Esta é uma pergunta que todos devemos nos fazer. Mas por que?
Grande parte dos projetos que tenho visto, tanto em minha empresa, quanto em clientes e concorrentes, pouco se sabe sobre a real saúde dos projetos. Respostas imediatas sobre o andamento dos projetos são baseadas apenas no percentual de evolução das tarefas, e pouco se sabe sobre dados muito mais importantes, fato que muitas vezes faz com que enganemos a nós mesmos…
Mas o que pode ser feito para mudar este cenário?
Neste artigo, gostaria de compartilhar com os leitores um pouco de minha vivência com metodologias, processos e qualidade, que ao meu ver, quando aplicados com seriedade, podem sim mudar o cenário caótico que vivemos em grande parte de nossos projetos de TI.
Há pouco mais de 7 anos atuo com gestão de processos em empresas de TI, mais especificamente utilizando como base o modelo CMMI (Capability Maturity Model Integration), cujo principal objetivo é a institucionalização de processos baseados em práticas reconhecidamente eficazes e mundialmente utilizadas.
Infelizmente, no Brasil, grande parte das empresas que adotam as práticas do modelo CMMI, e alcançam seu “certificado” (que mede a maturidade da empresa em relação às áreas de processos propostas, passando pelos níveis 2-Definido, 3 – Gerenciado, 4 – Quantitativamente Gerenciado, e 5 – Otimizado), não utilizam efetivamente estas práticas em seu dia-a-dia, utilizando o “certificado” como um belo quadro a ser exibido a seus clientes, mas na prática…
E como o CMMI pode auxiliar projetos?
O CMMI é dividido em 22 áreas de processos, nas quais, existem práticas específicas e genéricas, que determinam o quê deve ser feito para alcançar a capacidade (Capability) e a maturidade (Maturity) dos processos da organização.
Dentre as 22 áreas de processos do modelo CMMI, escolhi uma em especial para descrever neste artigo, a área de Medição e Análise (MA – Measurement & Analysis), que compõe o grupo de áreas de processos do nível 2.
Em Medição e Análise, as práticas específicas regem que Indicadores devem ser definidos, especificados, medidos, analisados, e quando necessário, que ações sejam tomadas. E é aí que começamos com o efetivo auxílio aos projetos, afinal, se algo não é medido, também não pode ser gerenciado, certo?
Indicadores definidos e efetivamente utilizados podem mudar positivamente o cenário de um projeto e até mesmo da organização. A seguir, gostaria de compartilhar um exemplo de indicadores que podem servir como um “kit mínimo” a se medir em um projeto:
Com a implantação de indicadores, não basta apenas que eles sejam medidos, eles necessitam de análises individuais, baseadas em procedimentos pré-estabelecidos, e quando a meta (também pré-estabelecida) não for alcançada, ou apresentar sinais de tendência de queda que possa impactar o indicador futuramente, ações devem ser estabelecidas para sanar ou evitar problemas no projeto.
Pela minha experiência, acredito que a implantação de um kit mínimo de indicadores, como por exemplo, os citados acima, pode ajudar e muito a reduzir alguns dos problemas que tiram o sono de qualquer gerente.
Bom, este é um assunto que renderia um livro, mas espero que em minhas poucas palavras, o seu interesse tenha despertado, e que este assunto possa ajudar a melhorar a gestão de seus projetos.
Até mais.
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