Carreira

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Sim, sou da TI e vou bem obrigado!

publicado por Luiz Eduardo Improta

Diante da imprevisibilidade do mundo, as empresas se sentem obrigadas a criarem diferenciais cada vez maiores para conquistarem seus espaços no mercado. E neste cenário, a nossa TI tem ganho um destaque que nunca teve em toda sua história e em uma velocidade muito grande. Quem não se lembra no “Bum” da microinformática no início da década de 90, quando começaram a surgir dispositivos cada vez menores e com maiores capacidades. Falando até um pouco mais para frente, lembro quando juntei meu dinheiro e comprei meu “micro” de primeira linha: um poderoso “386SX”, com 4 Mb de RAM e 7 Mb de HD. Caramba foi uma conquista para mim, pois até então brincava nos “TKs” da vida e depois em “XTs” de amigos.

Em passos largos a tecnologia começou a tomar conta de tudo. Nosso dia-a-dia começou a ficar tomado por ela. Nos celulares, nas televisões, até na cozinha e por aí vai. Uma reportagem da revista “Época Negócios” de Março 2011, fala que em 2020 haverá 500 bilhões de dispositivos eletrônicos no mundo e tudo sendo dirigido pela TI. A grande rede, a internet, deixou a muito tempo de ser passatempo, para ser, principalmente, uma forte fonte de lucros para negócios. Ninguém hoje consegue imaginar uma empresa sem seu site, um profissional liberal sem seu perfil em sites de redes sociais/profissionais. Não há como ignorar que a TI, está se colocando em um “patamar” de destaque junto aos negócios. Deixando até de ser estratégica para ser, em pouco tempo, vital. A TI deixou de ser marginalizada, agora ela tem valor. Quer ver um exemplo claro: na mesma revista citada acima, mostra que somente no Brasil, as vendas “on-line” na Internet, cresceram de 10,6 bilhões de reais em 2009 para 15 bilhões de reais em 2010; de 17,6 milhões de compradores em 2009 na internet para 23 milhões em 2010. E quem dirige isso é a TI, é o carro chefe. Um dos focos principais dos contratos de “outsourcing de TI” atualmente é o “SLA”. Algumas empresas criam “sites” de contingências, mesmo com custo elevado, para não ficar sem vender 10 minutos pela internet, pois isso se traduz em grandes perdas financeiras e perda de clientes, logo o concorrente agradece. Profissionais cada vez mais capacitados são requeridos para TI. Não existe mais nenhum negócio sem a TI, até o pipoqueiro da esquina compra milho de pipoca no supermercado e no saco está um código de barras que controla o estoque do mesmo. E ainda este pipoqueiro tem um celular “pré-pago” para ficar sintonizado com seus clientes, de modo que ele vai onde há mais procura ou o chamam. Olha aí a TI de novo!

A TI está mudando a vida da humanidade e às vezes até assusta. A velocidade da informação tem ficado cada vez mais rápida. Na década de 80, eu escrevia uma carta de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e minha namorada (que hoje é minha esposa), só a recebia de 2 a 3 semanas depois. Hoje eu passo um email da Europa e ela recebe em 20 segundos. E se quiser conversamos em tempo real, não é fantástico.

Chegamos a um ponto, que desatrelar a TI aos Negócios, é suicídio. Ela está deixando de agregar valor aos negócios para fazer parte dele. Dividir o espaço com a atividade central do negócio, pois ela é adaptável a qualquer tipo de negócio, como um camaleão que se funde a qualquer ambiente, fazendo parte dele.

Não há mais espaços para desavenças entre as áreas comerciais e TI, pois em breve será uma área somente: a de negócios e isso já é realidade em muitas empresas, mesmo aquelas que não possuem a TI como núcleo de seu negócio. A tendência mundial é essa, onde os valores e missão das empresas passarão obrigatoriamente pela TI.

Logo eu encho o meu peito e falo: Eu sou da TI e vou bem obrigado. Porém ainda falta a valorização do funcionário da TI e isso eu acredito que virá com o tempo…não há como correr, pois estamos subindo na pirâmide de valorização dia após dia. Quem viver verá.

Autor

Sou profissional com mais de 30 anos de experiência desenvolvida em empresas do setor "outsourcing" em TI e Segurança da Informação. Com 2 Pós graduações e 1 MBA na área de TI e diversas Certificações em Segurança e Tecnologia da Informação, dentre elas: COBIT 4.1, ITIL v2 e v3, ISO27002, CCSA/CCSE, experiência na área comercial, Coach de líderes e analista comportamental C-VAT. Meu link no "linkedIn": http://br.linkedin.com/in/limprota007

Luiz Eduardo Improta

Comentários

4 Comments

  • Luiz Eduardo, muito bom esse seu texto!
    Quero deixar aqui o meu protesto direcionado as empresas empresas que são pequenas no que tange a importância que dam à TI. Enquanto está tudo funcionando, maravilha: sem tapinhas nas costas; mas quando algo errado acontece pronto a culpa é da TI.
    Mas não deram a importância as necessidades de prospecção de demanda que sempre está ascendendo e também aos projetos de expansão para que fosse antecipada a solução de problemas de ordem de “travamento”.
    Mas fora isso um SALVE as empresas que tem em seu comando profissionais preocupados com a excelência no atendimento e investem em TI.
    Vale lembrar aqui que TI é igual Tecnologia + Processos + Pessoas. E se uma dessas bases não estivem totalmente alinhadas não tem como obter excelência nos resultados.

    Sim, sou da TI também e vou bem obrigado!

  • Caro Luiz Eduardo,
    seu post me remeteu a lembrança de meu XP500 da prológica…
    Jurássicos a parte rsrsrs, é realmente um privilégio termos acompanhado essa evolução. Nossa geração me parece muito privilegiada neste sentido. Me faz acreditar que não estamos aqui por acaso e que podemos mais, podemos tudo!

    Inclusive influenciar milhões de pessoas com nossos exemplos. Fazer a diferença na percepção do outro tanto em relação a si mesmo quanto em relação ao TODO e sua interdependência.

    A alfabetização digital está se consolidando e num futuro não muito distante teremos gestores realmente alinhados com as possibilidades da TI. Mesmo observando o quanto a escola continua distante desta realidade, continuo acreditando no ser humano e em sua capacidade para se auto-superar com ou sem o apoio da sociedade enquanto escolas e empresas.

    Adaptar-se a TI já é uma questão de sobrevivência.

    Abraços

  • Infelizmente essa valorizacao da TI por parte das empresas esta longe de acontecer!!!

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