“Bom dia, Sr. Almeida. Eu sou o Vice-Presidente da XPTO Ltda. Seja bem-vindo à nossa companhia. Como já lhe foi explicado na entrevista, o senhor tem a nobre missão de implantar o PMBoK na empresa. Eu sou o patrocinador e maior entusiasta desta ideia junto ao CEO, eu o convenci de que devemos seguir a tendência mundial. Se as maiores empresas do mundo adotam esta metodologia, certamente será bom para nós. Depositamos toda a confiança no senhor, e qualquer dificuldade, pode me procurar.”
Esta situação hipotética, por mais que pareça caricata, ocorre frequentemente em empresas de todos os portes no Brasil (eu trabalhei em mais de uma empresa em que a motivação para a minha contratação foi exatamente esta). A implantação de metodologia de projetos, seja PMI ou qualquer outra, em tese agrega otimizações em custo, prazo, qualidade, nivelamento de recursos, mapeamento e gerenciamento de riscos, sem contar com satisfação do cliente, motivação da equipe, e assim vai. Eu disse “em tese”!
Quando se pensa que todos estes benefícios são “consequências naturais do processo”, o fracasso é que acaba sendo terrivelmente natural. E os sinais começam já bem cedo. Cada setor tem seus processos, seus vícios e virtudes, e os resultados, de modo geral, atendem às necessidades da empresa. Ao que me consta, até agora a XPTO não tinha metodologia de projeto, não tinha Sr. Almeida, e as coisas “estavam indo muito bem, obrigado”, afinal, “em time que está ganhando não se mexe”.
Sejamos sinceros: não há processo que não possa ser melhorado, não há custo que não possa ser reduzido, não há expectativa de cliente que não possa ser excedida. Portanto, no mundo corporativo a realidade é: “em time que está ganhando se mexe para ganhar mais”. Outra frase de efeito que devemos abolir é: “quem faz sempre a mesma coisa obtém sempre o mesmo resultado”. Os melhores players de mercado estão em constante evolução. Portanto, quem fica estagnado está cada vez mais distante do pelotão de frente. Conclusão para o mundo corporativo é: “quem faz sempre a mesma coisa… afunda!”
Para que os melhores resultados sejam colhidos, não podemos subestimar as barreiras que serão encontradas. Pense nesta mudança de processos e, principalmente, de cultura organizacional como um projeto a ser tratado e cuidado como tal. Como este artigo não tem a pretensão de ser um “manual para implantação de metodologia de projeto”, mas apenas um compartilhamento com os colegas de um pouco da minha experiência no mercado, vou dar apenas umas pinceladas nas principais ARMADILHAS deste tipo de projeto às quais precisamos nos atentar:
Em breve publicarei, um artigo sobre Análise Transacional, uma técnica de PNL muito útil para vida profissional e pessoal.
Rodrigo Lodeiro é Engenheiro Pós-Graduado em Gestão de Projetos, residente e atuante em São Paulo/Capital.
Contato pode ser feito através do e-mail: rodrigolodeiro@gmail.com
Rodrigo Lodeiro, nascido em 30/03/73 em Porto Alegre/RS, reside em São Paulo desde 2002. Engenheiro Eletricista formado pela Universidade Federal do RS e Pós-Graduado em Gestão de Projetos com ênfase no PMI. Carreira iniciada como programador Assembler para equipamentos de Automação Comercial, atuou como Analista de Sistemas, Coordenador de Desenvolvimento de Sistemas, Gerente de TI e Gerente de Projetos, função exercida nos últimos 7 anos.
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9:51:57 am
Parabéns Rodrigo pela excelente reflexão!