Toca o despertador. São 7 horas da manhã. Ainda confuso com o fuso-horário (na Flórida podemos estar de 1 a 3 horas atrás do horário de Brasília), você levanta e acorda sua família para o primeiro dia de diversão nos parques da Disney. Após todo o ritual para levantar e arrumar a turma, vem a pergunta: “Todos com suas pulseiras?” Após a confirmação geral, saem alvoroçados em direção à terra da alegria. Chegando na entrada, a primeira preocupação: “cadê os ingressos?” Bom, não existem mais ingressos. A pulseira que todos receberam é o passaporte para o parque. Não só para entrar, mas também para diversos serviços dentro e fora do parque que farão a diferença na satisfação de cada um que tiver optado pelo serviço. São as Magic Bands.
Como os contos de fadas criados por Walt Disney e propagados por gerações, uma nova magia paira no ar no complexo de diversões mais visitado e desejado no mundo. Há aproximadamente 1 ano os parques da Disney implantaram o projeto das Magic Bands, pulseiras (no melhor conceito “” de IoT, a Internet das Coisas, ou, no inglês, Internet of Things) com transmissores de rádio de longo alcance e um chip de RFID e que interagem com sensores e sistemas diversos no parque inteiro com o objetivo de criar experiências diferenciadas para os portadores do pacote MyMagic+.
Uma ideia aparentemente simples, mas genial. Quem já usou o serviço sabe o quanto a mobilidade e a tecnologia podem criar experiências mais agradáveis nos parques:
Tudo isso suportado por mais de 100 sistemas diferente que interagem com milhares de sensores, além das pulseiras. Com um investimento de mais de 1 bilhão e dólares, a Disney trouxe para os frequentadores dos seus parques uma experiência incomum e particularmente apreciada, já que transforma o uso do parque, otimizando o nosso tempo e maximizando a diversão. Quanto mais você aproveitar do seu tempo no parque, mas vai querer voltar. Quanto melhor a experiência, mais referencias positivas serão dadas.
Este cenário fechado em um parque retrata o futuro de IoT que podemos esperar mundo afora: sensores por todos os lados reagindo à nossa presença, antecipando necessidades e desejos, trazendo serviços customizados especialmente para cada um de nós. Assustador? Para algumas pessoas sim. Esse mundo ainda esbarra na questão do compartilhamento, armazenamento e segurança da informação. No caso da Disney, o usuário decide como vai ser a interação via pulseira, que nível de informação quer compartilhar, e como deseja que seja rastreado durante sua estada. Como um fornecedor conhecido e confiável, é fácil embarcar nessa aventura. E sabendo que as fronteira do compartilhamento é o próprio parque e que o fornecedor é único e confiável, fica mais fácil de concordar em participar. O mesmo cenário não deve repetir-se fora do parque, onde fornecedores diversos brigam para criar padrões e estabelecer fronteiras. Já existem dispositivos como o Apple watch que embarcam os mesmos mecanismos, e talvez sejam a mola propulsora para criação de uma rede de produtos e serviços parecida com o que foi criado nos parques da Disney, só que fora deles.
Por enquanto, as soluções de IoT estão restritas a cenário pequenos, como nossas casas ou o cinema que frequentamos. Mas, se você quiser experimentar o futuro, quando dinheiro e nossa própria identificação serão migrados para dispositivos móveis, vá a Orlando. E boa diversão!
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