Em um mundo onde a tecnologia possibilita a automação de um incontável número de atividades e processos, MachinetoMachine (M2M) tem estado cada vez mais presente na vida cotidiana. E, além de aplicações que ajudam as empresas a melhorarem seus serviços e sua eficiência, estamos assistindo o surgimento e disseminação de aplicações que têm influência direta na vida das pessoas, como no caso das chamadas SmartCities, ou Cidades Inteligentes.
SmartCities são as cidades onde a infraestrutura digital está amplamente disponibilizada e garante acesso a serviços eletrônicos de alta complexidade, bem como a ferramentas para análise de dados que irão permitir uma maior eficiência na tomada de decisão, antecipação de problemas, e atuação pró-ativa na gestão de recursos públicos que impactam diretamente a vida das pessoas como: trânsito, meio ambiente, ações sociais, saúde, educação, planejamento urbano, segurança e administração pública.
No Brasil, algumas aplicações já estão em operação, e alguns casos relevantes destacam-se:
Todos estes serviços estão baseados em aplicações M2M, onde sensores e medidores obtêm informações e as transmitem em tempo real para aplicativos que cada vez mais “aprendem” a tomar decisões e podem disparar uma série de eventos. Para que isso seja possível, aplicações M2M operam de acordo com um conjunto mínimo de processos denominado “Cadeia de Valor” que considera a obtenção, transmissão, processamento e disponibilização de informações.
Apesar da cadeia de valor possuir três processos básicos, a disponibilização de uma plataforma M2M para SmartCities não é uma tarefa trivial. A complexidade em se disponibilizar e manter aplicações para SmartCities está relacionada à implementação de sistemas de coleta de informações que sejam robustos fisicamente e suportem as diversas intempéries a que estão sujeitos os aparelhos públicos, a seleção de um meio de comunicação confiável e de baixo custo (tanto na implantação quanto na operação dos serviços), e a disponibilização de aplicativos que suportem as diversas demandas de serviço, além evidentemente da ativação e da operação dos serviços, que podem requerer uma ação coordenada (integração) entre os provedores de soluções na cadeia de valor conferindo confiabilidade, qualidade e segurança aos serviços.
As autoridades públicas devem, ao desenvolver programas com características de SmartCities, selecionar fornecedores que possam implantar os projetos no menor prazo e com o maior nível de integração possível a fim de reduzir investimentos, e que tenham condições de realizar uma operação de alta qualidade, ininterrupta, além de aplicar processos de melhoria contínua, otimizar recursos e reduzir custos operacionais.
Dessa maneira, a experiência para o cidadão passa a ter um valor que pode ser percebido e controlado garantindo uma maior qualidade de vida nas cidades do futuro que são cada vez mais populosas, complexas e requerem investimentos em diversos setores. Este tipo de ação, quando bem coordenada, representa um retorno justo dos impostos pagos pelos cidadãos, traduzido em serviços úteis e necessários para a sociedade.
[Crédito da Imagem: Smartcities – ShutterStock]
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