Desenvolvimento

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Papel: Gerente de Implantação ?

publicado por Setembrino Lusa

Sendo este meu primeiro artigo a convite do Augusto Vespermann, a quem agradeço pela oportunidade, abordarei um assunto que intriga muitos desenvolvedores, analistas e até mesmo tira o sono de muitos gerentes, que não sabendo o que realmente aconteceu, vêem sua equipe inteira de desenvolvimento ser tachada de incompetente; a implantação, o áureo momento em que sente-se o orgulho e a sensação de dever cumprido. Porém, quando o aplicativo, software ou módulo é posto em produção, vem a surpresa, há um bug.

O desenvolvedor diz que “na minha máquina funciona”, e realmente funciona.

O testador afirma e prova que “os testes passaram e foram revisados”, e realmente foram.

O analista e os envolvidos sabem que os passos foram seguidos e ficam todos pasmos aguardando uma decisão ou ainda pior, um culpado para condenar.

É exatamente a discussão que pude presenciar hoje em uma conversa informal no almoço entre um desenvolvedor e um analista de processos; se testamos ou não uma aplicação em produção.

O desenvolvedor defendeu ferrenhamente a idéia de testar a aplicação em produção, “apenas para ter certeza de que está abrindo e mostrando informações básicas”.

O analista, bastante formal, diz que JAMAIS se testa uma aplicação em produção.

E assim a discussão se seguiu até o horário de almoço terminar.

Quem está correto ? … Os dois !

Sim, os dois, pois, quando o real problema de qualquer aplicação é simplesmente o ambiente em que está sendo suportado, ou melhor, a diferença entre os ambientes de desenvolvimento, teste, homologação e produção, não há como saber qual regra devemos seguir.

Em uma rápida olhada na disciplina de gerenciamento de implantação do RUP, fica claro que testes não bastam para assegurar a disponibilidade sem erros de um aplicativo.

Segundo o RUP, o papel do gerente de implantação é planejar a transição do produto para a comunidade de usuários devendo ter as seguintes habilidades:

  • Experiência na implantação de sistemas.
  • Comunicação/Coordenação para se manter atualizado sobre o status do desenvolvimento do produto e comunicar as necessidades das atividades de implantação para os demais membros da organização.
  • Capacidade de Planejamento para assegurar que a implantação seja feita dentro do prazo estabelecido e com os recursos disponíveis.
  • Orientação por metas e Proatividade a fim de planejar e orientar a conclusão do produto pelas várias equipes.  O Gerente de Implantação deve se concentrar em obter um produto de qualidade.  Para desempenhar seu papel de forma eficaz, o Gerente de Implantação deve trabalhar com o Gerente de Projeto.  Geralmente, esses papéis são desempenhados por uma única pessoa.

Ainda, para que a implantação ocorra da forma mais transparente possível, identifique o hardware necessário para execução dos testes do aplicativo, especifique modelo, versões e configurações, forneça informações sobre suporte do fabricante e licenças.

Liste os recursos necessários para executar as atividades de implantação e tenha em mente que o ambiente de produção, homologação e testes, jamais é 100% igual.

Contudo, o custo de se manter ambientes de teste fiéis aos de produção é exageradamente alto, principalmente se avaliarmos a alocação de mainframes, também os custos e esforços necessários para se manter o ambiente caro fiel ao de produção é quase a duplicação de todo o custo e esforço do ciclo completo de desenvolvimento do aplicativo. Que direção tomar então ? alinhar expectativas, deveres e direitos, antes de qualquer processo de implantação, e sim, enquanto o ambiente de produção não é igual ao de testes, dê uma navegada na aplicação para garantir que seu gerente ou superior não terá uma surpresa desagradável ao ver um erro, ou ao receber um feddback negativo de um usuário.

Autor

Com mais de 15 anos de vivência em Engenharia de Software, atuando desde o levantamento de necessidades até a finalização, entrega e manutenção de sistemas, consultorias, treinamentos e principalmente na melhoria contínua de processos e metodologias de produção de Soluções Computacionais. Graduado em Análise e Desenvolvimento de Software pela UNOPAR www.unopar.br de Londrina no Paraná. Pós Graduado em Engenharia de Software pela Unifil www.unifil.br também de Londrina no Paraná. Com grande experiência em Implantação, Consultoria e Treinamentos relacionados às IBM Rational em diversos segmentos com as metodologias Formal e Ágil. Forte atuação em projetos de Melhoria de Processos e Implantação em ALM - Ciclo de Vida de Aplicações, tendo atuado em diversas organizações por todo o Brasil, em ambos os setores privado e público. Publicação de um livro sobre Métricas em Projetos de Softwares que desmistifica a utilização das diversas técnicas e aponta as possíveis melhores abordagens de quando e porquê utilizar cada técnica durante as etapas de um Projeto de Software a fim de alcançar o maior resultado com o menor esforço em cada medição e conferência. (https://www.facebook.com/MetricasEmProjetosDeSoftware) Certificações IBM Certified Solution Designer - Rational Performance Tester - RPT IBM Certified Solution Designer - Rational Functional Tester for Java - RFT IBM Certified Solution Designer - RUP IBM Certified Deployment Professional - RPM IBM Certified Associate Developer - Rational Application Developer for WebSphere Software V6.0 - RAD Sun Certified Programmer for the Java 2 Platform, Standard Edition 5.0 - SCJP

Setembrino Lusa

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