Na era da sociedade da informação a dita informação se propaga em uma velocidade impressionante. São ilimitados os números de canais que dispomos. Se uma época as comunicações à distância eram feitas por pombos correios ou cartas, a chegada do telefone revolucionou. Hoje contamos com inúmeras formas concretas de comunicação em tempo real, por vezes até vendo a pessoa (videoconferência), tornando o que um dia fora ficção científica em realidade.
Como principais ferramentas temos a Televisão, o Telefone (fixo ou celular), o Skype, O WhatsApp, o Messenger, o Instagram, o Twiter e diversos outros aplicativos ou redes sociais, como veículos de comunicação. Mesmo com tantos recursos disponíveis isso não significa dizer que a comunicação tem se dado de modo eficiente e atingido todos os fins objetivados.
Desde já cumpre um alerta. Estar na era da informação não significa dizer que estamos na era da comunicação ou na era do conhecimento. Já que nem toda informação se consumará em comunicação. E nem toda informação se consolidará em conhecimento.
Recebe-se tamanha quantidade de informações que isso por vezes impossibilita um filtro necessário para se ter um insumo a ser usado no processo comunicacional. De outro lado, tal gama de informações nem sempre pode ser trabalhada devidamente e transformada em conhecimento. Em ambos os casos, seja pela limitação de tempo que nos impõe nossa profissão, seja pela enorme quantidade de informações falsas que trafegam, seja pela crescente primazia da individualidade ou, ainda, seja pela não importância que se dê a determinado dado recebido, o processo comunicacional não se perfectibiliza entre o emissor e o receptor.
Nas instituições o que se nota, ainda, é que não se trabalha o conceito de unidade da informação/comunicação. A Governança Corporativa tem como um de seus pressupostos manter todos os colaboradores informados dos passos que a empresa tomará. No entanto, o que se percebe dentro das instituições é que os diversos setores da empresa trabalham de forma isolada, sem ter essa visão macro, raramente consagrando esforços compartilhados pontuais para sanar alguma demanda específica, mantendo visão micro, ou seja, limitada.
Não é demais lembrar que a empresa se compara a um motor que funciona de modo coletivo, com a atividade de todas as engrenagens concomitantemente. Assim como um organismo com diversas atribuições vitais necessárias a sua manutenção da sobrevida. Processos de assessoria, consultoria e auditoria geralmente apontam tais falhas de falta de comunicação e a sua necessidade de modificação, mas se acredita que o percentual de efetividade de tal missão ainda seja insatisfatório.
As empresas ainda vivem dilemas como a segregação de funções, orçamentos próprios para cada setor, cumprimento de metas e se reportam a dadas gerências ou diretoriais, de maneira que, a comunicação efetiva é mais um desses desafios. De modo que é necessário despertar tal consciência do processo comunicacional efetivo.
Há inúmeros exemplos de situações em que o jurídico deve se comunicar com o contábil, o contábil com o setor de estoque, o setor de estoque com o RH e assim por diante.
O processo de comunicação, independente de qual área, deve estar atrelado a Gestão de Pessoas e deixar claro que a comunicação efetiva agrega valor à empresa como um todo, gerando lucros e a satisfação pessoal dos colaboradores, tornando o ambiente mais harmonioso e agradável.