Há cerca de 25 anos, quando a Microsoft estava no apogeu, o então jovem Bill Gates disse que um dia os aparelhos domésticos rodariam Windows, facilitando para que as pessoas, acostumadas com seu uso nos computadores de mesa, pudessem configurar, programar ações futuras, enfim, interagir com o aparelho.
Eu achei aquilo sensacional, pois me sentia incomodado com a falta de padrão para lidar com estes aparelhos, e depois de operar o DOS alguns anos, estava encantado com as facilidades que a interface gráfica do Windows e seus aplicativos me ofereciam.
O tempo passou, Bill Gates deixou o lugar de CEO, a ideia da Internet das Coisas cresceu, mas o futuro que de certa forma parecia óbvio, não se concretizou.
Por qual razão, eu pergunto a mim mesmo e a você que está lendo este post?
Colocar toda a responsabilidade de não ter entrado com força no movimento da mobilidade e de não ter fomentado a inovação, na conta do ex-CEO Steve Ballmer, pode ser injusto, mas com certeza sua participação foi decisiva.
O CEO é o CEO, responsável por puxar a fila, embora todo o board – incluindo Bill Gates, que atuou como chairman –, outros diretores – incluindo Satya Nadella, CEO atual –, toda a equipe, e até os acionistas, também possam ser responsabilizados.
Mas o que importa agora é que Nadella parece estar fazendo a transformação que a Microsoft tanto precisa, desde o anúncio da filosofia “mobile first, cloud first”, passando pelo memorando da “reinvenção da produtividade” e a decisão de demitir 18 mil pessoas, que no meu modo de ver é responsável e acertada.
Recentemente, o anúncio de Nadella, que tem Gates como conselheiro, de que o Windows 10 estará preparado para a Internet das Coisas, causou impacto – confira na ZD Net, InfoWorld e CIO Brasil – e me trouxe à memória as palavras do visionário Gates nos anos 90: espero que em breve diversos aparelhos estejam rodando o Windows das Coisas, agora em uma nova realidade, que inclui a plataforma Azure e a inteligência do Microsoft Power BI para interpretar o Big Data que será gerado a partir disso.
E você, acha que a Microsoft pode se posicionar de forma competitiva com o Windows 10 neste novo cenário da Internet das Coisas? Acha que o fato do sistema operacional rodar no desktop, em dispositivos móveis e em aparelhos diversos, pode ser um diferencial importante em relação aos concorrentes? Deixe seu comentário e vamos conversar sobre isto.
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