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Currículo e redes sociais

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Currículo e redes sociaisLi recentemente uma postagem no LinkedIn, falando sobre um início de predominância do perfil no LinkedIn sobre os currículos tradicionais. O LinkedIn foi lançado oficialmente em 2003, como uma rede de negócios, com o objetivo específico de permitir contatos profissionais, desenvolvimento de parcerias e colaborações, possiveis propostas de trabalho ou emprego, etc. A postagem se referia à importância cada vez maior de ter um perfil profissional bem desenhado e atualizado no LinkedIn ou outra rede profissional que permita acesso público, o que tem maior impacto hoje do que um currículo tradicional. Estou me referindo ao LinkedIn porque é o sistema mais usado, mais conhecido e mais divulgado no mundo todo.

Passei a observar os perfis na minha rede, que não é das menores, mais de 800 links importantes. Principalmente para os colegas da área acadêmica, professores ou pesquisadores, a maioria dos perfis que vejo por lá são muito ruins, sem foto, a impressão que dá é a de que a academia tem vergonha de mostrar sua cara e se expor para contatos fora da academia. Talvez também por estarmos acostumados com um modelo de curriculo profissional voltado para a avaliação acadêmica, o Lattes, com formato pré-determinado e dando mais visibilidade a informações que, infelizmente, são as mais valorizadas do ponto de vista de avaliação acadêmica. Publicações, publicações e mais publicações é o que interessa no final da linha. No Lattes, a pergunta “quem é você?” é respondida com o volume e qualidade das publicações que você tem e dos projetos com financiamento oficial que você tenha desenvolvido. O resto é mais ou menos acessório, com importância menor.

No caso de nossos alunos, é pior ainda. Os perfis LinkedIn são curtos, experiências mal exploradas, fotos com camiseta ou sem camisa, na praia, no estádio de futebol torcendo por seu time predileto, etc. Estamos falando de perfil profissional, portanto, tudo tem que ser profissional, começando pela foto que necessariamente tem que ser mais formal. O relato da experiência tem que ser curto, bem descrito, focando no que de fato é mais importante. Não adianta escrever lá “Gerente de Projetos desde 1935.”, o que interessa é saber também quais ou que tipo de projetos você já gerenciou comprovadamente, o que vale é a medida da sua experiência. Claro, suas publicações também são importantes, mas aqui o balanceamento é bem diferente daquele do Lattes. O perfil é muito mais importante que as publicações puramente acadêmicas, é mais geral e mais abrangente. Certo, um recém-formado não tem muito o que acrescentar no perfil, mas é o momento certo de estabelecer um objetivo profissional, e fazer um desenho adequado do seu perfil, e ir preenchendo aos poucos, valorizando sua experiência profissional. Você não desenvolveu um projeto de finalização do seu curso? Não fez iniciação científica? Não foi estagiário e desenvolveu algum sistema durante o estágio? Não ganhou experiência extra-academia com linguagens, sistemas, ambientes de desenvolvimento? Morou algum tempo fora do país e tem fluência em línguas? Escreveu algum livro? Tem um blog? Toca em alguma banda? É compositor com música divulgada? Poeta? Escritor? e vamos por ai afora…

Afinal, quem é você profissionalmente? A resposta, cada vez mais forte: olha o meu perfil no LinkedIn (ou outra rede profissional).

Artigo postado originalmente em zeluisbraga.wordpress.com

[Crédito da Imagem: Redes Sociais – ShutterStock]

José Luis Braga
José Luis Braga é Professor Titular do Departamento de Informática na Universidade Federal de Viçosa Formação Acadêmica Pós-Doutoramento - University of Florida - USA, 1999 Doutor em Informática - PUC/Rio - Setembro de 1990 Mestre em Ciência da Computação - DCC/UFMG - Novembro de 1981 Engenheiro Eletricista - PUC/MG - Agosto de 1976Site: zeluisbraga.wordpress.com

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