DesenvolvimentoAnálise sobre a ISO 9126 – NBR 13596

Análise sobre a ISO 9126 – NBR 13596

-

Publicidade

Figura - Análise sobre a ISO 9126 – NBR 13596RESUMO

Uma norma que tem como objetivo avaliar a qualidade, bem como as suas características, sub características e atributos. Este é o objetivo da ISO 9126, mais especificamente a NBR 13596, que padroniza a avaliação da qualidade do software. Neste trabalho, serão apresentadas as características e modelos da mesma. Um produto final com qualidade é uma necessidade, uma vez que desde o levantamento de requisitos até a fase de produção, os fatores que atendem ao que o cliente precisa devem estar em evidência, bem como o feedback para melhoria contínua dos processos da organização.

Palavras chave: ISO, Qualidade, Software, Avaliação e Características.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
2 CARACTERÍSTICAS E SUB CARACTERÍSTICAS DA NORMA
3 NORMAS DE QUALIDADES DA ISO/IEC
3.1 Modelo de processo de avaliação
3.2 Função de um software
3.3 Aplicação da norma
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS

CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

A ISO/IEC 9126 é uma norma ISO para qualidade de produto de software, ela define um conjunto de parâmetros com o objetivo de padronizar a avaliação da qualidade de software. Ela se enquadra no modelo de qualidade das normas da família 9000. A norma brasileira correspondente é a NBR 13596, que foi substituída pela NBR ISO/IEC 9126-1.

A norma 9126 foca na qualidade do produto de software, propondo Atributos de Qualidade, distribuídos em seis características principais, com cada uma delas divididas em sub características: Funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade.

Figura 1 - Quadro de características
Figura 1 – Quadro de características

CAPÍTULO 2

CARACTERÍSTICAS E SUB CARACTERÍSTICAS DA NORMA

Esta norma define seis características de qualidade de produto de software, que são subdivididas em diversas sub características.
Tabela 1 – Características e sub características
fig1

CAPÍTULO 3

NORMAS DE QUALIDADES DA ISO/IEC

O modelo de qualidade estabelecido pela ISO/IEC 9126 segue os seguintes itens:

  • Processo de desenvolvimento, onde a qualidade afeta a qualidade do software gerado.
  • Produto, compreendendo as características de qualidade do software gerado.
  • Qualidade em uso, onde trata a comparação da qualidade do software em cada contexto específico de usuário.

A norma ISO/IEC 9126 de 1991 ou NBR 13596 de 1996 representa a atual padronização mundial para a qualidade de produtos de software. A mesma é baseada em três níveis, sendo: características, sub características e métricas. Cada característica é refinada em um conjunto de sub características e cada sub característica é avaliada por um conjunto de métricas.

3.1 Modelo de processo de avaliação
O processo pode ser aplicado a cada fase apropriada do ciclo de vida de cada componente de software produto, sendo constituído por três estágios:
a) Definição dos requisitos da qualidade
É feita a definição das características e sub características em função da área de aplicação do produto de software. E, esta definição deve ser feita antes do início do desenvolvimento do mesmo. Produtos de maior porte devem ser subdivididos em módulos e cada um destes deve ter seus próprios conjuntos de características e sub características.

b) Preparação da avaliação
Seleção das métricas da qualidade – escolha dos critérios para associar quantificações numéricas para cada um dos atributos. Essas métricas podem variar ao longo do ciclo de desenvolvimento, sem deixar de lado a perspectiva de avaliação do usuário. Os níveis de pontuação são definidos como os resultados quantificados são mapeados, em uma escala com regiões sugeridas pela norma, três para pontuação satisfatória (excelente, bom e razoável) e uma para a pontuação insatisfatória. São definidos também os critérios para fazer o mapeamento das características para valores numéricos.
c) Avaliação

  • Medida – Aplicação das métricas definidas ao produto de software.
  • Pontuação – Determinação dos valores de pontuação.
  • Avaliação – Determinação do resultado final, em aceitação ou não da qualidade do produto.

fig2

Figura 2 – Modelo do Processo de Avaliação

3.2 Função de um software

É a capacidade de um software de prover funcionalidades que satisfaçam o usuário em suas necessidades declaradas e implícitas, dentro de um determinado contexto de uso.

Suas sub características são:

  • Adequação, que mede o quanto o conjunto de funcionalidades é adequado às necessidades do usuário.
  • Precisão, que representa a capacidade do software de fornecer resultados precisos ou com a precisão dentro do que foi acordado/solicitado.
  • Interoperabilidade, que trata da maneira como o software interage com outro(s) sistema(s) especificado(s).
  • Segurança, que mede a capacidade do sistema de proteger as informações do usuário e fornecê-las apenas (e sempre) às pessoas autorizadas. Segurança também pode estar dirigida em, processar gerar e armazenar as informações;
  • Conformidade, que trata da padronização, políticas e normas de um projeto.

3.3 Aplicação da norma

A aplicação da norma é simples, flexível e adaptável ao que se espera obter de um produto de software. Transforma a tarefa de avaliação e seleção de produtos de software em um procedimento claro, definido e matemático.

CONCLUSÃO

A qualidade de um produto de software era algo intangível, sem definições concretas. A norma em questão permite visualizar mais facilmente esta qualidade e, por consequência, definir uma forma de medir esta qualidade, possibilitando uma avaliação mais objetiva e uniforme. Além disso, é acessível a qualquer pessoa ou empresa, disponível a quem se interessar.

Por meio das características abordadas, em todo o processo em que o software é englobado, são permitidas sub características e métricas, aprofundando aos principais atributos do software, o que esperar e o que atingir.

