Não vivemos em um tempo difícil, mas em um tempo diferente. Os líderes devem ter consciência dessa nova realidade e se adequar a ela, entendendo claramente que novos problemas e oportunidades exigem novas maneiras de pensar e agir.
O processo de se tornar um verdadeiro líder é árduo, embora altamente recompensador. Um caminho de contínuo aprendizado, onde o autoconhecimento e o autodesenvolvimento devem ser seus companheiros inseparáveis.
Nos tempos atuais é quase impossível que um estilo de liderança meramente autoritário seja bem-sucedido durante muito tempo. As pessoas simplesmente não permitem nem toleram mais isso! A imagem do líder como domador de leões, com uma cadeira e um chicote na mão, não funciona mais. Precisamos de líderes que inspirem e sejam verdadeiros exemplos.
Os verdadeiros líderes talvez não sejam tecnicamente os mais habilidosos ou talentosos, mas sabem como valorizar, reconhecer e inspirar aqueles que são, fazendo com que as pessoas desenvolvam-se e se superarem diariamente, despertando habilidades que elas próprias desconheciam. Pois, liderar não é saber mais do que os liderados, mas sim ser capaz de fazer com que cada um consiga dar o melhor de si. O líder precisa ter consciência que não existe ninguém mais importante do que o outro. Saber também que algumas das maiores necessidades das pessoas são: sentir-se importante, ser reconhecido e valorizado.
Aprender, entender, compreender e refletir sobre o processo da dinâmica do comportamento humano deveria constituir-se em um dos principais campos de interesse e estudo por parte daqueles que exercem a liderança. As pessoas que exercem qualquer tipo de liderança deveriam ser antes de tudo, “especialistas” em gente, e não apenas em coisas.
Atualmente, outro grande desafio dos líderes é manter pessoas talentosas nas empresas. Para isso é importante que tomem cuidado com alguns sinais prematuros de desinteresse, tais como: uma mudança no comportamento, tal como chegar atrasado e sair mais cedo, uma diminuição no desempenho, queixas repentinas de uma pessoa que não costumava queixar-se, afastar-se dos outros e falar constantemente em esgotamento. É importante que a liderança detecte prematuramente alguns desses sinais e organize imediatamente um encontro em particular com o colaborador, explicando o que foi notado, perguntando se existem preocupações mais profundas por trás da mudança de comportamento. Diga, caso seja sincero, o quanto você o estima, e ofereça ajuda para mudar a situação.
Os verdadeiros líderes devem ser capazes de enxergar além dos seus objetivos pessoais e aprender a gerenciar a tendência humana inata ao egoísmo, de modo a tornar mais sensíveis às outras pessoas com quem partilham a caminhada. Para isso, torna-se fundamental que conheçam bem os membros de suas equipes. Alguns líderes podem estar perguntando-se: mas como posso conhecer melhor a minha equipe? Observando, enxergando e escutando as pessoas. As necessidades e os desejos são individuais, o que motiva um pode desmotivar outros.
Os verdadeiros líderes também têm a capacidade de construir relacionamentos saudáveis, pois tudo na vida gira em torno dos relacionamentos. Mas qual a matéria-prima básica para edificar relacionamentos bem-sucedidos? A resposta é simples: confiança. Sem confiança dificilmente construiremos ou conservaremos bons relacionamentos. A qualidade essencial do líder não é a perfeição, mas a credibilidade. Constrói-se credibilidade não fingindo ser perfeito, mas sendo sincero com as pessoas.