Começo este post informando que não tenho a pretensão de aprofundar o estudo no mercado de ERP (1) , mas, apenas e tão somente, de realizar um breve relato e expor minha experiência neste mercado tão competitivo.
Atuando no mercado de ERP desde 1998 acumulei muita experiência e vivenciei uma evolução considerável deste tipo de software.
O mercado brasileiro de ERP amadureceu, e evoluiu, as suítes ERP foram se modernizando e atendendo as necessidades das empresas de acordo com sua concepção gerencial inicial.
Na minha percepção para as pequenas software houses a explosão aconteceu no fim da década de 90 e início da década passada com o auge entre 2002 e 2006. As suítes independentes eram vendidas as empresas como a solução de todos os seus problemas de gerenciamento.
Um software de gestão o ERP cumpre muito bem o seu papel pois atinge todos os níveis hierárquicos de duas principais maneiras: fornecendo controle e armazenando dados operacionais.
A compilação desses dados em BI (2) se transformam em informações que influenciarão decisões importantes nas corporações.
As pequenas empresas de TI mantinham-se em sua zona de conforto e atuando em empresas de pequeno e médio porte, pois, as gigantes da TI pareciam se interessar quase que exclusivamente por empresas de grande porte, principalmente devido ao alto custo dos seus serviços e de seus produtos. Só parecia.
Durante o auge, grandes players, competidores globais do mercado de TI, direcionaram seus olhares para as médias empresas, principalmente as multinacionais. Gigantes como Microsoft, com seu Dynamics, TOTVS com fusões e agregações de players menores ou que atuavam em uma parte do mercado específica, SAP, Microsiga entre outros. Essas grandes empresas passaram a atuar em um nicho de mercado que antes era bem explorado por pequenos produtores de software.
Faz quase uma década que os projetos pioneiros de aplicação da Tecnologia da Informação, e em particular da Internet, começaram a ser criados para comunidades urbanas no país que não foram beneficiadas pelo momento gerado pela Internet comercial, em função de seu limitado tamanho em população ou produção econômica.
Para os leitores assíduos desta coluna, talvez haja uma ‘vaga lembrança’ de um artigo de minha autoria, cujo título era “Desilusão Wi-Fi”, publicado em junho de 2006. Nele descrevi uma visita feita no começo daquele ano à cidade paulista de Sud Menucci.
Muitos anos e governos se passaram, mas ainda não fomos capazes de integrar comunidades desse porte na era digital. O Programa Nacional de Banda Larga, criado antes da campanha que levou o presidente Lula a sua reeleição, continua se arrastando na sua implementação.
A implementação de Cidades Digitais certamente é uma opção política. Não só é verdade que o acesso ao conhecimento por meio da Internet é uma das formas de superar a brecha educacional e econômica nas pequenas cidades, como o uso das TICs aumenta a eficiência do uso dos recursos públicos (assim como bem sabemos que ocorre nas empresas), melhora a qualidade do atendimento ao cidadão (tanto on-line quanto presencial), assim como aumenta a transparência governamental. Finalmente, os políticos esperam que aumente a participaçao dos cidadãos na política, em tempos que estes apresentam baixos índices de confiança nos políticos e na política.
Dados gerados pela CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina, das Nações Unidas) definem a “brecha digital” com perfeição. Se compararmos o custo de uma conexão de 1 Mbps com a Internet com a renda média da população economicamente ativa, nos países desenvolvidos esse valor corresponde tipicamente a menos de um por cento (p.ex. na Espanha meio por cento da renda média mensal dos trabalhadores permite contratar uma conexão de 1 Mbps).
Lembro-me que há 15 anos, comprar algo pela internet não era tão simples como hoje. Pelo contrário, confiabilidade e prazo foram os fantasmas do e-commerce daquela época. A dúvida para comprar algo pela internet e não receber deixava os consumidores desconfortáveis e desconfiados. Problemas como, ter os dados de cartão de crédito roubados e receber um produto danificado eram comuns. Havia também o grupo dos céticos que duvidavam que a internet poderia ser algum tipo de novo negócio para o mercado de varejo.
