Índice de companhias que não realizam exportações se manteve estável em relação ao ano anterior, de acordo com Censo da Assespro
Mesmo com a instabilidade econômica no Brasil, as empresas nacionais continuam priorizando o consumo interno ao invés de exportar seus produtos. É o que mostra o Censo 2014 da Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional).
Ao todo, 83% das companhias não realizam negócios com o mercado externo. O número é equivalente ao registrado na edição anterior. Essa estabilidade indica que as vendas realizadas no país seguem atendendo a demanda interna mesmo com um cenário de crise.
“Por um lado, atender o consumo interno é bom para garantir as demandas do mercado consumidor. Porém, é importante ampliar o leque de negócios para outros países, que ajuda no crescimento saudável das empresas”, comenta Luis Mario Luchetta, presidente da Assespro Nacional.
Mesmo entre as que realizam exportações, a participação ainda é pequena no faturamento da organização: 11,5% dos entrevistados obtêm, no máximo, até 4% das receitas totais com negociações no exterior. Apenas 2,3% conseguem vender em grande quantidade para outros países, garantindo entre 15 e 60% de seu faturamento com isso.
O exemplo é dado pelos parceiros latino-americanos. Nos outros 18 países analisados no continente, menos da metade das companhias analisadas ainda não praticam a exportação. A busca por novos clientes no exterior já rende bons frutos, pois 17% dos entrevistados têm mais de 30% de suas receitas provenientes desses novos negócios.
O Censo 2014 da Assespro mapeia o setor de TI na América Latina, Espanha e Portugal, em cooperação com a ALETI – Federação Ibero-americana das Entidades Empresariais de TI. Nesta edição, a análise se baseia nos dados de 814 empresas de 19 países, gerando uma base de dados com pouco mais de 80 mil respostas. As companhias brasileiras correspondem a 53% do total.
[Crédito da Imagem: Exportação de Software – ShutterStock]
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