A Estratégia Organizacional é um tema ainda muito discutido nas pequenas e médias empresas. É muito discutido porque um número considerável de empresas cresce, se destaca no seu segmento, alcança faturamentos consideráveis, mas ainda tem dificuldade de sair do patamar familiar para o patamar profissional e assim muitas vezes discutem, mas ignoram a estratégia organizacional.
Com o crescimento e o surgimento de novas tecnologias, a Área de TI passou a ser considerada não apenas como suporte para as demais áreas organizacionais. Os executivos de negócio e de TI se viram diante de um novo desafio, que é criar um ambiente de confiança, colaboração e interação com todas as áreas de negócio. Considerando esse cenário e com o mercado atual, globalizado, dinâmico e altamente competitivo, exige-se das organizações uma nova postura, sempre agregadora, necessitando que processos de gestão tenham alinhamento estratégico com processos de TI.
A diversidade de informações fornecidas pelo mercado atual, como ações de negócio, oscilações e turbulência do mercado, ações dos concorrentes, ações do governo, somadas às informações da própria empresa, tais como, clientes, fornecedores, produção operacional e vendas, necessitam ser transformadas em conhecimentos pelas empresas, para que de forma inteligente, sejam utilizadas nas tomadas de decisões.
Para que isso ocorra, é importante que as empresas consigam alinhar a área de TI com as áreas de negócio. Ou seja, alinhar o Plano Estratégico da Tecnologia da Informação com o Plano Estratégico do Negócio. Portanto, o alinhamento estratégico da TI com negócios é a adequação entre as estratégias e os objetivos do negócio com as estratégias, objetivos e funções de TI.
Vimos, então, a forte ligação do alinhamento com a estratégia, pois decisões estratégicas contribuem para que o padrão estabelecido seja eficiente em um longo período de tempo, e a linha de produtos ou serviços da TI sejam oferecidos a longo prazo.
Embora existam diversos modelos de alinhamento estratégico da TI com os negócios, o modelo mais aceito (Henderson e Venkatraman – 1993) retrata quatro domínios, a saber:
- estratégia de negócios
- infraestrutura e processos organizacionais
- estratégia de TI
- infraestrutura e processos de TI.
O que se pretende é integrar e ajustar, por exemplo, o escopo de tecnologia com o escopo de negócio, a arquitetura de TI com a infraestrutura administrativa, e assim sucessivamente.
Ainda existe algumas barreiras culturais com relação ao investimento ocorrido nas áreas de TI em relação à produtividade. É que apenas investir em tecnologias, introduzir novos artefatos de hardware e software não garantem um aumento de produtividade do pessoal, melhoria de processos e vantagem competitiva. Um dos maiores desafios dos executivos de negócios e de TI é criar um ambiente de confiança e de colaboração para facilitar a interação entre as áreas, ou seja, alinhar a TI com os negócios.
As áreas de TI precisam demonstrar sua capacidade de ser um agente efetivo de transformação dentro das organizações e participar diretamente na tomada de decisões. Este processo de mudança requer aprendizado e deve ser evolutivo e gradativo. Para buscar ser reconhecida como transformadora, a TI deve iniciar o desenvolvimento de aplicações táticas inovadoras que não apresentem impacto à organização, mas sustentabilidade a longo prazo.
Até a próxima!