Este trabalho permitiu maior conhecimento e ênfase no processo de avaliação da qualidade de software, estimulando-nos a conhecer os procedimentos a fim de serem aplicados, seja parcialmente ou integralmente, nos processos de desenvolvimento de um sistema.

REFERÊNCIAS
USABILIDEIROS. Norma ISO 9126. Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
BIANCHI, Luiz. Qualidade de produtos de software. Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
COSTA, Aécio. ISO – 9126. Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
SANDI, Rogério Carlos. O que é a ISO/IEC 9126? Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
EMER, Maria Cláudia F. P. Qualidade de Produto. Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
ABNT CATÁLOGO. ISO/IEC 9126:1991. Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
GOMES, Vanessa. Métricas de qualidade de software. Disponível em: . Acesso em 10/Out/2016.
FERNANDES, Rosane Antunes; VOSTOUPAL, Tânia Mara. Avaliação de Produto de Software: as aplicações da NBR 13596 (ISO 9126) na CELEPAR. Disponível em:. Acesso em 10/Out/2016.

Artigo Redigido pelos Alunos da Pós-Graduação do Curso de “Engenharia de Software” da UNINOVE

Trabalho de Conclusão do Módulo de Gerência da Configuração apresentado à Universidade Nove de Julho como parte dos requisitos para obtenção do Título de Especialista em Engenharia de Software.

  • AMANDA CRISTINA DOS SANTOS
  • CARLOS GUSTAVO BARBARULLO
  • GERALDO NUCCI JÚNIOR
  • KAUANA HELOÍSE
  • LUCAS GOMES DE OLIVEIRA
Ruggero Ruggierihttp://www.coachingnasuavida.com.br
Gerente de Projetos SR., atua há mais de 20 anos na área de TI no seguimento do Governo do Estado de São Paulo.Desenvolveu atividades de desenvolvimento de Software para empresas brasileiras e multinacionais, tendo participando no Brasil e no exterior em projetos de TI de diversos segmentos como Educacional, Financeiro, Saúde, Tributário e Terceiro Setor.Professor de Pós-Graduação na UNINOVE nos cursos de Qualidade, Gerencia de Configuração, Requisitos, Gerenciamento de Projetos e Processo de Desenvolvimento ÁgilFormado na PUC de Campinas, Pós-Graduação em Administração Hospitalar (Univ.São Camilo), Gerenciamento de Projetos (UNICAMP), Projetos Estruturados (USP), Ciência, Tecnologia e Inovação (USP). MBA em Gestão de TI na FIAP e Programa de Desenvolvimento Gerencial com foco em liderança estratégica - FIA, atualmente aluno de MESTRADO da UNINOVE na área de Gestão do Conhecimento.Formado em COACH para SBC - Sociedade Brasileira de Coaching e Master COACH pelo escola RICCOACHING.

1 COMMENT

Latest news

Software para MSPs: indo além do preço ao procurar pelas ferramentas certas

Confira 5 dicas essenciais para escolher as melhores plataformas para compor o monitoramento e segurança da infraestrutura de TI dos seus clientes

Rápido, seguro e nativo: Chrome chega ao Windows no Snapdragon

"Projetamos o navegador Chrome para ser rápido, seguro e fácil de usar em desktops e dispositivos móveis, e estamos sempre procurando maneiras de levar essa experiência a mais pessoas", disse Hiroshi Lockheimer, Senior Vice President, Google.

Convergir segurança física e TI garante maior proteção para instalações, redes e negócios

Hoje, com o aumento das violações de dados em todo o mundo e as regulamentações de privacidade evoluindo rapidamente, é mais importante do que nunca que segurança física e TI trabalhem juntas para proteger instalações e infraestrutura de rede.

Evoluindo de modelos LLM para modelos LAM

Os modelos LAMs marcam um avanço fundamental na inteligência artificial, transcendendo as capacidades convencionais de geração de texto dos LLMs. Ao contrário dos LLMs que respondem com texto, os LAMs captam a intenção por trás da linguagem humana, decifrando objetivos complexos. Eles então traduzem esses objetivos em ações do mundo real, como por exemplo, filtrar e-mails com base em suas tarefas agendadas.
Publicidade

O impacto da IA generativa nas memórias RAM e SSDs: Um olhar sobre o futuro do hardware

Algoritmos de IA otimizados podem reduzir o uso de RAM ao aplicar técnicas como computação distribuída e processamento eficiente de dados, garantindo uma melhor utilização da memória disponível. Da mesma forma, um uso eficiente dos SSDs pode minimizar o impacto das operações de entrada/saída (I/O) no desempenho.

5 Insights sobre Gestão da Experiência

Empresas de referência em Gestão da Experiência crescem 190% mais que a média do seu segmento. É o que aponta o Relatório do Boston Consulting Group (BCG). E os resultados positivos não param por aí: o retorno de investimento pode ser até 55% maior para acionistas das empresas em um prazo de cinco anos e o NPS chega a aumentar cerca de 70%.

Must read

Software para MSPs: indo além do preço ao procurar pelas ferramentas certas

Confira 5 dicas essenciais para escolher as melhores plataformas para compor o monitoramento e segurança da infraestrutura de TI dos seus clientes

Rápido, seguro e nativo: Chrome chega ao Windows no Snapdragon

"Projetamos o navegador Chrome para ser rápido, seguro e fácil de usar em desktops e dispositivos móveis, e estamos sempre procurando maneiras de levar essa experiência a mais pessoas", disse Hiroshi Lockheimer, Senior Vice President, Google.
- Advertisement -

You might also likeRELATED
Recommended to you