Gerência de Projetos

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Gerenciamento pelas diretrizes ou Hoshin Kanri

publicado por Ruggero Ruggieri

Gerenciamento pelas diretrizes ou Hoshin KanriO Gerenciamento pelas Diretrizes, tem como definição uma ferramenta para ser disseminado na empresa como abordagem em criação de METAS dentro do sistema organizacional.

O Gerenciamento pelas Diretrizes foi desenvolvido no Japão, onde é denominado com o nome de Hoshin Kanri.

Hoshin Kanri segundo (Castro, 2012) – é um sistema administrativo cuja abordagem visa disseminar por toda a organização, a visão e os objetivos institucionais, definindo metas e estratégias, dimensionando recursos e medidas (indicadores) para as metas propostas e gerando ações programadas. O sistema tem como princípio a sistemática em estar revisando em forma periódica e contínua.

Modelo Hoshi Kanri

Modelo Hoshi Kanri

O gerenciamento pelas diretrizes são atividades que tem prioridade de manter a empresa competitiva através da disseminação em metas por todos os participantes da organização, sendo ele estratégico, tático ou operacional (Campos, 1992). Também se traduz em uma forma de unificar a visão ou direcionar todos os esforços das diversas áreas da organização para o mesmo objetivo em buscar de um atingimento da visão estratégica colocado pelo nível mais alto da alta direção da empresa.

Segundo campos (1992) o Plano Anual conta com metas anuais e seus respectivos planos de ação, constando em um orçamento efetivo para suportar financeiramente projetos prioritários e indispensáveis para atendimento destas metas.

Tabela 2 - Modelo de Alta Direção

Tabela 2 – Modelo de Alta Direção

Desta forma, a visão do planejamento estratégico se desmembra em objetivos estratégicos que é “quebrado” em pequenos pedaços, fáceis de serem compreendidos e executado independente da função do colaborador na organização. No Gerenciamento pelas Diretrizes a divulgação das orientações da alta administração é conduzida de forma metódica através do desdobramento das diretrizes. Desdobrar uma diretriz significa dividi-la em pedaços menores de diretrizes sob a responsabilidade de outras pessoas, num relacionamento meio-fim, de forma a garantir o cumprimento da diretriz original (Campos, 1996).

Em seu livro TQC (Controle da Qualidade Total), Campos (1992) coloca que o processo de implantação do Gerenciamento pelas Diretrizes corresponde a um crescimento das pessoas decorrente do aprendizado, através do treinamento e prática. No processo de desmembramento de metas e objetivos estratégicos as próprias áreas desenvolverão a “consciência do problema” e o objetivo é exatamente fazer com que a visão inovadora se aflore para atingir as metas específicas.

Após esta identificação do problema as áreas acabam desenvolvendo o planejamento específico e acabam enxergando problemas de interfaces entre áreas e clientes, isto é desenvolvem o gerenciamento para alcançar as diretrizes vindas da necessidade da empresa.

Vantagens
As vantagens do Gerenciamento pelas Diretrizes são:

  • Alinhamento: através do desmembramento de estratégias da direção para os setores e áreas da organização trabalham dentro da visão estratégica, somando forças no alcance de metas específicas para a principal.
  • Resultados: como os objetivos e metas são bem especificados e definidos, a cobrança por resultados fica mais fácil de ser administradas, mesmo de níveis hierárquicos iguais a cobranças podem existir, pois tudo está relacionado e assim se cria um ambiente competitivo internamento para alcançar resultados positivos de forma rápida e com eficiência.
  • Estabilidade: quando todos os níveis da gestão buscam metas quantitativas e específicas para atender a visão estratégica, todos sabem o que devem fazer. Isto cria um ambiente mais único, de uma visão única, pois todos sabem o que a organização deseja alcançar e o seu grau de importância, o funcionário sabe da sua participação no seu atingimento de suas metas.
  • Objetividade e eficiência: como tudo está bem definido as operações diminuem o desperdício de tempo e retrabalhos nos processos e consequentemente a satisfação dos clientes melhoram.

Desvantagens
Uma das desvantagens é com relação a pressão que ocorrem entre os funcionários da organização, pois com os indicadores e metas expostos para todos, a pressão se torna parte da vida do funcionário, fazendo com que o Gerenciamento pelas Diretrizes tenha um efeito contrário, diminuindo a produtividade. A visão do funcionário passam a pensar sempre nestas visões.

Por isso o perfil das pessoas deve ser constantemente avaliadas, para que não ocorram desestímulos na capacidade criativa, já que estas ficam mais tempo olhando para os indicadores de desenvolvimento das suas funções, principalmente as aquelas que agregam valor e naturalmente alcançados nas metas propostas.

Com isso muitas vezes as atividades que não estão nas propostas, elas as deixam de lado para trabalhar nesta visão de metas.

Um outra desvantagem seriam com relação as pessoas que possuem muitas atividades que elas estão se desempenhando. Caso uma destas não estejam nestas diretrizes, o funcionário vai estabelecendo as prioridades e as vezes as deixando de cumpri-las, mas para a empresa em âmbito geral estas atividades possuem as mesmas importâncias do que as demais.

Bibliografia

CASTRO, Marcos Tadeu Moraes, Dissertação de mestrado sobre: Premissas para implantação do Gerenciamento pelas Diretrizes – GPD – em uma instituição de
ensino superior: uma análise bibliográfica. Faculdades Integradas ASMEC – Ouro Fino – MG, 2012.

OLIVEIRA, Junior, Artigo sobre Gerenciamento pelas Diretrizes, Publicado em 17-12-2013 no site www.administracao.com.br.

[Crédito da Imagem: Gerenciamento – ShutterStock]

Autor

Gerente de Projetos SR., atua há mais de 20 anos na área de TI no seguimento do Governo do Estado de São Paulo. Desenvolveu atividades de desenvolvimento de Software para empresas brasileiras e multinacionais, tendo participando no Brasil e no exterior em projetos de TI de diversos segmentos como Educacional, Financeiro, Saúde, Tributário e Terceiro Setor. Professor de Pós-Graduação na UNINOVE nos cursos de Qualidade, Gerencia de Configuração, Requisitos, Gerenciamento de Projetos e Processo de Desenvolvimento Ágil Formado na PUC de Campinas, Pós-Graduação em Administração Hospitalar (Univ.São Camilo), Gerenciamento de Projetos (UNICAMP), Projetos Estruturados (USP), Ciência, Tecnologia e Inovação (USP). MBA em Gestão de TI na FIAP e Programa de Desenvolvimento Gerencial com foco em liderança estratégica - FIA, atualmente aluno de MESTRADO da UNINOVE na área de Gestão do Conhecimento. Formado em COACH para SBC - Sociedade Brasileira de Coaching e Master COACH pelo escola RICCOACHING.

Ruggero Ruggieri

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