Surrender or not surrender, that is the real question!
Vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva e que, no ambiente corporativo, exige mudanças constantes, tanto na estrutura organizacional, como no posicionamento da empresa perante o mercado.
O consumidor cada vez mais exigente cria uma reação em cadeia nas agências regulatórias que passam a atuar efetivamente na fiscalização e regulamentação dos diversos serviços prestados, tais como energia, bancos, telecomunicações e tantos outros que muitas vezes encabeçam a lista de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.
Já não bastasse a pressão da competição e pelo Market Share que já corre nas veias de todos os profissionais que atuam, principalmente nessas empresas de prestação de serviços, vemos cada vez mais no posicionamento e missão das empresas, ações voltadas não só para o crescimento vegetativo, captação de clientes, inovação e excelência nos serviços que prestam, mas também e principalmente ações voltadas para as responsabilidades social, ambiental e o que chamo de “rede-social”.
Essa última trata-se da famosa responsabilidade com a própria imagem que os artistas famosos já estão acostumados a lidar e que as empresas estão cada vez mais cientes de que se trata de um fenômeno que, se não cuidado com carinho, pode literalmente “acabar” com a imagem de uma empresa com velocidade exponencial.
As propagandas negativas se proliferam feito rastilho de pólvora nas redes sociais e ninguém quer ser vítima de qualquer reclamação que seja publicada na rede.
Todos esses novos fatores apimentam o comportamento das pessoas dentro das empresas e a necessidade por mudanças cada vez mais rápidas.
Os profissionais de TI acabam inseridos nesse novo fenômeno justamente porque a TI está cada vez mais longe do papel de coadjuvante nas mudanças na empresa e passando a atuar como protagonista em tudo que muda.
E ai vem a reflexão que quero trazer nesse artigo.
Observando o comportamento dos seres humanos, nota-se que por mais que o discurso seja “adoro desafios”, sempre há um choque inicial quando se anuncia uma mudança. É a reação natural de qualquer um que é forçado a sair de sua zona de conforto. E isso está mais nítido devido à esses novos fatores que potencializam a necessidade de mudanças cada vez mais frequentes.
A diferença real não está na mudança em si, mas no modo que cada pessoa responde à esses estímulos e no tempo que essa resposta leva.
Muitas pessoas relutam, debatem, contra-argumentam e ficam lutando com o máximo de suas “forças” contra aquela mudança.
Mesmo sabendo que algumas mudanças são inexoráveis, tais pessoas relutam e relutam e esquecem que o tempo sempre vence.
Essa “luta” entre a pessoa e suas convicções e paradigmas internos não traz benefício algum. Traz apenas estresse para o individuo com consequências de curto, médio e longo prazos.
As consequências dessa briga interna aparecerão exatamente no limiar do ponto de ruptura de cada um.
Esse ponto de ruptura, vai acontecer em alguma parte do indivíduo que for o seu elo mais fraco. Pode ser uma úlcera, uma tendinite, aumento da pressão arterial, ou até mesmo um comportamento agressivo com quem não merece.
Portanto, ai vai a minha dica. Toda vez que você se defrontar com uma mudança, primeiro faça uma análise e tente entender o quão “inexorável” ela é. Fazendo essa primeira avaliação tornará mais fácil a percepção do quanto de esforço você deve investir nessa luta que pode não trazer benefícios para você.
Aprenda a lidar com mudanças pois a sociedade exigirá cada vez mais que elas ocorram.
Não lute com elas se não for necessário. Não deixe que chegue no seu ponto de ruptura.
É o que o começo do artigo diz:
Surrender or not surrender, that is the real question!