Estamos sujeitos 1, 2, ou 3 vezes a passar pela demissão. Alguns passam por este momento mais vezes. Os motivos são diversos e costumam ser situacionais.
Na nossa vida estamos tão acostumados com os indicadores que às vezes nem nos damos conta de quantos deles temos a nossa disposição.
Ele vinha tão rápido como uma Gazela fugindo de um Leão faminto. Triste e abatido, o coração a bater acelerado. Desde a época que ficou a saber que pertencia a uma geração, talvez a terceira de uma espécie que vivia a fugir de ser linchada.
Eminindiano La Catana, era o nome do Coelho que morava próximo ao deserto do Calahari. Aqueles que o conhecem costumavam se urinar de rir da desgraça dele, ao se lembrarem que seu avô, nascido próximo ao deserto do Sahara, precisou sair de lá ameaçado, por se opor à atitude das Gazelas, que se achavam soberanas e deveriam comandar a espécie para evitar que o Leão zangado se alimentasse dos seus filhotes.
“Quem manda aqui só eu!”, rugia a deixar a floresta a tremer. Foi nessas tremedeiras que o velho coelho desconfiado arrumou as malas, passou a viver na graça de Deus, à margem do rio Zambeze. Mas na margem a disputa por alimento era muito mais feroz, havia Tigre que descobriu uma tecnologia que permitia a produção de soja três fez ao ano na mesma área do cultivo. Com isso, passou a cobrar muito mais das áreas de quem pedia emprestada sua tecnologia.
“Aquele Tigre é um explorador!”, disse a galinha, “Vamos acabar com ele!”. Os animais se reuniram contra o dito explorador e deflagraram um combate que acabou sem vencedor. Mas que houve um no górdio para se reduzir as exigências do Tigre.
“Que mundo é esse? Foi preciso lutar para que ele reduzisse esses absurdos”, dizia um descontente de olhar soslaio.
A opção pela guerra, para que o bem estar coletivo fosse restabelecido passou a ser prática comum. Todos fechavam os olhos à margem da lei. E, prevalecia a guerra, guerrear era a opção mais rápida para ver a reivindicação atendida. O Coelho desconfiado abandonou o lugar, saiu das margens do Zambeze para viver às margens do Limpopo. Quando parecia haver encontrado paz no sul, foi obrigado a se juntar a um grupo para brigar contra a Hiena que achava prazeroso fazer churrasco de Passarinhos todo final de semana.
“Lutar a favor de Passarinho. Só me faltava essa! O que vou ganhar?”, perguntou o Coelho enquanto era aliciado.
“Ensinaremos o seu filho a cantar, falar… Sabe como é! O cantar de Passarinho é maravilhoso, todos apreciam”. E, foi o Coelho a defender os passarinhos na pior guerra que já conheceu. Sem chance de fugir, carregou em seu colo canhões, que o deixaram com cicatrizes, no corpo inteiro.
A guerra terminou. Os Passarinhos deixaram de fazer parte do churrasco das Hienas. Conforme acordado deviam ensinar a todos a cantar e falar. As comunidades à margem do Limpopo foram buscar os cantos. Alistaram-se para aprender. Sentavam-se ora no chão ora trepados em galhos de árvores. Não havia mais espaço, foi então que o Esquilo que assessorava os Pássaros, teve a ideia de uma pré seleção.
“É muito candidato, vamos selecionar”, foi aquele alvoroço.
“Não foi isso que ficou combinado, nós livramos vocês da Hiena em troca desse benefício”.
“Eh, isso é para todos”, completou outro.
A escolha da maneira como a liderança será feita depende de muitos fatores, inclusive da situação no momento da demanda e da tarefa a ser executada.
Pessoas desmotivadas tendem a diminuir a produtividade. Quando a situação passou do limite, muitos gestores costumam tomar decisões que deixa ainda pior.
“Nossa, que chefe esquisito!” Disse a gazela, “mal olha para nós”.
“Deixa disso, ele nem viu a gente”, comentou o Cágado, “mas sempre que ele pode, conversa sim”.
“Pra que serve o chefe?”
“Eu, eh…”
Os dois continuavam a conversar despreocupadamente na beira do poço quando inexplicavelmente a gazela tropeçou, caiu nas profundezas do poço.
“Maninha, que foi? Socorro!” Gritou o Cágado a procurar ajuda.
O Tigre chefe foi chamado, olhou e exclamou “O que vocês estavam fazendo na beirada?”
“Chefe, deixa os questionamentos para depois, vamos ajudar a Coitada.” Implorou a formiga.
Várias tentativas e nada. A gazela quase estufada. Apareceu o Elefante para dispersar a multidão.
“O que acontece, ninguém mais trabalha por aqui?”
“A gazela, a gazela….”
“O Leão comeu? Aquele vosso chefe me paga.”
“Não, não foi o Leão, a gazela caiu no poço.”
“Bom dia, chefe”, disse a joaninha motivada.
“Por quê?”, perguntou o Leão mal humorado, cabisbaixo, “A empresa está a perder faturamento”, disse ele apontando a queda de energia “estamos sem energia”.
“Faz uma hora, chefe”, repetiu ela, “é uma pena, bem que podíamos ter no-break”.
“E você ainda fala bom dia?”, o Leão deu um chute na joaninha, virando-se de barriga para cima.
Fazia muito sol e a joaninha com as perninhas para cima e impossibilitada de voar. Tentou levantar e nada, esperneou até se cansar, ficou imóvel. “Maldito seja esse Leão, ele deixou-me assim só porque desejei um bom dia”. Amaldiçoou o felino, falou mal, a desejar tudo de ruim. Quando cansada dormiu. O Sol já maduro deitou-se sobre o pequeno inseto, violentando-o, como se fosse uma cobertura de pimenta malagueta sobre os olhos.
De repente apareceu um lagarto faminto que andava a caçar insetos e eventuais joaninhas, mas vendo aquele bichinho em estado tão deprimente não se interessou em comê-la, gostava de carne fresca e achava que a joaninha estava morta. Usando a sua cauda empurrou-a, arrastando-a. Com o empurrão, a joaninha ganhou a altura. Voou para bem longe dos Leões e Lagartos.
Você já percebeu que muitas vezes, ao analisarmos uma determinada decisão achamos que a solução poderia ser outra?
“Nunca vi um gajo ordeiro como aquele”, dizia Albertino, coelho observador e madrugador, chegava cedo ao escritório, disputando assiduidade com o seu chefe.
Com a modernização e constante atualização dos processos gerenciais, novas técnicas de Gestão surgem e outras são aprimoradas a cada dia.