Gerência de Projetos

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Para onde vamos

publicado por Ramiro Rodrigues

Seguindo a série de quatro textos onde serão detalhadas as principais orientações para gerenciamento de projetos de segurança. Neste artigo falaremos, sobre a terceira fase: a Execução.

Figura: Para onde vmos

A fase de execução é aquela de construção dos produtos do projeto. É quando saímos da prancheta de planejamento para colocar a “mão na massa” na direção dos objetivos investidos pela organização. Mas atenção! O que deverá ser executado é exatamente o que foi previsto pelo planejamento, salvo exceções devidamente avaliadas e aprovadas pelas instâncias competentes envolvidas.

Isto posto, seguem alguns pontos de atenção para esta árdua, mas importantíssima etapa:

  • Construir estritamente o que foi planejado
    Todo o justo esforço empreendido nos planejamentos do projeto só faz sentido se forem para pavimentar o trabalho da execução do que foi previsto ser entregue e nada mais! Assim, cabe o reforço – se realizar as entregas previstas e planejadas do projeto já é um desafio em si, tenha em mente que qualquer esforço adicional ao escopo incorre na possibilidade de trazer gastos, atrasos e riscos operacionais que podem ainda levar à insatisfação dos patrocinadores e clientes do projeto.
  • Classificar as informações e documentos gerados pelo projeto
    O gerente do projeto é, dentre outras funções, o gestor das comunicações do projeto. E alinhado com as premissas de segurança da informação de sua organização, ele deve ser diligente com o tráfego de informações e documentos trocados viabilizando que estes obedeçam a classificação definida. Isto minimiza o risco de divulgação indevida e ruídos danosos ao projeto e à imagem da organização.
  • Compartilhar a documentação gerada com os stakeholders
    A disponibilidade das informações é outra diretriz base da segurança a ser buscada pelo time do projeto. De pouco adianta ter as informações (documentos e comunicações) classificadas e organizadas se estas não estiverem acessíveis quando necessárias. Por isto, busque junto às áreas competentes da sua empresa entender quais os mecanismos de infraestrutura que poderão lhe dar suporte e garantir que as pessoas certas estarão tendo acesso às informações corretas.
  • Garantir o engajamento dos envolvidos nas entregas
    Líderes de projetos comumente carregam consigo a motivação necessária trazida pela missão da condução do empreendimento temporário. Em contrapartida, têm o desafio de transferir esta motivação aos demais envolvidos (times diretos e indiretos, parceiros, fornecedores etc.) que, por razões distintas, podem não estar interessadas em acompanhar o ritmo necessário pelo projeto. Assim, busque identificar os interesses e enfatizar os ganhos que o projeto (e/ou seu resultado) possam trazer àqueles envolvidos a fim de alinhá-los aos seus objetivos.
  • Monitorar o uso dos recursos aplicados
    Se o objetivo é executar o que foi planejado, você está constantemente controlando o projeto. Controlar é confrontar a realidade com a previsão. E, dentre estas preocupações, seja cuidadoso com o uso dos recursos no projeto, pois seu eventual mau aproveitamento pode acarretar em atrasos, custos e insatisfação do cliente.
  • Administrar as solicitações de mudanças
    A falta de controle sobre a gestão de escopo e entregas de um projeto costuma ser a causa-raiz da maioria dos casos de senilidade de um líder de projetos. Assim, busque estrutura junto com o seu PMO um comitê de envolvidos para a avaliação e aprovação das solicitações de mudança. Isto dará ao projeto um procedimento a ser seguido trazendo organização e critério para que as mudanças do projeto ocorram somente se plenamente avaliadas.

Há uma metáfora interessante que consolida estes pontos descritos aqui: no clássico de Lewis Carroll, “Alice no país das Maravilhas”, há uma passagem em que a protagonista se vê diante de uma bifurcação da estrada. Ali, travada pela dúvida e insegurança, lhe aparece o Gato Sorridente que, ao ver sua angústia, pergunta:

– Aonde você quer ir, Alice?

– Não sei dizer. – Ela responde.

– Bom, neste caso, então qualquer caminho serve!

Um dos grandes ofensores do sucesso de um problema é a perda do controle sobre a execução programada. E são muitas as chances de isto acontecer em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico e estressado. Por isto, as lideranças de projetos devem manter-se com a guarda alta em prol da defesa do planejamento e do processo de solicitação de mudanças que organiza estas quando inevitáveis.

Assim, não seja a “Alice” da história do seu projeto.

No próximo artigo, serão discutidos alguns dos aspectos relevantes para que realizemos de forma certa a última e conclusiva fase – o Encerramento de um projeto. Bons projetos!

Autor

Ramiro Rodrigues Ramiro Rodrigues é Gerente de Serviços da Arcon, empresa de segurança de TI especializada em Serviços Gerenciados de Segurança da Informação. É mestre em Administração com ênfase em Sistemas de Informação e MBA em E-business. Dentre suas diversas certificações, destacam-se o IPMA - level B, Project Management Professional pelo PMI e Prince2 Fundation. Especialista em gerenciamento de programas e projetos em consultorias de gestão e serviços de integração de infraestrutura, atuou em empresas como a Modulo Security, Heweltt-Packard e no escritório de projetos da TI da Petrobras. Além disso, é professor-titular do IBMEC/RJ, palestrante, pesquisador técnico da área e referência no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa acadêmica em gestão de projetos. Sobre a Arcon Atuando no mercado nacional desde 1995, a Arcon é especializada em cibersegurança com foco em serviços gerenciados de segurança (MSS – Managed Security Services). Com um completo portfólio e sólidas parcerias com os principais fabricantes do mundo, a empresa monitora e gerencia ambientes, mitiga os riscos e previne incidentes em empresas de grande porte. A partir de seus SOCs, a Arcon processa 2+ bilhões de eventos por dia, protege mais de 600.000 ativos e possui inteligência de segurança única na América Latina. É a única empresa de serviços gerenciados de segurança no ranking Exame PME 2015 das empresas que mais crescem no Brasil. Nos últimos anos, firmou-se como líder no mercado brasileiro de MSS, tendo conquistado, o primeiro lugar em MSS no ranking Anuário Outsourcing por 4 anos consecutivos. Em 2016 passou a integrar o grupo NEC, um dos maiores provedores globais de soluções integradas de TI e Comunicação.

Ramiro Rodrigues

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