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Movendo suas aplicações para a Nuvem – Qual abordagem adotar?

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Figura - Como tantas coisas na área de TI, não há um manual de instruções ou livro de receitas para a migração de aplicações para a nuvem.Como tantas coisas na área de TI, não há um manual de instruções ou livro de receitas para a migração de aplicações para a nuvem. E na verdade, cada empresa escolhe o seu tipo de migração com base em uma série de fatores, desde o tempo de existência de uma aplicação até se seu desenvolvimento se deu de forma interna ou externa.

Ao migrar uma aplicação para a nuvem pública, a maioria das organizações de TI escolhe o procedimento “lifting-and-shifting“, ou re-arquitetam toda a Aplicação. E, embora ambas as abordagens tenham as suas vantagens, as organizações devem escolher com cuidado quando se trata da elaboração de uma estratégia de migração para a nuvem.

A migração lift-and-shift leva uma aplicação on-premises e a replica para a nuvem, ou seja, migra um aplicativo ou aplicativos a partir do ambiente existente para um novo ambiente baseado em nuvem, sem alterar a lógica ou a forma como o aplicativo funciona.

Já a o processo de re-arquitetar a aplicação envolve fazer alterações no modo como uma aplicação performa antes de move-la para a nuvem. Essas alterações podem incluir a revisão de código fonte, reescrever APIs e interfaces de apps e vinculação de dados. Outras alterações, tais como o design de uma app para escalar recursos dinamicamente usando APIs nativas ou fazer suas chamadas de banco de dados orientado à objetos, são especificamente destinados a maximizar o valor da nuvem. Você fragmenta a aplicação até seus componentes funcionais, redesenhando-o especificamente para uma plataforma em nuvem.

O modelo lift-and-shift pode variar drasticamente da re-arquitetura de aplicações em termos de custos iniciais e prazo. Enquanto o lift-and-shift pode ser realizado em menos de uma semana, o processo de re-arquitetura pode levar meses, ou até mais, dependendo da aplicação e se o serviço é hospedado em casa ou por um terceiro.

Os Custos lift-and-shift podem começar, por exemplo, com R$20.000 por aplicação, mas esse número pode crescer significativamente com base no tipo de aplicação e no número de dependências externas. No entanto, se uma empresa migrar um grande número de aplicações de uma vez, os R$20.000 podem ser reduzidos à metade, ou seja, o custo diminui de forma drástica.

Onde o processo de lift-and-shift deixa a desejar

Quando uma aplicação legada é migrada para uma plataforma de IaaS com pouca ou nenhuma modificação, não se pode tirar o máximo proveito de um dos maiores benefícios da nuvem: relação custo-eficiência através de autoscaling. Na nuvem, recursos de computação dimensionam automaticamente para cima ou para baixo com base na aplicação da demanda, mas a maioria das aplicações legadas não foram concebidas especificamente para capitalizar sobre esse recurso de nuvem nativa. Então, quando essas aplicações são movidas para a nuvem, elas consomem mais recursos de armazenamento e computação do que elas realmente precisam, o que pode levar à um aumento de custos não desejados.

A idéia é ganhar com a nuvem valor e redução de custos, combinando os picos de cargas com a quantidade de infraestrutura que se usa. O problema com o lift-and-shift é que aplicações on-premises são construídas para aderir à altas cargas de pico e, quando essas aplicações movem para a nuvem, elas continuam a operar dessa maneira – mesmo se a demanda ou utilização é baixa.

Então, às vezes se sua aplicação não está no pico, o que pode ser até 80% do dia, você está pagando demais.

Devido à esta ineficiência, mover aplicações lift-and-shift  pode, em alguns casos, custar à uma organização mais do que re-arquitetar, e pode ser também mais caro do que deixar a aplicação em infraestruturas locais existentes.

Imagine ter as luzes de sua casa acesas durante 24 horas por dia? Com certeza será muito mais caro do que desligá-las apenas à noite e, com lift-and-shift, tudo está ligado, o tempo todo, não importa o quê.

Por outro lado, há também empresas que escolhem arquitetar a aplicação desde o zero por conta do autoscaling.

Então, conclui-se que muito depende do que a sua empresa quer que vá para nuvem e porque ela tomou essa decisão, seja por redução de custos, aumento de disponibilidade e velocidade, autoscaling, entre outros, para depois ela saber como ir para nuvem e quais melhores caminhos adotar.

[Crédito da Imagem: Movendo Suas Aplicações para a Nuvem – ShutterStock]

Claudio Correahttp://www.onecloudportal.com.br
Profissional com 14 anos de experiência nas áreas de Gestão de Serviços de TI, Marketing de Produtos e Cloud Computing. Atuou como Especialista de Sistemas na IBM e como Analista de Desenvolvimento de Produtos na Ativas Data Center. Morou na Califórnia/EUA (2013), onde participou de diversos programas de empreendedorismo, como o Venture Lab, da Universidade de Stanford. Consultor de Computação em Nuvem, é CEO e co-fundador da One Cloud (http://www.onecloudportal.com.br/), startup de Tecnologia, que atua como Cloud Service Broker (CSB), oferecendo uma plataforma agregadora de serviços que é capaz de realizar busca, centralização e gerenciamento de múltiplos ambientes de computação em nuvem. Linkedin: br.linkedin.com/in/claudiocastroc

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