Muitas tiveram todos esses problemas, mas passado alguns anos o e-commerce evoluiu e amadureceu, aprendeu com os próprios erros e hoje é um mercado consolidado em um crescimento de 40% ao ano no Brasil.
É fato que ainda existem problemas de entrega e atraso e até questões de segurança, mas nada comparado a um passado não polarizado como o de hoje. Nos dias atuais, o medo e desconfiança de comprar algo pela internet são mínimos, houve uma quebra de paradigma, uma ruptura que faz do e-commerce uma grande oportunidade para muitos, como as lojas de varejo online e a febre das compras coletivas. A estimativa para 2011 é que o e-commerce atinja R$ 18 bilhões de faturamento, uma quantia expressiva, e esse valor tende a triplicar nos próximos anos.
No atual mundo conectado é extremamente fácil obter informações de custo de produtos e serviços, comparar concorrentes, analizar satisfação dos clientes que adquiriram esses produtos e serviços... Não vou entrar no mérito do que faz consumidores escolherem produto X ou produto Y, ainda mais se o assunto é commodity - analistas de mercado tem muito mais experiência nesse quesito. O que eu gostaria de abordar é como o uso de tecnologia de informação pode inovar na maneira como os consumidores escolherão seus produtos e serviços.
Um exemplo recente de inovação com utilização de tecnologia da informação são as compras coletivas – o conceito já existe há muito tempo, mas o “boom” desse tipo de compra foi através da internet. Para os anunciantes, é muito mais barato pagar “comissão” para a empresa que intermedia as negociações (e há um limite mínimo de compradores por uma razão) do que fazer comerciais em TV, rádio, outdoor, etc. Os compradores pagam menos para adquirir os produtos e podem, eventualmente, tornarem-se clientes assíduos se forem bem atendidos e se perceberem valor na compra dos produtos do anunciante. Tudo isso agregado num website (na verdade – vários).
Atualmente é difícil quem não tenha feito uso de sites de compras coletivas. Seja para serviços, vestuário, alimentação, a forma como algumas pessoas compram foi fortemente alterada. Conheço muitas pessoas que compram mais de 30% de seus produtos através de sites de compra coletiva e isso inovou a forma como consomem. Sites de compra coletiva estão para brasileiros, assim como cupons de desconto estão para os norte-americanos.
Durante muitos anos a gestão de infraestrutura de Tecnologia da Informação era uma coisa complicada. E, parecia que quanto mais complicado, melhor. Isto porque os gestores de TI eram obrigados a entender de tudo, escolher as melhores alternativas, e gastar milhões em equipamentos e softwares.
Até os dias de hoje os gestores de TI ainda acreditam que precisam ter absoluto domínio sobre a escolha, aquisição e implantação das soluções.
No entanto, com o advento do Cloud Computing este perfil e a atividade estão mudando rapidamente. Os executivos estão se tornando cada vez mais gestores de contratos e da qualidade dos serviços prestados do que tomar decisões sobre a aquisição dos melhores equipamentos.
Com o Cloud Computing, a atividade de TI está ficando transparente, não importa o equipamento que o provedor está utilizando, o que interessa é o desempenho e a qualidade do serviço contratado. A escolha dos equipamentos e soluções de software que suportam os sistemas dos clientes passou a ser uma escolha dos provedores de cloud.
Com este novo panorama, o perfil do CIO (Chief Information Officer) vai mudar consideravelmente e exige uma rápida reciclagem para assumir este novo papel.
Além disso, os novos produtos de infraestrutura para suportar o Cloud Computing também tendem a ficarem mais simples. Com os sistemas rodando em ambiente centralizado, é necessário escolher corretamente os produtos que permitem o acesso aos aplicativos e aos dados.
É muito comum encontrar nas organizações executivos de TI que não são vindos da área de tecnologia. Há muitos casos em que o CIO é proveniente da área mas, em sua maioria, não responde diretamente ao CEO ou ao menos tem participação ativa do board executivo.
Função da Inteligência Artificial sobre os Casinos e Jogos
A inteligência artificial influencia a indústria de jogos e aumenta ainda mais os horizontes desse setor. Cria uma sensação de que a capacidade de operação das máquinas é quase ilimitada.