Vários fatores e aspectos relacionados à produtividade podem ser analisados com o objetivo de se obter uma vantagem competitiva baseada em uma dimensão de tempo, para isso é imprescindível a análise de alguns objetivos de produção, tais como velocidade, pontualidade e flexibilidade.
Conforme afirma Shingo (1996) o modelo Toyota de produção foi o primeiro método de produção baseado numa filosofia de gerenciamento de produção com estoque zero, onde se procura a otimização da organização com o foco em atender as necessidades do cliente no menor prazo possível, na mais alta qualidade e ao mais baixo custo, e de forma simultânea se almeja o aumento da segurança e confiança de seus colaboradores, envolvendo e integrando não só manufatura, mas todas as áreas da organização.
Em sua essência, o Sistema Toyota de produção tem como objetivos a total eliminação do desperdício e a perseguição e eliminação de toda e qualquer perda. É o que na Toyota se conhece como princípio da subtração-custo. Este princípio baseia-se na convicção de que: Custo + Lucro = Preço. E deve ser substituída por: Preço – Custo = Lucro.
Conforme afirmam Martins e Laugeni (2005), vários fatores podem determinar a produtividade de uma empresa, merecendo destaque para os seguintes pontos:
- A relação capital e trabalho, que indica o nível de investimento em máquinas, equipamentos e instalações em relação a mão de obra empregada;
- A escassez de alguns recursos, como a energia elétrica que podem afetar diretamente a produtividade se não forem analisados previamente;
- As mudanças na mão de obra, onde os custos de mão de obra aumentam conforme sua qualificação, em contrapartida aumentam as chances de se obter uma qualidade superior no produto final;
- A inovação e tecnologia, onde um aumento da produtividade a médio e longo prazo indicam investimentos em pesquisas e desenvolvimento;
- As restrições legais, onde podemos citar as restrições ambientais. Assim como a escassez de recursos, essas restrições devem ser analisadas previamente, buscando assim minimizar os impactos no cronograma e decorrer da operação;
- Os fatores gerenciais, relacionados com a capacidade dos administradores de se empenharem em programas de melhoria de produtividade em suas empresas;
- Por último e não menos importante, qualidade de vida, levado muito seriamente em consideração atualmente pelas empresas, onde as mesmas procuram melhorar a qualidade de vida de seus funcionários visando assim o aumento da produtividade.
Martins e Laugeni (2005) afirmam que o controle da produtividade diz respeito ao processo formal de gestão, que envolvendo tanto os níveis gerenciais como os colaboradores, com o objetivo de reduzir os custos. Para medir a produtividade deve-se utilizar métodos adequados utilizando dados já existentes ou coletando novos.
Atualmente existem várias técnicas de controle de produtividade como já foram citadas anteriormente e que podem ser utilizadas para obter tais objetivos, se destacando as ferramentas estatísticas. Pode-se ainda destacar aspectos existentes que contribuem para uma maior e melhor produtividade:
- Objetos claros e adequados fixados do que se deseja alcançar através do esforço empregado;
- Processos racionalizados visando melhores formas e mais otimizadas para realização das atividades;
- Eficiência e eficácia na comunicação, tornando assim a compreensão do projeto mais fácil e também fornecendo uma visão do projeto de forma mais partilhada entre todos os envolvidos no mesmo;
- Responsabilidade por parte dos executores de entender quais as atividades que devem ser executadas por eles e os objetivos que os mesmos devem procurar alcançar;
- Planejamento participativo, procurando assim obter diferentes formas de resolução de um problema e também uma maior quantidade de informações com relação ao projeto, tornando assim o planejamento mais rico e ao mesmo tempo contribuindo para um enriquecimento de informações;
- Motivação por parte dos envolvidos no projeto;
- Utilização de tecnologias adequadas, que propiciam maior confiabilidade às ferramentas de controle utilizadas, permitindo assim um planejamento e controle condizente com as necessidades identificadas;
- Competências técnicas e habilidades interpessoais condizentes com a atividade a ser executada visando assim atingir o mais próximo possível dos objetivos pré-estabelecidos através de seus conhecimentos.
Com isso podemos observar, em linhas gerais, a ocorrências na análise e retirada de dados de produtividade e eficiência entre as organizações, visando cada dia mais aprimorar seus processos.
Visando melhores resultados as empresas utilizam diversas técnicas para análise de dados, podendo assim obter informações sobre a produtividade e eficiência da empresa, seus processos e projetos.
Simultaneamente e juntamente com a busca de resultados mais expressivos e positivos, as empresas almejam a melhorias continua na qualidade dos produtos oferecidos, pois quanto menor o retrabalho, melhores serão os resultados finais obtidos na produtividade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SHINGO, Shingeo. O Sistema Toyota de Produção: o ponto de vista da engenharia de produção. Porto Alegre: Bookman. 1996.
MARTINS, Petrônio G; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Estudo sobre controles de produtividade e eficiência:
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/mostrappga2013/paper/viewFile/3617/1122
MONDEN, Y. Sistema Toyota de Produção. Editora do IMAM, São Paulo, 1984.
FURLAN, Erika Queiros, Material de estudo da disciplina: Gerenciamento de Projetos e Organização, AVM.
[Crédito da Imagem: Produtividade – ShutterStock]