavalcanti do primeiro livro sobre Web 2.0 no Brasil: Conhecimento em Rede, da Editora Campus/Elsevier, utilizado em vários concursos públicos, incluindo o do BNDES. Diretor Executivo da Pontonet, primeira empresa de Consultoria da Web Brasileira, fundada em 1995, que reúne em sua carteira mais de 340 projetos de consultoria estratégica em Internet, mais recentemente tem trabalhado na Vale, BNDES, Petrobras, Dataprev, Prodesp, Embrapa e Natura. Site: nepo.com.br

Carlos Nepomuceno

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