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Das coisas que nascem e morrem rápido demais

publicado por Adriano Meirinho

Figura - Das coisas que nascem e morrem rápido demaisComo um aplicativo que está rankeado tão abaixo na App Store consegue se tornar o mais popular de um dia para o outro? Isso foi o que aconteceu com o Vero, aplicativo de compartilhamento de fotos bem semelhante ao Instagram, existente desde 2015, que ganhou grande fama nas últimas semanas.

Ninguém entendeu muito bem de onde veio o boom que levou o Vero a ser tão reconhecido nas últimas semanas, mas uma coisa já está prevista: ele não vai durar muito tempo. O “novo Instagram”, como descrito pela Mashable, aterrisou em um momento de grande frustração com os algoritmos das redes sociais, especialmente do Instagram. Mas não importa como e porque ele chegou até tantas pessoas e tão pouco tempo, o que importa é que ele é um app muito lento, com uma usabilidade ruim, confuso e mal formulado.

Mais um para a lista de aplicativos que nasceram e morreram rápido demais. Todos por um motivo. Lembra do Lulu? Do Secret? Ello? Só mais alguns exemplos de serviços que vieram para o mundo com propósitos e estruturas ruins, viraram promessas de substituição do Facebook ou outras redes sociais e foram esquecidos em pouco tempo.

E não são só os aplicativos que viralizam e são fadados ao fracasso. As tecnologias fazem isso o tempo todo. Foi o que aconteceu com o Google Glass, com os smartwatches, com os netbooks portáteis e tantas outras invenções que, infelizmente, já nasceram péssimas e ainda não encontraram seus caminhos.

E se você tem miopia e já usa óculos?

Não adianta forçar a barra. Tudo o que não gera uma boa experiência acaba. E o mais complicado disso tudo é que nem sempre o que é uma boa experiência hoje continua sendo amanhã. Por isso o Fotolog, ICQ, MySpace, MSN, Orkut e tantos outros vieram e se foram em poucos anos. O Facebook talvez esteja batendo o recorde de tempo na fama, mas parece estar cada vez mais perto do fim.

Como disse Zuckerberg em sua página pessoal no início desse ano: “Comecei a fazer estes desafios em 2009. Nesse primeiro ano a economia estava numa recessão profunda e o Facebook ainda não gerava lucro. Precisávamos de seriedade para garantir que o Facebook tinha um modelo de negócio sustentável. Foi um ano sério e usei gravata todos os dias como uma lembrança. Hoje [4 de janeiro de 2018] parece muito esse primeiro ano”. Outras dificuldades foram relatadas um ano antes, em uma carta aberta em fevereiro de 2017.

Mas o que determina qual novidade vai fazer sucesso e durar tanto tempo na mesma posição? Qual a fórmula mágica? Talvez seja desenvolver bons produtos, talvez seja se atualizar constantemente, talvez seja ir ao cerne do vício das pessoas em consumo, auto exposição, narcisismo, entretenimento, fofoca, atenção, compartilhamento.

O que se sabe é que o mais importante mesmo é acertar o momento. O que chega no contexto certo e entende como se desenvolver a partir daí tem conseguido um destaque valioso. Para os outros, o melhor mesmo é começar do zero. E como se não fosse ruim o suficiente para aqueles que apostaram no Vero, deletar sua conta não vai ser tão simples assim.

Autor

Adriano Meirinho é CMO e co-fundador do Celcoin, aplicativo de serviços financeiros que transforma o celular em maquineta serviços. Executivo de Marketing com MBA em Administração de Negócios do Varejo pela FIA-USP e certificação em Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL), Meirinho acumula experiência de mais de 18 anos em marketing e propaganda, com passagens em importantes empresas, como Oppa e Catho On-line, onde recebeu seis prêmios Top Of The Mind de 2006 a 2012 e três prêmios Ibest, nos anos de 2002 e 2004. Sobre o Celcoin Eleita a Melhor Fintech do Brasil pela BBVA Open Talent, o Celcoin está em operação desde 2016. Através do App os agentes Celcoin recebem um desconto ou bônus sobre cada transação realizada. Todos os comprovantes gerados podem ser entregues em formato digital através de SMS, Whatsapp e e-mail, ou impressos em impressoras Bluetooth.

Adriano Meirinho

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