Possuo licenciatura em Artes Plásticas desde 1991, quando iniciei carreira em TIC. Só consegui uma brecha para as salas de aula na matéria Artes em 2007 quando minha rotina em TIC amenizou.
Venho atuando em ambientes escolares com maior freqüência atualmente, até porque voltei a cadeira de aluna oficial com a segunda licenciatura que estou fazendo, agora em TIC. E a pós em Tecnologias e EAD.
A situação da gestão em TIC nas escolas particulares não é das melhores, consigo ver muito mais a se aproveitar. Mas nas escolas públicas realmente é algo inconcebível.
Começando pelos pcs literalmente trancafiados numa sala quase abandonada. Até a vergonha dos professores em não saber sequer que língua os alunos estão falando quando conversam sobre “posts”, por exemplo.
Eu postei isso e aquilo, ou, não consegui postar ontem…
Desta maneira não é difícil deduzir que está “tudo parado” só porque os gestores desconhecem a tecnologia, não sabem usá-la, que dirá dominá-la com a segurança necessária para ensinar.
Fica a impressão de que as máquinas vão explodir se alguém tocar no lugar errado! Infelizmente os gestores e os professores acabam sendo responsabilizados por qualquer avaria ou mal funcionamento nos equipamentos, o que os empurra para a fácil solução do “não mexa”.
Mal orientados e principalmente mal amparados por técnicos competentes, que os “libere” para errar e deixar os alunos errarem (parte básica do processo de aprender, tanto mais em TIC), os responsáveis fogem do assunto, ainda.
Acredito sinceramente que um caminho mais rápido para eliminar este gargalo seria “liberar total” para a criançada. Com um adulto olhando para que as partes físicas permanecessem inteiras, a lógica poderia ser liberada para uso sem restrições.
Desde que a manutenção preventiva e corretiva fosse realizada com regularidade e competência.
Nesta solução arriscada, porém rápida, consigo ver eficiência num ambiente de aprendizado mútuo entre professores e alunos.
Precisamos de gestores e professores corajosos para uma empreitada dessas. Corajosos e humildes. Enquanto nós professores não avançarmos da era medieval para a atual e aceitarmos que, com as novas tecnologias, aprender e ensinar é via de mão dupla e ENSINAR A APRENDER é a mais importante matéria na atualidade, tanto para professores quanto para alunos, infelizmente continuaremos com o breque de mão puxado.
Pretendo contar mais sobre casos reais, ouvir sugestões, propor soluções.
Mas fica pra próxima publicação rsrsrs.
Abraços
M.C.Sisi
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1:22:48 pm
Olá Sisi, seu ponto de vista é deveras importante. A situação nas escolas públicas realmente é algo inconcebível, a começar pelos gestores desconhecem a tecnologia, não sabem usá-la, que dirá dominá-la com a segurança necessária para ensinar, desconhecem a metodologia de ensino a distância. E a Internet? Ela também foi feita para ser simples, mas cada vez mais temos visto sistemas engessados que são para poucos entender, quem dirá aprender! E, agora? Quem vai dar um jeito na “biboca da parafuseta”?
8:58:38 pm
Boa noite!
Realmente a situação esta precária, além da estrutura tecnológica estar defasada o ensino é preocupante. Já estive em algumas escolas e presenciei que bem pouco é ensinado e quando ensinado poucos prestam atenção, e no final do ano as notas estão lá em cima (estranho né?).
“Precisamos de gestores e professores corajosos para uma empreitada dessas. Corajosos e humildes.”
Concordo e muito com esta colocação e parabéns pelo artigo!
10:48:35 pm
Obrigada Fábio.