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Mudar o país pela inteligência, não pela violência

publicado por Alberto Parada

Figura - Mudar o país pela inteligência, não pela violênciaTempo difícil pela frente é o que indica a bússola que mostra o futuro! A tempestade parece estar apenas começando e muitos já estão saltando do barco antes mesmo de ele começar a balançar. Outros tantos começam a brigar entre si desesperados, cada um achando que sabe o melhor caminho para sair da tempestade. E outros, ainda, acreditam que a melhor maneira de isso acontecer é destruindo o barco.

Uma coisa é certa: a violência nunca deu resultado em nenhuma situação. Impor a vontade na marra, à base da bala, sempre se mostrou uma saída dolorosa, demorada e que deixa muitas sequelas. Diferentemente do que muitos acreditam, não existe violência controlada, pois, uma vez deflagrada, perde-se o controle sobre ela, e quem está no comando raramente consegue não se embriagar pelo poder. Se olharmos à nossa volta a fim de vermos a aplicação da violência para se tentar ajustar uma situação, só encontraremos resultados horrorosos. Não acredita? Converse com um espanhol sobre a ditadura de Franco, com um venezuelano sobre a truculência de Chaves ou com um cubano sobre os absurdos da ditadura do pseudo proletariado.

Certamente, sairemos dessa crise mais fortes, porém somente se utilizarmos a inteligência. O brasileiro está mostrando que não quer mais um “pai” para resolver sua vida e dá prova disso, como no caso das manifestações do dia 13 de março pelo país afora – elas foram um ato do povo em favor da honestidade sem a necessidade de cultuar um caudilho ou salvador da pátria.

Não temos que temer o fato de tirarmos um presidente, porque o que assumir pode, eventualmente, não corresponder às expectativas. O treino da democracia é isso! Se o que assumir agir de maneira fraudulenta, este deverá ser retirado também, sempre respeitando as bases da Constituição, e assim será para todos os outros que entrarem e não corresponderem. Dessa forma, uma hora conseguiremos limpar a cesta com as maçãs podres e ficarão apenas as que realmente prestam. É claro que isso dá trabalho, mas é necessário empenho, determinação e muita persistência; afinal, a relutância em deixar as “tetas” do estado é mais forte do que o desejo dos honestos em assumir sua missão.

Esse modelo de poder, onde o povo escolhe e retira seus governantes baseado nas leis, chama-se democracia, e ela só realmente acontece com a recorrência do povo em assumir seu papel, não passando mais procuração para qualquer um representar sua opinião e fazer dela bandeira para uso privado.

Fica claro que exercitar a democracia por meio da força não faz sentido. O Exército tem seu papel e deve continuar no lugar dele, cuidando das nossas fronteiras e garantindo a soberania. Os agitadores de plantão que, em nome de um sanduíche e uns trocados, ficam gritando bravatas devem buscar emprego. E os políticos que até outro dia iludiam e trocavam dentadura por voto ou mudam seus atos ou em pouco tempo não serão eleitos nem para síndicos de prédio.

É fato que houve uma demora de 500 anos para o povo evoluir, e talvez haja uma demora de mais tantos outros para ele entender que é apenas pelo banco da escola que se consegue um país melhor, pois quem lê sabe mais, e quem sabe mais tem melhores salários, e quem tem melhores salários tem uma qualidade de vida melhor, e quem tem uma qualidade de vida melhor movimenta a economia e enriquece o país – é assim que funciona.

O poder da palavra e da inteligência tem colocado muito mais gente na cadeia do que a truculência da violência, por isso manter a sobriedade e a confiança nas leis e nas instituições é, com certeza, a única maneira de deixar a bússola calibrada e capaz de apontar o caminho certo para sairmos da tempestade em que nos encontramos.

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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