Histórias Spike. Já ouviu falar deste termo? O que são? Qual sua relevância nas Sprints? Neste texto, terás informações valiosas sobre como trabalhar com estas histórias sem prejudicar as entregas de valor. Boa leitura!
Spike é uma definição proveniente do Extreme Programming que teve sua origem da Spike Solution que, por sua vez, é um programa ou um protótipo funcional para explorar potenciais soluções para um determinado problema.
Segundo o SAFe, estas são as razões para criarmos histórias Spike:
Ainda segundo o SAFe, as Spikes são divididas em Funcional e Técnica.
Spike funcional – é utilizada para analisar (no geral) o comportamento da solução e determinar:
Spikes técnica – é utilizada a fim de pesquisar abordagens para uma determinada solução. Por exemplo:
Na maioria dos casos, as histórias de usuário possuem os dois tipos de Spikes. Veja o exemplo abaixo:
COMO um consumidor, EU QUERO ver a minha posição consolidada de forma rápida no passado, presente e com projeção dos meus diferentes tipos de produtos (Renda Fixa, Fundos de Investimento, Ibovespa ou Tesouro Direto) PARA acompanhar a evolução do meu patrimônio.
Por vezes, o backlog do produto possui histórias complexas ou muito grandes (épicos). Ao mesmo tempo, deve-se escolher entre uma tecnologia/biblioteca já existente ou desenvolver uma nova. O time não consegue estimar a história, pois tem mais dúvidas do que certezas.
Nestas horas a história Spike faz-se bem vinda!
Na Ativa Investimentos utilizamos histórias Spike para que o time aprendesse NodeJS e Angular5, a desenvolver um protótipo de uma nova posição consolidada para o portal do cliente. O grupo possuía experiência em .NET e a equipa utilizou o protótipo para aprender as linguagens que já tinham sido adotadas por outra equipa em São Paulo. Também utilizamos histórias Spike para melhorar a performance dos serviços que obtêm as informações de posição consolidada do cliente. Ao final de dois dias, testamos diversas soluções e tecnologias e chegamos a um protótipo com um serviço mais performático.
Não se deve utilizar um protótipo criado durante a Spike como solução final de um produto ou solução. Com o aprendizado das duas histórias, o time teve conhecimento suficiente para desenvolver as duas melhorias propostas nas soluções já existentes (manutenção evolutiva).
As histórias Spike são como um evento Time-box. Precisamos definir o tempo e o que será feito com ele. Na minha experiência pessoal, a Time-Box deve ser de 3 dias, independente da duração da Sprint.
Podes estar a perguntar-te porque do uso de um limite de tempo? Por um bom motivo. Para que não haja desperdício de tempo com algo que nem se sabe se funcionará.
O time precisa do sentimento que aquela pesquisa está a levá-los para algum rumo.
Até o próximo post!
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