Independente do fator motivacional (desligamento da empresa, busca de novas oportunidades profissionais, insatisfação com a empresa atual, etc.), é possível afirmar que o processo de recolocação profissional é único, ímpar, e em se tratando de sentimentos, é possível classificá-lo de diversas formas, inclusive se é prazeroso ou doloroso.
O momento da recolocação profissional coloca você em uma condição de evidência mercadológica bem maior do que alguns podem imaginar. Seu network é acionado por você, que por sua vez acionam outros networks e aí já começa a ficar interessante, pois seu CV é exposto para pessoas que você conhece e as que não conhece. Os seus conhecidos poderão afirmar que é apenas uma questão de tempo para sua recolocação profissional, pois seus predicados, suas habilidades e competências são muito boas. Contudo, aqueles que não te conhecem mas receberam seu CV vão fazer uma análise muito – mas muito mesmo – mais fria!
É bom ter amigos, isso é inegável, mas sendo bem franco, todos temos uma veia empreendedora e que fala mais alto quando temos que investir. Buscamos o maior retorno com o menor investimento, e é isso mesmo que vai acontecer quando o recrutador ou empreendedor em potencial avaliar seus skills, e nessa hora você vai ser posto face to face com todas as suas competências que tornaram possíveis o seu crescimento profissional até o presente momento: cursos livres, graduação(ões), pós-graduação(ões), certificações, projetos, etc.
Nessa hora alguns irão perceber que fizeram o “dever de casa”, trabalharam mas não se esqueceram da conhecida “educação continuada”, e por isso mesmo estão em perfeitas condições de concorrer à quaisquer vagas que julguem interessantes, e com grandes chances de recolocação profissional em um breve espaço de tempo. Outros provavelmente vão ter mais dificuldades de recolocação profissional por conta de não terem cuidado da manutenção de seus conhecimentos teóricos da mesma forma que cuidaram de manter seus empregos. Mas há um terceiro caso que quero falar com total propriedade: você fez seu dever de casa mas o mercado está recessivo, com baixo índice de oportunidades. E agora? O que fazer? Como conseguir recolocação profissional em um momento em que as empresas mais demitem do que contratam?
Apesar de não ser catedrático desta disciplina, a palavra-chave é CAPACITAÇÃO, e praticando a boa Gestão de RH em Projetos (PMI®), seguem algumas recomendações interessantes para sua recolocação profissional:
O Livro “A Estratégia do Oceano Azul” de Renée Mauborgne e Chan Kim, possui uma chamada na capa que me encanta cada vez que leio: “Uma estratégia eficaz para sair da concorrência sangrenta e encontrar novos espaços no mercado”. Se você fala bem inglês, ao invés de ficar sentado e chorando as dificuldades encontradas pra se recolocar como DBA, por exemplo, aproveite a oportunidade para adquirir fluência na língua inglesa e se lançar como Gerente de Produtos para uma empresa de software norte-americana!
Em suma, o processo de recolocação profissional é um momento de muito prazer para aqueles que percebem a oportunidade de desenvolverem mais as habilidades e competências já existentes ou mesmo partir para novos e instigantes desafios, mas extremamente doloroso para o profissional que sempre contou com a “sorte”; e por falar em sorte, minha opinião sobre sua aplicação no meio profissional é que ela não existe. No máximo ela é o que acontece quando a capacidade encontra-se com a oportunidade.
Como eu disse a um amigo dia desses em Barueri-SP: esforce-se sempre para ser referência, nunca estatística. Referências são seguidas, estatísticas não aparecem.
[Crédito da Imagem: Recolocação Profissional – ShutterStock]
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