Esta é talvez a primeira pergunta a ser feita, porém é a que permite entender mais facilmente todos os conceitos. Gosto de analogias para explicar termos técnicos, portanto vamos analisar uma nuvem.
Uma nuvem não possui forma definida. Uma nuvem pode ser pequena e tornar-se grande (e vice-versa). Uma nuvem pode estar em um lugar e pode ser deslocada para outro. Ok, agora que ficou claro para você este conceito fica fácil explicar tecnicamente o que é nuvem e a analogia.
“O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade”
(Definição do WIKIPEDIA – http://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_nuvem)
A analogia com a nuvem torna-se mais fácil agora. Em síntese Cloud Computing significa que um fornecedor de nuvem deve ter datacenters espalhados pelo mundo e acessíveis via Internet. Quando você cria uma aplicação (ou máquina virtual) você pode escolher o tamanho da mesma – VM com pouco processamento, médio, alto ou extra grande (lembra que uma nuvem pode ter vários tamanhos?). Ao subir sua aplicação (ou máquina virtual) na nuvem você pode escolher em qual datacenter deseja hospedar, e até mesmo poder mover ou replicar para outro datacenter no mundo (lembra que uma nuvem pode estar em um lugar e deslocar para outro?). Vamos supor que sua aplicação (ou máquina virtual) está funcionando e de repente recebe uma carga alta de requisições, exigindo mais hardware. Com a computação em nuvem você pode oferecer elasticidade, aumentando a quantidade de maquinas ou instancias para suportar esta demanda e quando baixar estas requisições você pode diminuir, da mesma forma (lembra que uma nuvem pode aumentar ou diminuir?).
Esta é uma visão bem simplista, mas é a mais simples para assimilar para quem está começando a estudar sobre o assunto. Se você chegou a este artigo para estudar sobre o assunto (e não conhece ainda) então a analogia será perfeita para você. Entretanto se já conhece bem do assunto não se preocupe e siga adiante neste artigo. Se você já trabalha com virtualização ou infraestrutura de rede deve ter achado muito similar o conceito, inclusive muitas pessoas acham que Cloud Computing é virtualização. Na verdade a virtualização é apenas uma parte da computação em nuvem.
Além disso como disse antes é comum ver propagandas de empresas que oferecem Computação em Nuvem. Para que uma solução seja classificada como Cloud Computing é necessário que tenha as seguintes características: (Definição do WIKIPEDIA –http://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o_em_nuvem)
Se a solução que você viu em uma propaganda (ou está analisando de algum fornecedor) atende a todos estes requisitos então é válido classificar como Cloud Computing.
Existem vários tipos de nuvem e cada uma oferece vantagens e desvantagens. Aqui vale mais uma vez a analogia com um prédio, bastante utilizado pela Microsoft para exemplificar este exemplo:
Imagine que sua empresa precisa alugar um andar em um prédio (para comportar um novo departamento que vai surgir). Você acha algunas andares para lugar e conversa com o dono do imóvel que deseja alugar. Este dono do imóvel tem vários tipos de andares para alugar, cada um com uma característica:
Na computação em nuvem basicamente você tem 3 tipos (existem outros, porém para efeitos de simplificar este artigo resolvi focar nos 3 principais):
O gráfico abaixo ilustra melhor os níveis de serviços que são gerenciados por você e pelo fornecedor / fabricante da solução de cloud.
Agora que você já conheceu um pouco mais sobre o que é nuvem então podemos partir para o próximo ponto. Nuvem pública (Public Cloud), Nuvem privada (Private Cloud) ou Nuvem Híbrida (Hybrid Cloud):
O Windows Azure oferece o serviço de Nuvem Pública. Isto significa que o hardware físico é compartilhado, e até mesmo uma situação de duas ou mais empresas concorrentes poderiam consumir serviços de um fornecedor e que por uma coincidência estariam no mesmo hardware. Entretanto cada empresa com sua máquina virtual (ou instancia) não tem comunicação com outra máquina virtual (ou instancia) de outra empresa que esteja no mesmo hardware, pois são serviços isolados entre empresas.
Para as empresas que desejam ter também uma nuvem própria, que não será compartilhado com outras empresas, podem implementar a nuvem privada. Nada mais é do que usar a infraestrutura local com os mesmo recursos de uma nuvem, porém sem compartilhar com outras empresas.
Uma novidade interessante: a Microsoft liberou o Windows Azure Pack, um pacote de serviços que utilizam Windows Server 2012 / R2, System Center 20102 SP1 / R2 e outros softwares para ter a mesma infraestrutura do Azure, porém para ser disponibilizada internamente. Sim, Isto significa que você pode ter o Windows Azure na sua infraestrutura interna. Este pacote é também interessante para provedores de internet que queiram oferecer servicos da mesma forma que o Windows Azure, porem usando sua infraestrutura local.
Para maiores informações sobre o Windows Azure Pack basta acessar o link: http://www.microsoft.com/en-us/server-cloud/windows-azure-pack.aspx A Nuvem híbrida é a união entre a nuvem pública e a nuvem privada. Isto faz sentido para empresas que já implantaram uma nuvem privada, possuem alguns serviços hospedados em nuvem pública e desejam ter integração. Este é um dos pontos em que as soluções de nuvem Microsoft tem seu maior diferencial: além de oferecer nuvem pública e nuvem privada, a Microsoft também oferece integração entre as nuvens, permitindo que as duas soluções “conversem” sem a necessidade de ajustes que não sejam nativos ou dependendo de ferramentas de terceiros.
Um dos serviços na nuvem da Microsoft lançados recentemente é o Global Services Monitor. Através dele você pode monitorar a disponibilidade de um site ou aplicação na Internet, usando para isto datacenters da Microsoft espalhados pelo mundo.
Deixei um vídeo de demonstração no Facebook neste link: https://www.facebook.com/photo.php?v=10201550969281623
Caso tenha mais interesse no produto basta acessar aqui: http://www.microsoft.com/en-us/server-cloud/system-center/global-service-monitor.aspx
Na verdade não existe uma solução única que sirva para todos os cenários, e neste aspecto já temos o primeiro ponto: daqui para frente o que será importante para o profissional, gestor de TI ou consultor é entender quais são os cenários dentro de uma empresa ou cliente que valem a pena ir para a nuvem. Vamos pegar um exemplo simples:
Obviamente a solução proposta acima depende de um levantamento prévio de detalhes do ambiente, porém de forma simples esta será uma realidade. Empresas terão parte dos serviços de TI locais e outros na nuvem.
Mais importante do que escolher o tipo de nuvem é ter investir na infraestrutura de acesso à internet (quando se utiliza serviços de nuvem publica). O motivo é que para ter acesso aos serviços na nuvem pública você dependerá de Internet para conectar, portanto investir em um link melhor e com mais disponibilidade são fundamentais.
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2:29:50 pm
Fábio,
Pelos meus 40 anos de TI, posso garantir que seu artigo é excelente.
Esclarecedor e didático.
É raro encontrar um artigo tão completo e de alcance fácil para leigos e conhecedores do assunto.
Desejo parabéns e aguardo novos artigos.
Abraços
Rapanelli