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Qualidade em TI – Teste mínimo, econômico, eficaz, ou…

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Qualidade em TI – Teste mínimo, econômico, eficaz, ou...Já falamos sobre diversas ações de qualidade em TI voltadas para a produção, para a implantação e para a homologação. Agora vamos falar um pouco sobre Testes. Muito se fala sobre teste de unidade, teste integrado, teste funcional, teste de conversão e outros. Queremos ressaltar a importância do planejamento estratégico em testes, principalmente quando nos encontramos em situações adversas. O que escutamos nos corredores a respeito dos testes:

  • “Os testes iniciam quando o código está pronto, é a última fase”  –  Testes são confundidos com uma fase do projeto dada a abordagem tradicional no modelo Cascata, que coloca as fases do projeto em sequência e teste não é isso, teste é uma atitude que deve estar presente durante todo o projeto. É a validação e verificação de tudo o tempo todo;
  • “Os testes terminam na data de implantação” – Testes muitas vezes são sacrificados para ajustar a realidade do projeto, ao cronograma já comprometido. Assim o resultado certamente terá qualidade diferente da esperada. Os testes só podem ser sacrificados, ou abandonados em conjunto com uma clara visão da qualidade do produto demonstrada para o cliente ou usuário;
  • “Os testes terminam quando termina o orçamento para testes” – Teste são encurtados para ajustar o orçamento dos projetos. Igualmente aos cronogramas, os testes só podem ser sacrificados, ou abandonados em conjunto com uma clara visão da qualidade do produto demonstrada para o cliente ou usuário;
  • “Aqui, se testa com as informações de produção…” – Testes, executados com dados de produção, apresentam falsa impressão de qualidade: É necessário qualificar a abrangência dos dados a serem utilizados em teste. Dados extraídos da produção têm cobertura pobre, em geral, apenas 60% dos casos são cobertos.
  • “Mas agora não dá para saber que dados usaram nos testes…” – A incerteza do dado utilizado é refletida na incerteza da efetividade do teste. Não saber como o testes foi feito, como foi executado, ou qual dado foi utilizado, significa o mesmo que teste não executado. O reporte dos testes devem dar exata dimensão da qualidade do resultado;
  • “Justamente esse teste não foi feito…” – Uma expressão de lamento igual a esta só indica que a condição a que se refere deveria estar entre os requisitos essenciais, ou pelo menos importantes e, assim, deveria estar considerado.

Além disso, há que se considerar ainda que testes são pouco, ou nada documentados e, em geral não atendem critérios de importância. O que quero aqui, é dar a devida importância a estratégia de testes. Há que se planejar os testes em função do contexto em que se está trabalhando. Para cada adversidade visualizada, temos que planejar uma estratégia:

  • O planejamento dos testes deve ser feito ao início do projeto, juntamente com o Plano do Projeto e incluir atividades de validação e de verificação em todas as demais atividades;
  • Se há risco de os prazos para os testes serem restritos, o planejamento dos testes devem considerar os pontos que trarão o maior resultado na qualidade do produto;
  • O mesmo deve ser considerado quando há restrições orçamentárias que resultam em corte nos testes;
  • A utilização de dados de produção deve ser planejada e combinada com atividades de enriquecimento de dados e condições de testes;
  • Os testes devem ser planejados quanto a cobertura dos requisitos a serem contemplados e quanto aos que não forem contemplados.

Entendo que é possível planejar um Teste Mínimo – cobrir o mínimo de requisitos. É possível planejar um Teste Econômico – demandar o menor número de recursos, financeiros e humanos do projeto. É possível planejar um Teste Eficaz – testar apenas o que deve ser testado. O que importa é a qualidade do produto: logo o que é necessário é o planejamento dos testes, considerando as adversidade e obstáculos que os testes possam vir a enfrentar. É o planejamento estratégico de testes como objetivo consciente dos testes. Pense nisso antes de iniciar o projeto. Em nosso próximo texto vamos focar na Qualidade em TI – Planejamento como instrumento da qualidade.

[Crédito da Imagem: Teste de Software – ShutterStock]

Paul Robert Bergami
Professor de Qualidade de Software, Auditoria de Sistemas e MBA/TI, Economista pela FEA-USP com pós em Qualidade e Produtividade pela POLI-USP, especialista em qualidade de software para usuários e fornecedores de TI. Mais de 30 anos como Gestor em TI para Bancos, Consultorias, Marketing, Serviços e Governo. Focado em soluções pragmáticas de TI que aliam resultado e satisfação de clientes e acionistas, experiência internacional em London/UK no desenvolvimento de aplicativos bancários mundiais e Nova York/USA em consultoria para conformidade à Sarbanes & Oxley. br.linkedin.com/in/bergamipaul/

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