Já há alguns anos o mundo corporativo passou a lidar com empresas fabricantes de software exercendo suas respectivas cláusulas de auditoria dos contratos de licenciamento como forma de avaliar se os licenciados estão cumprindo os respectivos contratos e mensurar eventuais níveis de evasão de receitas.
Muitas empresas ainda avaliam que esta questão é um “problema” da área de Tecnologia da Informação, na esfera de atuação do CIO e negligenciam os riscos envolvidos ao ignorar e postergar uma ação para tratar do tema.
Em um estudo[1] realizado no ano de 2011 e publicado em Janeiro de 2012, a consultoria Gartner chegou à algumas conclusões interessantes:
O estudo comenta que empresas que na época da publicação – janeiro de 2012 – ainda não haviam estruturado uma frente de gestão de ativos de software já estariam, digamos, atrasadas.
A pesquisa destaca ainda o movimento no mercado mundial[2] no ano de 2012 com relação à intensificação das auditorias de software por todos os fabricantes mas em especial, por parte da Microsoft – que ganhou o primeiro lugar com 51% dos entrevistados indicando-a como a empresa que mais realizou ações de compliance de licenciamento – tanto para os contratos corporativos por volume de licenças quanto para os prestadores de serviços (Service Providers License Agreements) – empresas que prestam serviços na nuvem com tecnologia Microsoft.
De acordo com o estudo, 48% dos fabricantes de software (um aumento de 8% em relação ao ano anterior) indicaram que não possuem tecnologia em operação para saber que qual versão de seus produtos os clientes estão utilizando atualmente – 13% afirmam desconhecer totalmente. Os pequenos produtores de software (aqueles com menos de US$ 5 milhões de receita) são os que possuem menor probabilidade de ter esta tecnologia em operação para saber quais produtos, versões e plataformas seus clientes estão atualmente utilizando.
Tais sinais no mercado mundial nos levam a questionar se realmente as empresas no Brasil devem considerar este assunto de forma mais atenta ou acreditam que seria apenas mais um movimento passageiro, que se perderá com o tempo.
Alguns fatos apontam que a Gestão de Ativos de Software realmente veio para ficar e deve ser cada vez mais considerada como uma questão estratégica dentro das empresas:
Sem dúvida, este é um assunto que ainda vai dominar muitas reuniões estratégicas de TI, circular em reuniões emergenciais das empresas ao receberem uma carta de notificação de auditoria por parte de algum fabricante e ainda será avaliado seriamente nos orçamentos de TI para os próximos anos.
As maiores consultorias globais de tecnologia da informação apontam um fato comum: o aumento das auditorias de compliance de licenciamento de software. Se a sua empresa ainda não enfrentou esta situação, com certeza considere-a como uma questão de “quando” isso vai acontecer e não de “se”. É uma mera questão de tempo. E como em tudo na vida, largar na frente para se preparar para este desafio sempre lhe dará uma boa vantagem.
[1] The Software Vendors That Are Auditing Now and What to Do About It – Published: 27 January 2012
[2] 2012 – Key Trends in Software Pricing and Licensing Survey, Flexera Software & IDC – Published: 12 December 2012
You must be logged in to post a comment.