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Rádio peão: a cura

publicado por Alberto Parada

Rádio peão: a curaMais poderosa que a intranet, mais influente que os e-mails do CEO e mais devastadora do que a lista de corte, a rádio peão continua a ser, ainda no século XXI, a mais eficiente forma de se propagar uma notícia na empresa, seja ela verdadeira ou não.

Essas notícias nascem nos mais diversos cantos da companhia, da responsável pela faxina, que acha que escutou alguém falando alguma coisa; no café, quando o pessoal se junta e solta o destrutível “vocês não sabem…..”;  e até no almoço dos executivos onde um quer mostrar que sabe mais que os outros e acaba  demonstrando os seus ‘achismos’. Quem nunca viu um gestor mal informado tomando decisões absurdas baseadas apenas em conversas de corredor?

Em um mundo onde a ansiedade é o grande veneno do cotidiano, uma notícia da rádio peão pode causar estragos enormes. Um profissional no limite da ansiedade acaba tomando atitudes explosivas sem o menor fundamento e com consequências irreversíveis apenas porque alguém disse algo que, na maioria das vezes, não tem nenhum fundamento.

Sua origem e época são desconhecidas, mas creditam-se a ela golpes de estado e até derrubadas de reinos desde antes do Egito antigo. Imagine o que não se falava nos corredores de Roma antes de Nero colocar fogo em tudo!

Atualmente, ela é utilizada por gestores adeptos da centralização e da administração por conflito, creem que espalhar informações confusas provocando medo em seus comandados aumenta o seu poder e veneração. Extermina-la sempre foi o anseio de muitos; técnicas, metodologias e seminários foram desenvolvidos, todos com sucesso relativo.

As empresas que conseguiram sucesso absoluto tiveram como maior benefício um excelente ambiente para se trabalhar, aumento da produtividade e retenção de profissionais. E, para isso, utilizaram uma prática muito falada (e pouco) exercitada pelas corporações: transparência.

O resultado alcançado não é fruto de cartazes bem escritos, paginas dos manuais de “boas- vindas”, nem de uma palavra perdida na descrição de valores da empresa, muito menos dos discursos anuais de confraternização. Ter transparência é algo que se consegue praticando em todos os níveis da corporação. E diariamente.

Seu principal guardião tem que ser, necessariamente, o presidente, afinal toda empresa é reflexo do seu principal executivo. Se ele transmitir e praticar transparência, seus liderados o seguirão; se ele for fofoqueiro e truculento, igualmente a empresa se portará.

Quando se sentir afetado pela rádio peão e pensar em mudar de empresa, antes de saber quem será seu chefe, procure saber como se porta o presidente da empresa que pensa em trabalhar.

[Crédito da Imagem: Fofoca – ShutterStock]

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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