Tecnologia Cisco integra Aeroporto Internacional de São Paulo

Com a ampliação do aeroporto, redes cabeadas e Wi-Fi da Cisco são implantadas no Terminal 3 do principal hub da América Latina

O GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, adotou a tecnologia Cisco na integração e modernização de sua infraestrutura de tecnologia e telecomunicações. Considerado o principal hub da América Latina, o GRU Airport implantou redes cabeadas e Wi-Fi da Cisco no Terminal 3. O objetivo foi atender o crescimento no fluxo do aeroporto durante os próximos 20 anos, motivado também pelo aumento de tráfego durante os eventos esportivos realizados no Brasil, tais como Copa do Mundo e Olimpíadas.

A nova tecnologia permitiu a automação dos diversos sistemas das companhias aéreas e a exploração de receitas complementares. Foram implantados Switches Cisco e mais de 500 Access Points em todo o sítio aeroportuário, provendo rede Wi-Fi para passageiros e clientes, além da cobertura em todo ambiente corporativo.

O Terminal 3 conta agora com uma arquitetura redundante, compartilhada como serviço para as companhias aéreas. A estabilidade e a performance das redes, cuja velocidade final aumentou em pelo menos 10 vezes, foram essenciais para a implantação do check-in dinâmico, agilizando o remanejamento de posições nos voos e reduzindo custos para o aeroporto e para as próprias companhias.

Com mais de 100 destinos (sendo 59 internacionais), o Aeroporto Internacional de São Paulo é o principal e mais movimentado do país, com movimento diário de cerca de 830 pousos e decolagens e 108 mil passageiros, em média. Para atender essa demanda, o GRU Airport buscou então uma solução capaz de integrar as diversas tecnologias de automação e complexos sistemas de controle de voo e de reservas. Além disso, era necessário que a nova infraestrutura proporcionasse escalabilidade e robustez para não causar indisponibilidade de serviços vitais para o aeroporto.

A solução apresentada pela Cisco era totalmente aderente às necessidades do aeroporto e condizente com as perspectivas de investimento previsto. Além do quesito financeiro, a tecnologia Cisco foi escolhida também pelas funcionalidades Multicast/Broadcast, de VPLS e VSS (tecnologia de virtualização que reúne múltiplos Switches Cisco® Catalyst® em um único switch virtual).

Ao aumentar a comunicação sem escalas, a tecnologia Cisco ampliou a largura de banda do sistema para 1,4 Tbps, entregando portas de 1Gb por segundo com qualidade e segurança para clientes em dois ou mais pontos do aeroporto. Na prática, isso quer dizer que a infraestrutura Cisco é robusta o suficiente para suportar um tráfego de até 40Gb, advindo dos cerca de 1800 usuários das redes (que utilizam aproximadamente 14.000 portas de acesso), além do tráfego do circuito interno de CFTV.

O desenho e a implantação da arquitetura Cisco no GRU Airport ficaram a cargo da parceira e integradora Medidata. A empresa elaborou tanto o high-level design (relação de equipamentos e funcionalidades), quanto o low-level design (relação de todos os comandos e configurações). A implementação durou cerca de oito meses, sendo que o backbone (espinha dorsal da rede) ficou pronto em setembro de 2013 e o novo Terminal 3 em maio de 2014.

Wi-Fi e exploração de receitas adicionais

Após a realização do Mundial, novas oportunidades se abriram para a exploração da tecnologia – principalmente do Wi-Fi. A arquitetura wireless Cisco implantada no aeroporto proporciona não apenas conectividade, mas também inteligência, contando com aplicações como o Cisco® Connected Mobile Experiences (CMX). A aplicação proporciona análises de dados correlacionados dos usuários do Wi-Fi, além de estatísticas em tempo real de sua localização.

Com a tecnologia CMX é possível saber se o usuário está utilizando o aeroporto pela primeira vez, se é um “frequent flyer” (passageiro frequente) e qual dispositivo ele possui, além de verificar em quais áreas do aeroporto há mais movimento. Com essas informações, providas pelo GRU Airport como serviço, lojistas e companhias aéreas têm condições de criar propagandas direcionadas para determinado perfil de usuário, trazendo receita adicional para o concessionário e tornando a utilização do Wi-Fi mais rentável ao negócio.

Expansão e planejamento ao longo prazo

As oportunidades que a nova infraestrutura de TI traz ao Aeroporto Internacional de São Paulo não se restringem somente ao Wi-Fi indoor. Ao ampliar as redes Cisco do Terminal 3 para prédios de estacionamento, para a alfândega e para os terminais de carga, o GRU Airport poderá explorar a conectividade também em outras áreas. A automação de sistemas M2M e de exportação e importação poderá abrir o caminho do aeroporto para a “Internet de Todas as Coisas” (tendência de conectividades crescente entre coisas, processos, pessoas e dados).

Já está prevista a expansão das redes para os Terminais 1 e 2 do aeroporto. Quanto à padronização e evolução da arquitetura, todo o planejamento foi realizado em longo prazo. Em termos de topologia, o desenho e a configuração da solução foram preparados para atender as demandas para os próximos 20 anos.