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Como a tecnologia pode proteger a produção energética

publicado por Andrei Junqueira

Como a tecnologia pode proteger a produção energéticaSejam campos marítimos em meio ao Atlântico ou usinas de biodiesel no interior do Brasil, todo setor de energia enfrenta os mesmos desafios de segurança como roubos, quebras de equipamento e depredações. A boa notícia é que, nos últimos anos, o Brasil passou a contar com empresas que construíram amplo know-how sobre a proteção desses ambientes, enquanto o desenvolvimento tecnológico tornou possível que o videomonitoramento em rede permita integrar segurança a controle de produção a partir de um único sistema.

Se antes as câmeras serviam apenas para vigilância, hoje elas podem auxiliar no controle de acesso em toda a propriedade, eliminando, por exemplo, reações desnecessárias a falsos alarmes de invasão via verificação visual. Podem ainda ajudar a monitorar os processos da planta de produção. E, por serem conectadas à rede, podem ser gerenciadas tanto em uma sala de controle local ou remota.

O que muitos integradores de sistemas têm feito ao serem contratados para proteger infraestruturas críticas é pensar em proteção como uma série de círculos concêntricos: primeiro o perímetro, depois os prédios e por fim a produção de energia em si. Esses projetos, que contam sempre com a colaboração de um consultor especializado, focam em três vulnerabilidades: o perímetro (extensos e muitas vezes mal iluminados); entradas e saídas dos prédios (sob o constante risco de facilitar o acesso de pessoas não autorizadas ou em horários não previstos); e áreas com maior potencial de perigo (o que depende muito de cada planta). São esses os principais pontos com possibilidade de perda de receita por causar interrupção de produção e reparos dispendiosos.

Há uma série de tecnologias de proteção ao perímetro como sensores e radares. No caso das câmeras térmicas, qualquer presença não autorizada é detectada e elas são inteligentes o suficiente para desconsiderar ocorrências climáticas e para distinguir animais. Se integradas a câmeras com qualidade de imagem de alta definição e recursos para se adaptar a condições desfavoráveis de iluminação, chega-se a outro nível de análise do incidente que acionou os alarmes e melhor precisão para definir a reação necessária. É uma combinação eficiente para monitorar áreas vulneráveis como dutos em áreas remotas e despovoadas. Câmeras com transmissão wireless também fazem a diferença, ainda que se utilize cada vez mais a fibra óptica para grandes distâncias, já que seu custo caiu significativamente nos últimos anos.

Na área dos prédios, o importante é controlar os acessos e o fluxo nas áreas críticas. Para dar um exemplo crítico, durante uma evacuação de emergência, o sistema de vigilância auxilia a equipe de resgate a se assegurar de que não há mais ninguém no prédio por meio de contagem de pessoas e geração de imagens de alta precisão mesmo que haja apenas as luzes de emergência acesas. Se equipadas com áudio bidirecional, podem funcionar como interfones e detectar eventos de áudio fora do campo de visão da câmera. E, se térmicas, são outro auxílio na detecção de pessoas em meio a fumaça.

Proteger a propriedade e as pessoas é essencial, mas também é importante monitorar os processos de produção, garantindo que as regras de segurança estão sendo cumpridas e equipamentos manipulados de forma adequada. Câmeras inteligentes podem melhorar a supervisão em áreas sensíveis, proporcionando um mecanismo de inspeções visuais de vários locais ao mesmo tempo sem a presença física no local.

Além disso, a adesão a uma plataforma de padrões abertos garante a integração dos recursos de vídeo com componentes de produção, equipamentos e softwares. É uma estratégia que traz retornos significativos. Por exemplo, quando você integra os sistemas SCADA com vídeo em rede, os gerentes da fábrica podem obter informações sobre temperatura, pressão e medidores de velocidade em tempo real. Com a confirmação visual, os operadores podem detectar instantaneamente alterações em sensores de produção e tomar ações corretivas antes do problema escalar, forçando um desligamento temporário de produção.

Em quaisquer das esferas acima mencionadas, todas as imagens podem ser acessadas remotamente – da sede da empresa em outra cidade aos celulares dos encarregados – e compartilhadas com socorristas, polícia e agências governamentais. Em essência, um sistema em rede permite que todos possam estar virtualmente presentes em qualquer lugar de uma instalação e trabalhar em conjunto para fornecer a melhor proteção possível.

[Crédito da Imagem: Monitoramento da Produção Energética – ShutterStock]

Autor

Andrei Junqueira é Gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Axis Communications para a América do Sul

Andrei Junqueira

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