Cloud Computing

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ERP: Evolução Tecnológica e Alterações Concorrenciais

publicado por Alexandre Fernando

Começo este post informando que não tenho a pretensão de aprofundar o estudo no mercado de ERP (1) , mas, apenas e tão somente, de realizar um breve relato e expor minha experiência neste mercado tão competitivo.

Atuando no mercado de ERP desde 1998 acumulei muita experiência e vivenciei uma evolução considerável deste tipo de software.

O mercado brasileiro de ERP  amadureceu, e evoluiu, as suítes ERP foram se modernizando e atendendo as necessidades das empresas de acordo com sua concepção gerencial inicial.

Na minha percepção para as pequenas software houses a explosão aconteceu no fim da década de 90 e início da década passada com o auge entre 2002 e 2006.  As suítes independentes eram vendidas as empresas como a solução de todos os seus problemas de gerenciamento.

Um software de gestão o ERP cumpre muito bem o seu papel pois atinge todos os níveis hierárquicos de duas principais maneiras: fornecendo controle e armazenando dados operacionais.

A compilação desses dados em BI (2) se transformam em informações que influenciarão decisões importantes nas corporações.

As pequenas empresas de TI mantinham-se em sua zona de conforto e atuando em empresas de pequeno e médio porte, pois, as gigantes da TI pareciam se interessar quase que exclusivamente por empresas de grande porte, principalmente devido ao alto custo dos seus serviços e de seus produtos. Só parecia.

Durante o auge, grandes players, competidores globais do mercado de TI, direcionaram seus olhares para as médias empresas, principalmente as multinacionais. Gigantes como Microsoft, com seu Dynamics, TOTVS com fusões e agregações de players menores ou que atuavam em uma parte do mercado específica, SAP, Microsiga entre outros. Essas grandes empresas passaram a atuar em um nicho de mercado que antes era bem explorado por pequenos produtores de software.

Hoje, uma empresa de médio porte consegue implementar um ERP de grandes players por um custo assimilável, o que não significa exatamente a um custo baixo, mas, o suficiente para se tornar uma barreira de entrada aos ERP´s produzidos por empresas de pequeno porte.

Um ERP de uma grande empresa de TI já foi exaustivamente testado e está bem consolidado tecnicamente e com suas regras de negócio bem maduras além de poder contar com o Know How adquirido pela experiência global da empresa e principalmente, pela sua reputação no mercado.

O calcanhar de aquiles é a customização. Quando existe é oferecida a um custo bem expressivo para qualquer empresa.

As pequenas empresas produtoras de ERP podem trabalhar com a estratégia de oferecer customização e a um preço aceitável. Softwares competentes e robustos também existem em empresas de TI de pequeno porte, a diferença? o custo. Certamente será bem menor.

As empresas multinacionais instaladas no Brasil sofrem pressões de suas matrizes para implantarem o software de gestão definido como default pelos responsáveis pela TI de seus grupos. Os grupos empresariais buscam normatização das informações e processos e assim pretendem obter um maior controle das suas filiais espalhadas ao redor do mundo.

Atualmente, a palavra de ordem mundial é redução de custos. A área de TI, embora privilegiada pela especialização e importância conquistada justamente pelos softwares de gestão, não está isenta de passar por cortes de custos e verbas.

Depois do processo de Outsourcing que já representou uma redução de custos significativa para a maioria das empresas uma nova tecnologia surge para auxiliar este processo: Cloud Computing .

Delegar TOTALMENTE a responsabilidade pelo gerenciamento das informações a uma empresa de TI sem precisar investir pesado em uma estrutura computacional imensa é um sonho para qualquer empresa. Continuidade, confiabilidade e confidencialidade. Palavras chaves neste negócio.

Junto com esta nova tecnologia aparece também um jeito novo de comercialização de software: Saas – Software As A Service. Uma modalidade na qual o cliente não paga licenças de utilização de software nem investe sozinho em modernização do software.

Mais um belo avanço no caminho da redução de custos e da viabilidade da TI.

Oferecer um ERP moderno significa uma solução de custo baixo,  eficiente, versátil, customizável e que garanta continuidade para o negócio do cliente dia e noite.

Um belo desafio.

(1) ERP – Enterprise Resource Planning; Software de Gestão.

(2) BI – Business Inteligence. Dados agregados para auxiliar na tomada de decisão.

 

 

Autor

Programador Sênior e Consultor ERP. Atua em projetos na área de desenvolvimento de sistemas corporativos desde 1995. Graduado Tecnólogo em Informática para a Gestão de Negócios (2010) FATEC - Faculdade de Tecnologia de Jundiaí http://www.fatecjd.edu.br BLOG

Alexandre Fernando

Comentários

3 Comments

  • Concordo que customização tem um papel importante e é um obstáculo grande para que as gigantes do mercado de ERP possam atender as pequenas e médias empresas.

    Mas mais do que customização, o modelo de negócios em que o software é disponibilizado é crucial para o sucesso.

    Grandes empresas não podem atender individualmente as pequenas empresas. O custo é simplesmente muito grande para isso, e fica inviável repassar esse custo para as empresas.

    Por outro lado, trabalhar com parceiros parece ser uma boa saída. Uma software house que atenda um mercado pequeno pode atender seus clientes individualmente, vendendo software de grandes empresas e assumindo a sua customização, implantação e suporte.

    Um ecosistema desse tipo fortalece o mercado, reduz os custos totais dos clientes (TCO – Total Cost of Ownership) e ainda facilita a entrada de novas empresas com soluções de customização inovadoras.

    Um bom tópico para uma discussão sobre ERPs. Inclusive postei um artigo em resposta. Se quiser ler aqui vai o link: http://matheuszeuch.com/erp-para-pequenas-empresas/

    Abraço,
    MZ

  • Desculpe-me, mas não entendo quando Augusto diz que o ERP é um dinossauro. O conceito de ERP sempre existirá, quer seja por praticidade (controle de produção, engenharia e finanças tocando em figurinhas?), quer seja por obrigações legais (contabilidade, fiscal, governança). Que existam implementações horríveis, nas mais variadas (e bizarras) ferramentas não há dúvidas. O ERP nada mais é do que a instrumentação das tarefas de gestão de uma “azienda”. E, ao final do exercício de uma empresa com fins lucrativos, desde sempre, o que interessa é: receitas – despesas > zero. Isso o ERP sempre fez e fará. Independente da “interface”. Aliás, quando se acessa o belo site de um banco ou um grande e-commerce, quem está no comando é, na grande maioria dos casos, um bom e velho (diria que muito mais dinossauro que o ERP), mainframe.

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