Um dos benefícios do gateway é a possibilidade de recuperar uma transação eletrônica pela web que sofreu alguma ocorrência durante o processamento e desencadeou no recuso ou bloqueio, impossibilitando a venda. Afinal, a responsabilidade do dispositivo é justamente transportar com segurança os dados do cartão de crédito, por exemplo, até os servidores do adquirente, que, por sua vez, verificam com o banco emissor o limite de crédito e status do cartão . As informações são trocadas e, quando tudo é validado, a transação é concluída com sucesso.
Entretanto, isso nem sempre acontece. Em alguns sites, mais de 50% das compras são abortadas, seja por dados do cartão digitados incorretamente pelo comprador, pela transação exceder o limite de crédito, ou mesmo em função da clonagem do cartão e bloqueio por comportamento anormal. Graças ao back office do gateway é possível recuperar boa parte dessas vendas.
No primeiro caso, de erro de informação, o gateway envia um e-mail ao cliente solicitando que realize uma nova tentativa, direcionando para a página de check-out, ou aciona um atendente para fazer contato telefônico e concluir a venda.
Quando o valor ultrapassa o limite ou em caso de clonagem, a loja pode abordar o cliente com cuidado e oferecer um desconto para o pagamento em boleto, ou sugerir o uso de outro cartão.
Este tipo de relacionamento, que pode ser apresentado como um favor da loja ao consumidor, pode contribui a fidelização do consumidor.
Fazer uma ligação ativa para cada pessoa pode se tornar um processo caro, porém, se considerarmos que este ainda é apenas um potencial cliente, apesar de ter passado todas as etapas necessárias à finalização da compra, então corremos o risco de deixá-lo “morrer na praia”.
[Crédito da Imagem: Pagamento Online – ShutterStock]
Jerome Pays é diretor de e-commerce da Lyra Network, empresa francesa especializada na transmissão de dados para transações eletrônicas e líder do segmento no Brasil, e detentora do gateway de pagamento PayZen.
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