O estudo do Ericsson ConsumerLab no mercado latino-americano indicou que a banda larga móvel ganhou força, principalmente por meio dos smartphones, mas ainda tem um alto potencial de crescimento, especialmente as redes 4G, já que, cada vez mais, os usuários precisam de uma capacidade de dados maior para serviços avançados.
A pesquisa teve por objetivo compreender as atitudes e a percepção dos usuários em relação aos serviços de telecomunicações e atividades online, bem como as necessidades de conectividade, independentemente da localização. Desenvolvido em seis países da região – Argentina, Bolívia, Brasil, El Salvador, México e Uruguai – Foram realizadas mais de 9.812 entrevistas face a face e 1.027 entrevistas online com pessoas com idades entre 15 e 69 anos, representando 189 milhões de pessoas da região.
Diana Moya, Diretora do ConsumerLab da Ericsson América Latina, afirma: “As tecnologias 4G ainda estão em uma etapa inicial de expansão em nossa região, mas, de acordo com o estudo, têm um potencial de crescimento importante, já que, depois que os usuários experimentam uma melhora no serviço de dados móveis, o consumo de atividades online aumenta, especialmente as que exigem maior capacidade de dados”.
A qualidade da conectividade determina a disposição dos consumidores de realizar atividades online, disposição que aumenta à medida que a experiência de conexão é melhor, fato comprovado pelo estudo, que comparou o comportamento dos usuários de 2G, 3G e 4G. Quando o usuário já tem Internet no dispositivo móvel, é mais provável que ele queira se atualizar em relação à tecnologia, procurando uma experiência melhor. Exemplo: somente 20% dos usuários atuais de 2G têm intenção de passar para o 4G; por outro lado, 35% das pessoas com conexão 3G deseja passar para o 4G.
Na América Latina os smartphones se tornaram um dos dispositivos fundamentais para permanecer conectado, e seu uso é intenso durante todo o dia e todas as ocasiões — não só para navegar, ler emails e acessar redes sociais, que são os usos mais comuns, mas também, na região, admitem outras experiências, como compras online (23%) e jogos online (45%). Por outro lado, os usuários de celulares com conexão à Internet estão usando diariamente novos canais de comunicação alternativos à voz, como mensagens instantâneas, com 57%, e chamadas pela Internet (VoIP), com 24%.
“O interesse cada vez maior na região por serviços móveis avançados, como mensagens instantâneas e chamadas pela Internet, aumentam consideravelmente, o que leva a um potencial de crescimento ainda maior. Isso afeta diretamente o uso das redes, exigindo que estejam preparadas para responder a uma demanda maior e atender as expectativas de uma boa experiência nesse tipo de serviços. O 4G/LTE dará suporte a essa demanda, mas apenas começamos a usar essa tecnologia. De acordo com o Ericsson Mobility Report, prevemos que a tecnologia 4G representará, no final de 2015, 5% das assinaturas móveis na América Latina, uma cifra que está abaixo da média global de 7%”, disse Moya.
De acordo com o último Ericsson Mobility Report, o tráfego de dados móveis continuará aumentando significativamente nos próximos anos, uma tendência impulsionada principalmente pelo vídeo, que hoje é utilizado diariamente por 22% dos usuários de smartphones na América Latina. Este incremento é impulsionado pela maior quantidade de conteúdo disponível e pelas melhorias nas velocidades e capacidades de 3G e pelo crescimento das redes 4G.
Hoje, na América Latina, os usuários têm uma preferência semelhante entre PCs e smartphones para se conectar à Internet, mas a tendência de crescimento da penetração dos smartphones, a necessidade permanente dos usuários de estar conectados independentemente do lugar e a melhoria na qualidade da conectividade provavelmente causarão um aumento na preferência pelos smartphones na hora de se conectar à rede.
Em relação à penetração de serviços Over-the-Top (OTT) em smartphones na América Latina, o estudo mostrou que chega a 57% e que a faixa etária que mais utiliza esse tipo de serviços, como mensagens instantâneas – WhatsApp -, e serviços de vídeo – YouTube – , é constituída em sua maioria por jovens (15-24 anos e 25-29 anos), com cerca de 70% de penetração. Os usuários latino-americanos também estão descobrindo os benefícios dos serviços na nuvem, já que, para 26%, é muito útil acessar arquivos e documentos enquanto estudam ou trabalham.
[Crédito da Imagem: 4G – ShutterStock]
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