Um projeto é o esforço para criação de produto único e específico, executado muitas vezes por pessoas de fora da organização mediante contrato, outras vezes é realizado por um time interno à organização contratante que se une por um objetivo determinado. O Gerente de Projetos não esta encarregado somente de monitorar o desempenho do projeto sob os mais variados aspectos, mas também deve zelar pela comunicação e o entrosamento de todas as partes interessadas, mas isso está amplamente divulgado em frameworks de melhores práticas, no meu caso o PMBOK do PMI.
Cada um de nós tem experiências diferentes, neste artigo eu falo da impressão que tive ao atuar em projetos de infra-estrutura de TI deste 2001 e como gerente de projetos desde 2005.
Atualmente em projetos de infra-estrutura de TI o rótulo “Gerente de Projetos” é muito freqüentemente aplicado a alguém que, temporariamente, vai atuar como o ponto focal do projeto e, muitas vezes nem isso é verdade, pois os projetos de infra-estrutura de TI eventualmente carecem do básico, ou seja, um ponto focal único. Salvas as exceções, poucas organizações entendem que a gerência de projetos é uma disciplina à parte, que trata da aplicação de ferramentas e técnicas específicas para este fim, aliadas a um perfil específico de profissional, as demais ainda não entenderam o real papel que a gerencia de projetos tem a desempenhar no seu desenvolvimento estratégico e nos resultados do negócio, sejam quais forem.
Infelizmente é muito comum ao chegar o momento de executar uma mudança de impacto que deve contar com a ação sincronizada de fornecedores diferentes, e nos depararmos com imprevisto de última hora por falta de um pleno alinhamento entre os envolvidos. Qual o personagem faltou ai?
Quantas vezes analistas se reúnem para planejar uma ação e desenvolvem um cronograma detalhado, mas não contavam com o risco do atraso na entrega do Hardware? Quem deveria conduzir com estes analistas o desenvolvimento do mapa de riscos do projeto e suas ações de mitigação?
Quantas vezes um projeto cai em descrédito dentro de uma organização, pois o cronograma extrapolou todas as previsões? Quem deve conhecer as ferramentas e técnicas para estimativas mais seguras e manter contato com fornecedores, diretoria, e equipe executora, de modo a prever buffers de segurança?
Muitos projetos fracassam porque não foram bem vendidos e perdem o apoio da massa interessada, que muitas vezes não atua diretamente na execução, mas têm que dar sua contribuição em entrevistas, preenchimento de questionários, autorizações para execução e muito mais. Quem deve estar constantemente preocupado em criar e executar o PLANO de COMUNICAÇÃO do projeto?
Será que basta ser um bom analista de algum tópico de infra-estrutura para desempenhar o papel de GP de modo a obter resultados concretos? As equipes técnicas que executam os projetos tem um foco muito específico e não é o mesmo foco do gerente de projetos.
Esta é a questão que fica, esta é a reflexão proposta.
Quanto, por exemplo, ao desenvolvimento de Software esta questão esta bem mais desenvolvida, esta até passando por um novo ciclo. (Vai nos ganhar com uma volta de vantagem).