A área da saúde muitas vezes é resistente quando o assunto é adoção de tecnologias de ponta. No caso do Cloud Computing não poderia ser diferente. As instituições do setor, muitas vezes, demoram a compreender de forma plena os benefícios da nuvem para os negócios, mas é viável dizer que já há uma maturidade nesse sentido, mesmo que relativa. De acordo com um estudo do instituto de pesquisas Marketsandmarkets, a previsão é de que, até 2017, o Cloud Computing na área de saúde gere US$ 5,4 bilhões no mundo.
Alguns segmentos já vem utilizando esse recurso plenamente, especialmente nos últimos anos, em que houve uma melhoria na estrutura de telecomunicações no Brasil. A autorização de exames de convênios médicos, por exemplo, já é feita muitas vezes via internet, além disso, o preenchimento de formulários que padronizam as trocas eletrônicas de informações em saúde suplementar, as guias TISS, também já funciona amplamente em Cloud. As operadoras de saúde foram uma das primeiras áreas a incluir a nuvem em sua rotina e em sua comunicação com as clínicas, inclusive, para distribuição de resultados de exames. Segundo dados da Transparency Market Research, até 2018, 80% dos dados das instituições focadas em saúde passarão por essas tecnologias, o que poderá transformar alguns aspectos do setor, tornando os processos mais dinâmicos e funcionais.
As vantagens da adoção desses sistemas, tanto do ponto de vista de negócios quanto em relação a otimização de processos, são várias. A redução de custos em infraestrutura é apenas uma delas. Como não é necessário uma grande quantidade de equipamentos para armazenar ou atualizar dados, os sistemas são altamente escalonáveis, portanto, os responsáveis pela adoção do Cloud Computing numa empresa não precisarão fazer cálculos para os próximos cinco ou mais anos, prevendo o crescimento da instituição, afinal, com a nuvem, a qualquer momento é possível aumentar ou diminuir a capacidade. Há ainda a facilidade de armazenamento de dados e de acesso remoto. E, por causa da facilidade em atualizar o sistema na nuvem, a segurança e preservação de dados permanece sempre alta, pois existem replicação das informações em servidores por todo o mundo. Além disso, qualquer falha de segurança pode ser rapidamente detectada e corrigida e o sistema atualizado para todos os usuários instantaneamente.
No momento, ainda temos algumas barreiras para a adoção completa do Cloud Computing, como a cobertura de banda larga, que precisa de melhorias em todo o território nacional, para que áreas como a radiologia, por exemplo, que possui um volume de transferência de dados muito grande, possam trabalhar na nuvem de forma plena. Mas o cenário à frente é favorável. De acordo com o Portal Brasil, até 2016, devem ser investidos R$ 17,7 bilhões em infraestrutura para ampliação da banda larga por todo o país. Com o aprimoramento das redes, a migração para esses sistemas será algo inevitável. Cloud Computing é o futuro e o mercado pode aguardar para usufruir de todos os benefícios ansiosamente!
[Crédito da Imagem: Cloud Computing na Saúde – ShutterStock]