As transformações tecnológicas acontecem de maneira cada vez mais acelerada, apresentando a cada dia novos paradigmas que modificam nosso modo de vida – seja em nossos estudos, trabalho ou até mesmo em nossos momentos de lazer. Este último ponto é aquele que pretendemos deter no momento, tendo em vista que o entretenimento é uma parte fundamental da nossa rotina.
É o entretenimento, afinal, que nos leva a esquecer por alguns momentos o peso da realidade que nos cerca ou mesmo nos faz percebê-la a partir de outros ângulos. Seja qual for a maneira como nos entretemos, são nesses momentos em que conseguimos nos libertar da objetividade racional que carregamos conosco a todo instante, permitindo que nossas emoções e subjetividades sejam colocadas para fora.
Um outro olhar para a tecnologia do entretenimento
O termo tecnologia do entretenimento parece nos remeter a um contexto extremamente futurista, em que é possível se transportar para realidades virtuais por meio de óculos de realidade aumentada ou mesmo, em um nível mais básico, distrair-se com jogos que sempre fizeram parte das nossas vidas em um ambiente virtual – como jogar bingo na internet, por exemplo.
No entanto, a tecnologia do entretenimento sempre esteve presente em nossa sociedade. Até mesmo os brinquedos mais arcaicos são dotados de aspectos tecnológicos em voga em suas respectivas épocas, mostrando que desde sempre foram realizados esforços em prol da construção de objetos cuja principal função era entreter. As bonecas de pano e os piões de madeira de nossos bisavôs são uma mostra dessa realidade em que tecnologias extremamente básicas, como a costura e a marcenaria, foram e são capazes de gerar condições favoráveis ao entretenimento.
É possível perceber, portanto, que o conceito de tecnologia pode ser muito mais amplo que o que, no geral, levamos em consideração, transformando-se em qualquer objeto ou ação que “faça por nós”. Em um plano virtual, não seria possível acessar o universo impalpável do digital na tela se não tivéssemos um mouse. Já em um plano físico, seria extremamente mais complicado fixar pregos em paredes sem um martelo. Em ambos os casos temos tecnologias que nos auxiliam em atividades rotineiras de nossas vidas.
O entrelaçamento entre o real e o virtual
O crescente processo de entrelaçamento entre o real e o virtual vem transformando a maneira como as tecnologias do entretenimento são encaradas na atualidade. Não buscamos um processo de completa imersão virtual para que alguma ferramenta de entretenimento seja considerada moderna.
A The Walt Disney Company é, hoje, uma das marcas cuja imagem está mais atrelada à ideia de entretenimento, abrangendo os mais diversos nichos. Crescemos com as histórias infantis contadas pela empresa, fomos tocados pelas narrativas construídas pela Pixar, perdemos o fôlego com as aventuras da saga de Star Wars e os filmes da Marvel. Isso, claro, sem mencionar os doze parques temáticos que a Disney tem espalhados pelo mundo, que vem transformando a experiência dos seus usuários de maneira diversas. É aqui, então, que encontramos de modo mais concreto a fusão entre o real e o virtual, entre o palpável e o digital.
Um exemplo disso está no Shanghai Disneyland, o parque mais recente da Disney em território chinês. Nele, a atração Pirates of the Caribbean – Battle for the Sunken Treasure mistura um passeio de rio, entre navios piratas e galeões ingleses em tamanho real, com a experiência digital obtida através de telas de altíssima resolução e androids de última geração.
Nesse contexto, a imersão física e/ou virtual, capaz de oferecer uma verdadeira experiência sensorial aos seus visitantes, deve ser a sua principal aposta para os anos vindouros da empresa. E, naturalmente, a Disney não está sozinha nessa jornada, tendo seu exemplo espelhado por diversas outras companhias de todo o mundo.