O segmento de tecnologia da informação está conseguindo apresentar bons resultados, mesmo num momento de baixo crescimento econômico no País. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o setor de TI deve faturar neste ano US$ 132 bilhões no Brasil.
Isso representa um crescimento de 7,3% em relação a 2012, quando o setor faturou US$ 123 bilhões. A Brasscom estima que as vendas de hardware cheguem a US$ 35,3 bilhões. As vendas de software podem alcançar US$ 9,5 bilhões e as de serviços, US$ 21,2 bilhões.
A tendência é que esse resultado seja mais expressivo nos próximos anos. No Brasil, o setor de TI responde por cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países com a economia mais desenvolvida, esse número chega ao patamar de 8%.
Outro aspecto que reforça essa tendência de fortalecimento do setor de TI no País é a demanda por serviços de gestão de grandes volumes de dados (Big Data), que está começando a ser visto pelas empresas nacionais como grande aliado para o sucesso dos negócios.
Também é necessário destacar o potencial de expansão no Brasil da computação em nuvem (tecnologia para o armazenamento de dados de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet). Um estudo realizado pela Frost & Sullivan mostra que 50% das empresas brasileiras usuárias de TI pretendem aumentar em mais de 10% os investimentos nesse tipo de tecnologia.
Outra prova do potencial do Brasil no mercado de TI é que, segundo a Abes Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), o Brasil ultrapassou a China em 2012 e se tornou o sétimo maior mercado doméstico do mundo na venda de softwares e serviços de tecnologia da informação. Com um mercado total de US$ 24,9 bilhões, o país subiu três posições de 2011 para o ano passado e superou, além dos chineses, australianos e italianos.
Em relação a 2011, o crescimento registrado foi de 28%. A expansão ocorreu devido ao crescimento de 53,5% nas vendas de software, que atingiram US$ 9,48 bilhões. Já o setor de serviços de tecnologia da informação (desenvolvimento de sistemas feito a pedido de uma empresa) avançou 16%, e chegou a US$ 15,44 bilhões.
Sem dúvida, o setor público pode contribuir para o crescimento da TI no País com investimentos e ações que visem utilizar a tecnologia para aperfeiçoar os serviços governamentais. Além disso, a troca de experiências e a interação com o setor privado são importantes para a administração pública avançar tecnologicamente.
Com esse objetivo, o Prodest está envolvido na organização do 41º Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública (Secop) que será de 11 a 13 de setembro, no Centro de Convenções de Vitória.
O evento é o mais importante do setor público de TI na América Latina e abordará ações que mostram como a tecnologia pode contribuir para melhorar os serviços públicos prestados à população.
Os debates buscarão integrar conceitos e experiências em assuntos relacionados a gerenciamento de conteúdo eletrônico, gestão de processos de negócios, processos administrativos digitais, certificação digital, gestão do relacionamento com o cidadão e a oferta de serviços on-line.